Programa Madeira é Legal apresenta resultados em São Paulo

Programa Madeira é Legal apresenta resultados em São Paulo

O uso da madeira certificada pode colaborar com a redução de desmatamento, diminuição da emissão de gases do efeito estufa e melhora na economia.

Por vezes o uso da madeira para diversos fins, desde sua origem ao destino final, é criticado por algumas pessoas. Isso porque, o uso da madeira de forma econômica passa uma imagem de ação causadora da derrubada de árvores, ou seja, do desmatamento. Porém, a madeira pode ser a solução para os principais conflitos na região amazônica, desde que sua extração seja feita com manejo florestal, garantindo assim toda a rastreabilidade do produto, desde sua extração até o momento da venda. Um dos exemplos disso é a madeira certificada, algo que vai além da madeira legal. Esse tipo de produção, além de colaborar com a diminuição do desmatamento, pode trazer diversos outros benefícios para a sociedade. Diversas são as iniciativas no Brasil, realizadas por alguns setores da sociedade que já estão atentos a isso e que buscam soluções para incentivar o uso da madeira legal e certificada.

São governos, empresas e organizações não governamentais, que buscam a conscientização de compradores de órgãos públicos, de empresas e construtoras, os principais consumidores da madeira oriunda da Amazônia. Um exemplo disso é o programa Madeira é Legal, iniciativa lançada em 2009, com o objetivo de incentivar o uso de madeira de origem legal e certificada na construção civil no Estado e Município de São Paulo, que já começa a colher resultados.

A importância disso é que, como se estima que 70% da madeira produzida na Amazônia são consumidas em São Paulo, há a garantia de que a propriedade não será totalmente explorada ao mesmo tempo na produção de madeira certificada: enquanto uma área pré-determinada é utilizada para a produção, outra é mantida preservada. Após terminar o ciclo de produção da área delimitada, ela passa a ser conservada por alguns anos, fator que garante a conservação da biodiversidade. Além disso, a madeira é uma matéria prima que retém mais carbono da atmosfera do que outras, o que causa menos impacto das construções no meio ambiente.

Durante o manejo florestal também são tomados todos os cuidados aos trabalhadores, pois utilizam equipamentos de segurança e tomam as medidas necessárias para que, ao derrubar uma árvore, ela não traga dano a outras que estão a seu redor.

Sobre o caminho da madeira

Para que seja certificada, a madeira precisa passar por diversas etapas em sua cadeia produtiva. Antes da derrubada da árvore, o proprietário da terra precisa fazer uma solicitação ao órgão público ambiental de sua cidade, solicitando autorização de desmatamento. Com isso, o produtor tem o volume de madeira que pode extrair dessa propriedade e cadastra essa informação no sistema do IBAMA. Com o cadastramento, diversos compradores têm acesso a essas informações, e a partir do momento que um se interesse, também tem seus dados cadastrados. Com a compra combinada, a madeira entra na etapa de processamento, que varia de acordo com o modo que será utilizada. Em seguida, ela é transportada para o destino final, passando por locais de fiscalização.

Sobre o programa Madeira é Legal

Esta é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura de São Paulo, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da ONG WWF-Brasil, do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), do Grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia (PFCA) e de outras organizações da sociedade civil e setor privado.

O Madeira é Legal conta com o Protocolo de Cooperação voluntária, que consolida várias ações de diferentes atores no combate à madeira ilegal e, firma o compromisso entre as partes em implementar mecanismos para a aquisição responsável e de controle a  ilegalidade. No dia 29 de junho, das 8h30 às 13h, no auditório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, o programa Madeira é Legal apresentará seus resultados dos dois primeiros anos de atuação.

Signatários do programa Madeira é Legal: os governos Estadual e Municipal de São Paulo, Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas do Estado de São Paulo (SindusCon–SP), a Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (APEOP), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (ASBEA), o WWF-Brasil, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCes), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), a Associação de Produtores Florestais Certificados na Amazônia (PFCA), o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (SECOVI-SP), a Associação de Pequenas e Médias Empresas de Construção Civil do Estado de São Paulo (APEMECC), o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC Brasil), o Sindicato do Comércio Atacadista de Madeiras do Estado de São Paulo (SINDIMASP), a Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM), o Sindicato da Indústria do Mobiliário de São Paulo (SINDIMOV), a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (AELO), a Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), o Instituto de Engenharia, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), o ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), e o Instituto São Paulo Sustentável (Movimento Nossa São Paulo). Programa permanece aberto para novas adesões.

Serviços:

Quando: 29 de junho de 2011, das 8h30min às 13h00
Onde: Fundação Getúlio Vargas, São Paulo

Mais informações:

Lead Comunicação e Sustentabilidade (11) 3168-1412 / www.lead.com.br
Fábio Ruocco – ramal 21 / (11) 8449-9935 / [email protected]
Flávia Meira – ramal 26 / (11) 8449-9317 / [email protected]
Luiz Soares – ramal 18 / (11) 8752-4637 / [email protected]

Inscreva-se em nossa newsletter e
receba tudo em primeira mão

Conteúdos relacionados

Entre em contato
1
Posso ajudar?