Líder 2030 Talks: 11 empresas que estão melhorando o mundo

Os cases apresentados no Líder 2030 Talks falam sobre negócios com causas

Confira, a seguir, quais foram os cases apresentados na edição de 2019 do evento Líder 2030 Talks, promovido pela Plataforma Liderança com Valores. O encontro ocorreu no dia 26 de junho, no auditório Philip Kotler da ESPM, em São Paulo.

Foram selecionados pela equipe técnica da consultoria Ideia Sustentável, 11 cases de negócios com causas. Todo o conteúdo será também, em breve, disponibilizado no formado de vídeo-palestras. O intuito da Plataforma Liderança com Valores é disseminar conteúdos relevantes e importantes, como forma de educar e estimular líderes a adotarem e implementarem, em suas empresas, ações que melhoram o mundo.

Assista ao teaser do evento:

Todos os cases, antes de serem selecionados, passaram por um longo processo de curadoria, realizado pela equipe técnica da Ideia Sustentável. Entre os critérios, cada case deveria estar relacionado a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Ao final do evento, os 11 líderes receberam o Prêmio Sabiá-Laranjeira

Dica de leitura: 11 motivos para a sua empresa defender uma causa

1. Vivo: Inovação Educativa

A primeira empresa a se apresentar foi a Vivo. Camilla Tedeschi de Toledo, vice-presidente de Assuntos Corporativos, falou sobre educação e progresso como principais ferramentas para a transformação da sociedade e convidou ao palco Americo Mattar, diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, que falou com mais detalhes sobre Inovação Educativa, a causa defendida pela empresa.

“Em nossas escolas, infelizmente, não usamos a inovação e a tecnologia como mecanismo de transformação”. Com essa frase, Mattar falou sobre a importância da inovação tecnológica aliada à educação, como forma de potencializar e melhorar o ensino. Para ele, as escolas precisam utilizar a internet e as ferramentas digitais como instrumento pedagógico. Por meio da internet e conectividade, por exemplo, professores e alunos do mundo inteiro podem se integrar e trocar conhecimentos e experiências.

A iniciativa da Vivo propõe vincular a tecnologia com o processo pedagógico, alcançando três metas: inclusão tecnológica, transformação pedagógica, apresentar soluções. Além disso, Americo citou a importância da relação da iniciativa privada com o poder público, até como forma de pressionar o Governo para investir em políticas públicas que priorizem a educação. “Não adianta fazer um projeto que não influencie as políticas públicas”. Americo também lembrou sobre o recente lançamento do Anuário Brasileiro de Educação, cujos dados justificam ainda mais a relevância da causa defendida pela Vivo.

A causa da Vivo está alinhada aos ODS 4 (educação de qualidade) e ODS 9 (indústria, inovação e infraestrutura).

Assista à vídeo-palestra:

2. Braskem: Economia Circular para o Plástico

Quem apresentou o case foi Fabiana Quiroga, diretora de Reciclagem e Economia Circular na Braskem. Segundo ela, o primeiro passo para uma empresa cujo plástico é o principal produto defender uma causa de Economia Circular é reconhecer os problemas do consumo e produção deste material, mas também reconhecer a sua importância para a sociedade.

A discussão sobre o plástico é polêmica e conta com diferentes opiniões, mas a empresa deu um passo além, buscando o equilíbrio social, ambiental e econômico e fomentando ações de sustentabilidade. Para isso, o plástico já utilizado deve ser reinserido, por meio da reciclagem, no processo produtivo, diminuindo o seu descarte e o uso de recursos naturais. Segundo Quiroga, o principal desafio é repensar. Repensar modelos de produção, modos de consumo e descarte, logística e até a vida útil e função das embalagens, mudando o mindset da empresa. “Nós, como consumidores, precisamos reconhecer a nossa parte. Mas a indústria também precisa repensar a forma como produz”, afirma.

“Além disso, é fundamental promover o desenvolvimento da reciclagem e de cooperativas”, conclui Fabiana. Segunda ela, as cooperativas de reciclagem enfrentam, no Brasil, pouca segurança e desafios de gestão. E um dos braços da causa defendida pela Braskem é incentivar e orientar essas cooperativas. De acordo com Fabiana, foram mais de 8 mil catadores e 70 cooperativas apoiados pela empresa, recuperando cerca de 100 mil resíduos que iriam para aterros.

A causa da Braskem está alinhada aos ODS 9 (indústria, inovação e infraestrutura), ODS 11 (cidades e comunidades sustentáveis) e ODS 12 (consumo e produção sustentáveis).

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3. Ambev: Programa VOA

Carlos Pignatari, head of Social Impact na Ambev, foi a terceira liderança a se apresentar no evento. A causa defendida pela Cervejaria Ambev é o cerne do Programa VOA, uma iniciativa de mentoria voluntária a instituições do terceiro setor.

