TEEB reuniu setor empresarial em São Paulo

1 de novembro de 2011

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A Conservação Internacional (CI-Brasil), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Centro de Monitoramento da Conservação Mundial (UNEP-WCMC, na sigla em inglês) lançaram ontem, dia 31 de outubro, o projeto TEEB para o Setor de Negócios Brasileiro, na sede da CNI, em São Paulo.

O evento contou com a presença de Fabio Scarano, diretor-executivo da CI-Brasil, Denise Hamú, coordenadora do PNUMA no Brasil, Braulio Dias, secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, e Manoel da Cunha, do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, além de representantes de empresas patrocinadoras da iniciativa, como Petrobras, Monsanto, Vale e Natura.

O TEEB para o Setor de Negócios Brasileiro pretende avaliar, até julho de 2013, quais os riscos e custos oriundos da perda da biodiversidade e serviços ecossistêmicos, e também as oportunidades associadas à sua conservação e uso sustentável.

“A iniciativa TEEB vai mudar muita coisa no nosso país e no planeta como um todo”, afirmou Fabio Scarano, da CI-Brasil. De acordo com o relatório do TEEB Global, o mundo perde entre US$ 2,5 trilhões e US$ 4,5 trilhões por ano com a destruição de ecossistemas vitais. Esse cenário pode representar perdas incalculáveis para o setor de negócios.

A iniciativa se desenvolverá em três fases. Na primeira, será feito um levantamento de estudos já realizados. Na segunda, serão produzidos estudos que vão avaliar as externalidades negativas e positivas dos setores, além de casos específicos de algumas empresas que aderirem ao projeto.

Por fim, será produzido um relatório final, que terá seus resultados preliminares apresentados na Rio+20 e na COP em 2012 e será concluído e lançado no ano de 2013.

“O projeto vai avaliar setores específicos: mineração, cosméticos e farmacêuticos, agricultura, financeiro, papel e celulose, óleo e gás, químicos e varejo”, afirmou Helena Pavese, gerente de Política Ambiental da CI-Brasil, que apresentou o projeto durante o evento em São Paulo.

“Precisamos de parceria entre as comunidades extrativistas e as empresas para criar um mercado e preservar as florestas”, afirmou Manoel Cunha, do Conselho Nacional das Populações Extrativista.

Para Denise Hamú, do PNUMA, o TEEB Brasil deverá colocar a metodologia que será desenvolvida como protagonista dos próximos estudos que vão se realizar em outros países. “Teremos um TEEB brasileiro em um setor estratégico para a repartição de benefícios e de riqueza, afirmou Denise Hamú, do PNUMA.

Braulio Dias, do Ministério do Meio Ambiente, destacou que o governo já fechou um convênio com o IPEA para realizar estudos utilizando a metodologia TEEB aqui no Brasil, para o setor governamental.

As empresas patrocinadoras apontaram, de várias maneiras, a importância de internalizar para seu público interno e em suas tomadas de decisão, os valores da biodiversidade.

“Enquanto não tivermos inserido a biodiversidade nas decisões de negócios da companhia, teremos um gap a superar”, disse Monica, da Petrobras.

“A valoração da biodiversidade pode ser um agregador de valor para a economia local da floresta”, afirmou Denise Alves, da Natura.

“A Vale tem o compromisso de incorporar a biodiversidade em suas atividades”, disse Luis Felipe, gerente de biodiversidade da Vale.

A atividade da Monsanto, uma empresa de biotecnologia, é muito regulada. Tudo que fazemos passa por monitoramento, diz Rodrigo Almeida, da Monsanto.

Sobre o TEEB

O TEEB foi concebido a partir da iniciativa A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), idealizada pelo PNUMA para atrair a atenção internacional para os benefícios da biodiversidade, destacando em termos econômicos o custo crescente de sua perda e da degradação de ecossistemas.

Coordenado pelo economista sênior Pavan Sukhdev, o TEEB foi lançado em resposta à proposta dos ministros de Meio Ambiente do G8+5, na Alemanha, em 2007, para desenvolver uma análise global sobre o impacto econômico gerado pelas perdas da biodiversidade. O TEEB apresentou um relatório com evidências sobre os prejuízos econômicos oriundos das perdas da biodiversidade e da degradação de ecossistemas. O relatório foi apresentado durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB) de Nagoia, em 2010. A iniciativa TEEB lançou relatórios voltados para os diferentes  públicos, desde tomadores de decisão do setor governamental, até a comunidade empresarial e cidadãos.

Sobre a Conservação Internacional

A Conservação Internacional (CI) é uma organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1987 com o objetivo de promover o bem-estar humano fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza – nossa biodiversidade global – amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. Como uma organização não governamental (ONG) global, a CI atua em mais de 40 países, distribuídos por quatro continentes. Em 1988, iniciou seus primeiros projetos no Brasil e, em 1990, se estabeleceu como uma ONG nacional. Possui escritórios em Belo Horizonte-MG, Belém-PA, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ, além de unidades avançadas em Campo Grande-MS e Caravelas-BA.

 

Mais informações:

Conservação Internacional
Gabriela Michelotti – 61  3226-2491 / [email protected]
João Paulo Mariano – 61  3226-2491 – Ramal 120 / [email protected]

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