Novo projeto de lei busca aumentar energia solar na matriz brasileira

Novo projeto de lei busca aumentar energia solar na matriz brasileira

Está em tramitação, no Senado, um Projeto de Lei que trata da criação do Programa de Incentivo à Fonte Solar Fotovoltaica. A proposta do Projeto de Lei 5.077/2019, de autoria do Senador Alessandro Vieira e divulgado pela Agência Senado, é garantir que, em um prazo de 10 anos, pelo menos 7% da produção de energia elétrica do país seja de fonte solar fotovoltaica.

Atualmente, segundo dados de 2019 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), apenas 1,29% do total da matriz energética brasileira vem de sistemas solares fotovoltaicos. A porcentagem corresponde a um equivalente de 2,2 GW (gigawatt) de potência instalada. Em 2018, o valor era de 1,19 GW e correspondia a 0,75% da matriz, o que indica um crescimento da fonte renovável.

Energia e sustentabilidade

O setor energético passa por profundas transformações em âmbito global. Enquanto a demanda por energia tem aumentado, a dependência dos combustíveis fósseis é colocada em xeque pelas mudanças climáticas.

Além disso, as discussões sobre o tema têm ganhado cada vez mais espaço, principalmente devido aos crescentes movimentos em prol da sustentabilidade. Energia limpa e acessível é, inclusive, tema de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU. O ODS 7 visa assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas as pessoas.

Potencial energético

Apesar de ainda representar um baixo percentual da matriz energética brasileira, a energia solar possui grande potencial de instalação e investimento no Brasil. O país possui grande território e recebe uma insolação superior a 3 mil horas por ano. Só no Nordeste, a incidência média diária de raios solares varia entre 4,5 e 6 kWh (quilowatt-hora).

De acordo com o Atlas Brasileiro de Energia Solar do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil possui um potencial de geração de energia solar de 1500 a 2350 kWh/m² por ano.

A Agência Internacional de Energia (IEA) publicou um estudo estimando que a energia solar fotovoltaica pode representar, até o ano de 2060, um terço da produção global de energia elétrica. Como o Brasil é considerado o país com maior taxa de irradiação solar do mundo, há enorme potencial de investimento e oportunidades no setor.

Leia também: Como democratizar o acesso à energia e continuar a gerar impacto

Escrito por Marcos Cardinalli

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