O desafio de promover a justiça social e desenvolver comunidades

22 de março de 2010

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Programa de Educação Afetivo Sexual – Vale do Rio Doce
Em dez municípios de Minas Gerais registros de violência doméstica, depredação, agressão física ou verbal e brigas de adolescentes, têm caído de maneira expressiva. Na mesma proporção, jovens passaram a lutar por seus direitos, se engajar em causas comunitárias e a zelar por sua saúde. O quadro é resultado do Programa de Educação Afetivo Sexual (Peas), criado pela Vale do Rio Doce há seis anos e transformado em ação pública nas cidades de Mariana, Ouro Preto, Congonhas, Brumadinho, Itabira, São Gonçalo do Rio, Catas Altas, Santa Bárbara, Barão de Cocais e Governador Valadares. O programa, adotado por 150 escolas municipais e estaduais, já beneficiou 44.700 estudantes, principalmente de 5ª a 8ª séries. Em cinco das cidades, o Peas está sendo desenvolvido com crianças a partir da 1ª série, com idade entre seis e dez anos.
Mais do que ensinar jovens a se proteger de doenças sexualmente transmissíveis, o Peas tem como meta incentivar em crianças e adolescentes o respeito por si e pelo próximo a partir do amor próprio. Assim, aborda também valores como cidadania, diversidade humana, responsabilidade e o protagonismo juvenil. “A sexualidade é o ponto de partida para a discussão de outros itens relevantes na formação do indivíduo”, diz Aline Torre, analista de projetos da Vale do Rio Doce.
Segundo ela, embora o foco do Peas seja o jovem, toda a comunidade participa. Um envolvimento reforçado em reuniões promovidas pela prefeitura com pais, educadores, lideranças comunitárias e religiosas e profissionais da área da saúde, nas quais os objetivos do programa são apresentados. “Nesses encontros, deixamos claro que não queremos, de forma alguma, incentivar a libertinagem. Afinal, não é a educação sexual que gera a promiscuidade e, sim, a falta dela”, afirma Sérgio Dias, gerente da Fundação Vale do Rio Doce.
Na verdade, mudar o conceito dos adultos em relação à sexualidade é uma das primeiras tarefas realizadas pelo Peas. Na opinião de Dias, para que os adolescentes possam sanar suas dúvidas e ter uma formação adequada, professores, diretores, médicos, enfermeiros e funcionários da secretarias municipais de Educação, Saúde e Ação Social precisam estar preparados para recebê-los. Ele conta que são muitos os relatos de jovens que, ao procurar informações sobre preservativos ou outras questões íntimas em postos de saúde ou com médicos da família, ouviram do profissional que os atendeu um pedido para que voltassem acompanhados de um responsável. Um tipo de comportamento que afugenta um jovem que na maioria das vezes não tem liberdade para tratar do assunto com os pais, em casa.
Situações como essas deixaram de existir nos dez municípios mineiros. Os três mil profissionais capacitados pelo programa foram treinados para nem discriminar e nem julgar os jovens e sim acolhê-los com respeito. O saldo da mudança de atitude é – segundo Dias – a recíproca. Os adolescentes ouvem e respeitam mais os adultos, não transgridem sem motivos e ainda procuram integrar projetos sociais e escolares. Tornam-se, desse modo, protagonistas. “Não adianta falarmos que os jovens são a esperança do futuro se não agirmos agora. Daqui a alguns anos eles serão adultos e já terão outra personalidade. O futuro se constrói com o presente. Este é o momento de formar líderes e bons cidadãos”, ressalta Dias.

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