Diversidade ajuda indústria farmacêutica a melhorar pesquisas na área da saúde

Diversidade ajuda indústria farmacêutica a melhorar pesquisas na área da saúde

A farmacêutica Bristol-Myers Squibb, com sede em Nova Iorque, anunciou investimento de US$ 300 milhões em programa de diversidade e inclusão também nas pesquisas clínicas da área de saúde. A proposta é treinar centenas de investigadores clínicos de diferentes etnias e criar unidades de ensaios em comunidades carentes, de forma a melhorar a forma como atende às minorias.

Duas mãos de pessoas negras entrelaçadas
Imagem: Bristol Myers / divulgação

De acordo com a companhia, o setor farmacêutico ainda possui sub-representação social nos testes clínico, como a de participantes negros e latinos. O fato prejudica o conhecimento científico na área de saúde e consequentemente sua eficácia, uma vez que os estudos de tratamentos e vacinas se baseiam principalmente em grupos de testes com voluntários brancos, como ocorre, segundo a empresa, com a pandemia de covid-19, apesar da doença afetar desproporcionalmente comunidades de pessoas não brancas.

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“Devido às desigualdades trazidas à tona pela covid-19, juntamente com os eventos sociais ocorridos nos últimos meses, como o movimento Black Lives Matter, entendemos que esse era um ponto de inflexão. E decidimos que também precisava ser um ponto de inflexão para nós”, explica Giovanni Caforio, diretor-presidente da empresa.

Além disso, a falta de vínculo com a comunidade local pode prejudicar a confiança entre pacientes e pesquisadores de saúde. Por isso, a Bristol Myers irá oferecer bolsas de estudo para investigadores clínicos de diferentes etnias, a fim de treiná-los e desenvolvê-los. A empresa acredita que por refletir melhor a composição da sociedade na equipe de investigadores, o envolvimento com as comunidades e os resultados das pesquisas na área de saúde tendem a ser melhores e mais eficazes para toda a população.

“Isso poderia ter um impacto realmente significativo a longo prazo, especialmente para um paciente negro ou alguém que não teve acesso gratuito e bem organizado ao sistema de saúde”, afirma Caforio. A meta da empresa é aumentar em 25% o número de unidades de ensaios clínicos em comunidades carentes dos Estados Unidos até o próximo ano.

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A Bristol-Myers tem investido em diversidade e inclusão, tendo este como um dos pilares da empresa e envolvendo grupos de afinidade criados para abordar diversas dimensões no setor, como inclusão racial, LGBTQI+, pessoas com necessidades especiais, diversidade de gerações e igualdade de gênero. Em 2019, recebeu o prêmio Mulheres na Liderança, promovido pela Women in Leadership in Latin America em parceria com o Valor Econômico e Editora Globo, pelo qual foi reconhecida como a farmacêutica com as melhores políticas de diversidade de gênero.

Já em 2020, a corporação contratou dois diretores independentes negros – Paula A. Price e Derica W. Rice -, e assim saiu da lista de grandes empresas que não possuem membros negros no seu conselho.

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