O desafio de promover a justiça social e desenvolver comunidades

22 de março de 2010

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Colégio Engenheiro Juarez Wanderley – Embraer
Os alunos do Colégio Engenheiro Juarez Wanderley, de São José dos Campos, interior de São Paulo, têm feito bonito nos vestibulares. Nos últimos três anos, 95% dos estudantes que saíram da escola para disputar uma vaga nas universidades foram aprovados. Destes, 66% ingressaram em universidades públicas. Esses números passariam despercebidos se a escola fizesse parte da lista dos melhores colégios particulares do País. Mas não é o caso. O Juarez Wanderley, um colégio gratuito mantido pela Embraer, foi criado para possibilitar o acesso de jovens carentes a uma educação de qualidade.
Inaugurado em 2002, o colégio tem 600 alunos, admitidos por meio de um processo seletivo. A disputa é concorrida: chegou a 30 candidatos por vaga em 2006. Os aprovados, em geral, são os mais aplicados das escolas públicas da região de São José dos Campos, onde também está a sede da Embraer.
Referência no ensino médio a escola ficou com a 18ª posição no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) que classifica as melhores do País. Em 2006, já havia se destacado, obtendo em 15º lugar. Entre os colégios paulistas, foi o segundo em melhor desempenho, em 2006, e o terceiro na mesma categoria neste ano. Vale lembrar que são avaliadas 22 mil escolas e 2,2 milhões de alunos das redes pública e particular.
Um dos segredos do sucesso do Juarez Wanderley é o fato de ser administrado como uma empresa, seguindo os padrões da própria Embraer: desenha-se um plano de metas a serem cumpridas e toda a equipe trabalha para conseguir o máximo de resultados com os recursos disponíveis. Também contribui a qualidade da formação dos professores, cuja faixa salarial está acima da média do mercado. Boa parte dos R$ 28 milhões investidos pela Embraer na escola, nos últimos cinco anos, foi destinada para a contratação de professores. Os recursos também são aplicados em transporte, alimentação, uniforme e material didático para os alunos. No Juarez Wanderley a manutenção de cada estudante fica em torno de R$ 900,00 por mês, contra R$ 175,00 na rede pública de São Paulo.
Por serem bem remunerados, os professores dedicam-se exclusivamente à escola, o que permite uma presença constante e maior dedicação aos alunos. Uma das determinações é a leitura freqüente. Segundo o Instituto Embraer, cada aluno lê, em média, cinco livros por mês, enquanto estudantes de escolas públicas não lêem essa quantidade por ano. A carga horária escolar é de nove horas por dia, mas, apesar do rigor, ninguém reclama. O Juarez Wanderley só tem alunos interessados em melhorar de vida. Metade deles vem da classe C, com renda familiar de até três salários mínimos e aprendem na escola também valores como ética, consciência social, cidadania, liberdade pessoal e compromisso com o futuro. “Não queremos substituir o governo, mas mostrar que é possível resolver os problemas existentes. É isso que tentamos fazer aqui”, ressalta Luiz Sérgio Cardoso, diretor do Instituto Embraer de Educação e Pesquisa.

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