Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um apelo universal para proteger o planeta e garantir que todas as pessoas tenham dignidade.
Foram criados no Brasil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro, em 2012. A intenção de sua criação foi produzir um conjunto de objetivos que conduzissem os governos, empresas e sociedades para um mundo mais sustentável e inclusivo. Eles servem como uma orientação para os países superarem os desafios ambientais, políticos e econômicos mais urgentes.
Os ODS são cada vez mais abordados nas campanhas institucionais das empresas e instituições, mas ainda falta levar o seu conteúdo para a sociedade e educar o público geral sobre a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e que para cumpri-los é preciso, também, das iniciativas individuais e coletivas da sociedade.
Segundo pesquisa realizada em 2017 pelo Ibope, em parceria com a Rede de Conhecimento Social, quase metade dos brasileiros não conhecem os ODS. O estudo aponta, ainda, que 38% da população brasileira já ouviram falar sobre o tema, mas não sabem dizer o que são os ODS e nem por que foram criados pela ONU, enquanto apenas 1% diz conhecer bem o assunto.
“Temos todos a difícil missão de combater as mudanças do clima e, ainda, fazer todas as parcerias necessárias para cumprir essas metas. O desafio é grande, e nem de longe simples, mas ele tende a ficar maior e mais complicado quanto menos juntarmos forças. O primeiro passo para cumprir a Agenda 2030 é conhecer os ODS, e o segundo, saber qual o nosso papel individual na grande tarefa de realizá-los. Já o terceiro passo é, enfim, colocar a mão na massa: agir, fazer acontecer, cobrar o que tem que ser feito e de quem deve fazer pelo futuro, pela vida dos que virão depois de nós”, explica o especialista Ricardo Voltolini, CEO da consultoria Ideia Sustentável.
No vídeo abaixo, Sonia Favaretto, que foi presidente da Rede Brasil do Pacto Global e hoje comando o Conselho Consultivo da GRI, fala sobre o papel dos líderes no cumprimento da Agenda 2030:
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram definidos a partir de uma longa experiência da ONU em promover uma sociedade mais justa e que respeitasse o meio ambiente.
A primeira vez em que foi utilizado o termo Desenvolvimento Sustentável foi em 1972, na Conferência de Estocolmo. A partir de então, houve um movimento global em prol da sustentabilidade, e a ONU passou a organizar conferências que reunissem lideranças de todo o mundo para discuti-la e incentivar iniciativas para promover o desenvolvimento sustentável em seus países.
No ano de 2000, durante a Cúpula do Milênio, foram elaborados os Objetivos do Milênio (ODM), que são os antecessores dos ODS. No Brasil, eles ficaram conhecidos como “8 jeitos de mudar o mundo“, por meio de uma campanha global desenvolvida pelo comunicador brasileiro Percival Caropreso.
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável substituem, então, os ODM, absorvendo o que não foi cumprido e estendendo o compromisso para todos os setores da sociedade global: empresas públicas e privadas, ONGs, governos, lideranças políticas, ativistas e sociedade civil.
São 17 objetivos no total, que convergem entre si. Integram temas como consumo sustentável, mudança climática, desigualdade econômica, inovação, diversidade, paz e justiça. Os ODS se desdobram, ainda, em 169 metas que integram a Agenda 2030. Ou seja, possuem um prazo marcado para serem cumpridos: o ano de 2030.
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As instituições possuem um papel muito importante na consolidação da sustentabilidade e no cumprimento de todos os ODS. Além de implementar inovações que tornem todo o processo produtivo e a cadeia de valor mais sustentáveis, elas devem garantir a diversidade e inclusão, o emprego digno e a segurança e bem-estar a todos os seus colaboradores.
Para as empresas, os ODS, ainda, podem servir como uma bússola para oportunidades de negócios que, além de atrair investimentos e gerar valor compartilhado, resolvem gaps da sociedade. É o que explica Luciana Antonini Ribeiro, fundadora da EB Capital:
A consultoria Ideia Sustentável executa Plano de Ação com ODS para empresas. Por meio de metodologia própria, a equipe técnica da Ideia Sustentável identifica quais dos 17 ODS a empresa contratante tem maior potencial de contribuição e traça um plano com ações de impacto, metas e cronograma de execução.
Escrito por Marcos Cardinalli
A Ideia Sustentável constrói respostas técnicas eficientes e oferece soluções com a melhor relação de custo-benefício do mercado, baseadas em 25 anos de experiência em Sustentabilidade e ESG.