Placas solares são instaladas na Arena Pantanal, em Cuiabá

14 de fevereiro de 2014

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Placas solares são instaladas na Arena Pantanal, em Cuiabá - Ideia Sustentável

Placas solares que serão utilizadas para o aquecimento de água da Arena Pantanal, equipamento multiuso que está sendo construído para a Copa do Mundo FIFA 2014, em Cuiabá (MT), começaram a ser instaladas no estádio em fevereiro. Essas estruturas permitem a economia de energia elétrica e são importantes no processo de certificação LEED, que verifica e atesta a preocupação com o meio ambiente de um empreendimento durante e após sua execução.

O sistema de água quente foi projetado seguindo as atuais técnicas de conservação de energia e atenderá os chuveiros dos dois vestiários do estádio, localizados no subsolo, assim como os restaurantes dos camarotes, que se encontram no nível 30.

Como fonte de energia foi utilizado o sistema solar com complementação a gás, composto das placas solares, tanques de armazenagem, tubulações de retorno, dispositivos de recirculação de água quente, controlados por termostatos, garantindo a temperatura ideal para consumo.

E, a distribuição de água ocorrerá por intermédio de tubulações isoladas, como também por linhas de retorno, que farão com que a água recircule por meio de um circuito fechado denominado termossifão.

A GCP Arquitetos, de São Paulo, é o escritório de arquitetura responsável pelo projeto da Nova Arena Pantanal. Com inauguração prevista para ainda este mês, o projeto vem ganhando destaque nacional e internacional pelas diversas soluções eco-eficientes empregadas e pela preocupação com o legado.

“A Arena Pantanal representa a nossa linha de trabalho, apoiada sempre em um design de qualidade e em requisitos de qualificação urbana, responsabilidade social e ambiental”, afirma Sergio Coelho, um dos sócios da GCP Arquitetos e responsável pelo projeto.

No entorno do estádio, uma área com mais de 300 mil m², os visitantes terão acesso a uma praça com área de lazer, pista de caminhada, lanchonetes e restaurante, além de um projeto paisagístico com muito verde e um espelho d’água.

A questão do legado pode ser exemplificada pela flexibilidade do projeto. Durante o torneio de futebol, o estádio terá capacidade para 42.968 espectadores, atendendo o mínimo estabelecido pela FIFA – arenas que comportem 40 mil torcedores. Porém, como a estrutura é modelar nas arquibancas superiores dos setores Norte e Sul, o governo do Mato Grosso poderá avaliar a demanda pós-campeonato reduzindo a capacidade para até 27 mil espectadores e, consequentemente, diminuindo os custos de manutenção. Coberta, a Arena Pantanal também poderá receber eventos diversificados, como shows, exposições e feiras, além de esportes.

Veja abaixo mais algumas das soluções ecoeficientes da Arena Pantanal:

MATERIAIS

Resíduos e Entulhos: Os resíduos e entulhos passam por um processo de reciclagem e reaproveitamento na própria obra e em suas vias de acesso. Foram reaproveitados 24 mil m³ de concreto e alvenarias do estádio demolido, o Verdão.

Materiais Ecológicos: A madeira usada na edificação é certificada, e foram usados outros materiais e serviços considerados mais ecológicos ou certificados.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Concepção Arquitetônica: O estádio buscou o melhor aproveitamento da iluminação natural e da ventilação cruzada, que favorecem a eficiência energética. A forma arquitetônica mais arejada e permeável, a criação de microclimas com vegetação, a utilização de espelhos de água e, ainda, o posicionamento da edificação e do campo, protegidos da insolação mais forte em razão de uma envoltória com brises metálicos associada a uma membrana vazada com tratamento termoacústico são parte de um conjunto que propicia redução de 20% de uso energético.

Sistema de resfriamento: O sistema de refrigeração inclui equipamentos como bombas, torres de resfriamento, chiller e climatizadores. Com o resfriamento da água que circulará por toda a Arena, o sistema permitirá que haja economia de energia elétrica de 10,8 % ao ano, se comparado aos aparelhos de ar condicionado comuns, utilizados em residências. Ao todo serão 160 aparelhos que irão atender ao sistema de climatização do estádio.

Água: Sistemas hidráulicos economizarão, aproximadamente, 40% do consumo de uma edificação semelhante, decorrente, principalmente, da utilização de louças e metais com fluxo e vazão de água controlados e reduzidos. Para alcançar o índice de redução de consumo de água, citados anteriormente, a Arena Pantanal fará o reuso de parte de seus efluentes, de forma a integrar todos os seus sistemas. Haverá reaproveitamento de água das chuvas, captada pela cobertura do estádio e pelo gramado para uso menos nobres, como a irrigação de jardins e gramados; resfriamento de equipamentos e máquinas; no reservatório contra incêndio; lavações de pisos e veículos; e em descargas.

Sobre a GCP Arquitetos

A GCP foi fundada em 1997, sendo Sergio Coelho um de seus sócios fundadores. Desde então, sua equipe vem desenvolvendo uma variada gama de projetos de pequena à grande escala, que tem em comum o compromisso com a qualidade ambiental natural e construída, dentro de parâmetros responsáveis de custos e prazos, atendendo de forma clara os anseios e objetivos de seus clientes, contribuindo de maneira efetiva para a melhora do meio ambiente e sustentabilidade.

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