Varejo mais verde

7 de julho de 2010

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O governo australiano anunciou um acordo com importantes lojas de varejo para descontinuar imediatamente a venda de mamadeiras que contenham bisfenol A (BPA). O acordo voluntário inclui importantes lojas de varejo que se comprometeram a remover os produtos de suas gôndolas. O Secretário Parlamentar da Saúde, Mark Butler, disse que a crescente preocupação do público com o químico foi a razão para que o governomediasse o acordo com as lojas depois de meses de negocia ção. “O governo australiano ciente de que vários outros países estão questionando a presença de bisfenol A nas embalagens, está seguindo atentamente o desenrolar das reavaliações do FDA”, disse.
O bisfenol-A é um composto químico que migra de embalagens para os alimentos e age no corpo humano como o hormônio feminino estrogênio. Pesquisas já associaram o BPA a uma maior incidência de problemas cardíacos, diabetes, anormalidades no fígado e também problemas cerebrais e no desenvolvimento hormonal em crianças e recém-nascidos. Alguns estudos também provam que o bisfenol-A é responsável pelo crescimento de células cancerígenas, diminuição da qualidade e velocidade de esperma e infertilidade.
A eliminação progressiva começou dia 1º de julho com o grupo Wesfarmers (Coles, K Mart and Target) e as lojas de varejo Woolworths, Big W e Aldi. O movimento australiano coincide com a proibição do BPA na Dinamarca em embalagens alimentares para crianças de até 3 anos. Uma lei similar foi aprovada pelo senado francês e agora aguarda uma terceira instância para ser ratificada.
Nos Estados Unidos, a ONG National Resource Defense Council (NRDC) anunciou que deu entrada em um processo contra a Food and Drug Administration (FDA), órgão que corresponde a Anvisa americana, alegando que a agência está falhando ao não proibir o químico com a rapidez necessária. O grupo disse que “perdeu a paciência” depois de apresentar uma petição sobre o BPA à agência reguladora 18 meses atrás.
A petição do grupo NRDC argumenta que evidências científicas já disponíveis são mais que suficientes para concluir que a presença do BPA na indústria de alimentos e embalagens não é segura para o consumo de humanos. De acordo com Sarah Jansse, uma das representantes do NRDC, o FDA tem sido muito lento para reconhecer os resultados de pesquisas recentes com o BPA e tem relutado em regulamentar o uso do químico em embalagens alimentícias. “A maioria das pessoas acha que o governo não permitiria que os americanos fossem expostos ao BPA se não fosse uma substância segura, mas o FDA continua avaliando as pesquisas e até agora não tomou nenhuma atitude”, disse.
Recentemente, 60 especialistas e Ongs de todo mundo fizeram um apelo para que a EFSA, que corresponde a Anvisa européia, tome a iniciativa de diminuir a exposição de humanos ao BPA.

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