“O Programa consiste em doação, que vai muito além do dinheiro. É doação de tempo, doação de conhecimento. O VOA é sobre troca de saberes”, explica Carlos. De acordo com ele, os voluntários do programa buscam essa troca de conhecimentos como forma de desenvolvimento pessoal, e até compartilham suas experiências de vida. “O VOA une tanto números quanto histórias”. Além disso, uma liderança engajada, segundo Pignatari, é fundamental para que uma iniciativa do tipo evolua e prossiga: “as organizações que têm as lideranças engajadas nos projetos são as que mais crescem”.

O Programa já atendeu mais de 230 organizações e engajou mais de 300 voluntários da própria Ambev, somando  mais de 15 mil horas de consultoria, o que equivale a 3 milhões de dólares caso fossem contratados serviços em consultoria, ao se comparar com o tempo médio de uma mentoria.

Saiba mais: Ambev lança o VOA 2019, programa de voluntário de mentoria para ONGs

A causa da Cervejaria Ambev está alinhada aos ODS 1 (erradicação da pobreza), ODS 4 (educação de qualidade), ODS 8 (emprego digno e crescimento econômico), ODS 10 (redução das desigualdades) e ODS 17 (parcerias em prol das metas).

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4. Sodexo: Combate à fome e à má nutrição

O Instituto Stop Hunger foi criado a partir de uma ação de alguns colaboradores da Sodexo. Ao perceberam que crianças menos favorecidas não tinham uma alimentação nutritiva no período de férias escolares e passaram, eles mesmos, a oferecer uma alimentação saudável a essas crianças.

A iniciativa, que começou com 500 quilos de alimentos e 113 voluntários, acabou mobilizando tanta gente que a própria Sodexo a transformou em um projeto institucional.

“No Brasil, o nosso propósito é ir além da questão do alimento”, afirma Davi Barreto, líder de Sustentabilidade na Sodexo e superintendente do Instituto Stop Hunger, ao apresentar a causa. Segundo ele, há também preocupação com empreendedorismo, para incentivar a construção de hortas comunitárias e desenvolver pessoas com habilidades culinárias, por exemplo. Barreto também citou alguns projetos de atuação do Instituto em comunidade como Paraisópolis, que causou grande mobilização.

Para Davi, as ações do instituto também devem influenciar o governo: “O nosso propósito é ajudar cada vez mais pessoas, com a intenção de influenciar e transformar esse movimento em políticas públicas”.

A causa da Sodexo está alinhada ao ODS 2 (fome zero e agricultura sustentável).

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5. Schneider Electric: Acesso à Energia

O case da Schneider Electric foi apresentado por João Carlos Salgueiro de Souza, gerente de Relações Institucionais e Inovação. O acesso à energia, causa defendida pela Schneider Electric, segundo João Carlos, já era uma iniciativa da empresa muito antes de se tornar um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

“A reflexão sobre não podermos colocar a tecnologia como a solução para todos os problemas nos fez visitar uma série de premissas, para então entender que levar a tecnologia energética para comunidades mais isoladas, demanda, também, criar um empoderamento dessas populações, treinando-as para receber essa tecnologia e mantê-la com o decorrer do tempo”.

Leia também: Schneider Electric adere à campanha #MoveTheDate

João Carlos citou diferentes ações promovidas pela iniciativa da Schneider Electric de acesso à energia em todo o mundo, por meio de parcerias com outras empresas. Um exemplo foi a instalação de microrredes de energia em comunidades da Amazônia, estimulando e desenvolvendo também o empreendedorismo na região.

A causa da Schneider está alinhada aos ODS 4 (educação de qualidade) e ODS 7 (energia acessível e limpa).

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6. Coca-Cola: Água + Acesso

Quem apresentou a causa da Coca-Cola foi Rodrigo Brito, gerente de Acesso à Água no Instituto Coca-Cola. A Aliança Água + Acesso é uma iniciativa que busca levar água potável e saneamento a regiões isoladas do Brasil, por meio de parcerias com outras instituições.

Em seu discurso, Rodrigo abordou o poder de impacto de empresas de escala, como a Coca-Cola, que criou, há mais de 20 anos, o Instituto Coca-Cola. De acordo com ele, o instituto já formou mais de 200 mil jovens, dos quais 60 mil foram contratados para atuar entre os parceiros. Rodrigo também fala da importância de uma equipe engajada, que torna a causa um propósito genuíno, verdadeiro. Enquanto a empresa atingia a excelência na economia de água, a equipe acreditava que poderiam ir além, e o acesso de água para comunidades ainda não havia sido abordado.

No Brasil, um dos países mais ricos do mundo em recursos naturais, com grande quantidade de água em suas bacias hidrográficas, há problemas de abastecimento? De acordo com Rodrigo – e com os últimos dados do IBGE -, sim. Há cerca de 35 milhões de pessoas no Brasil sem acesso à água. Desses, 67% encontram-se na zona rural ou em áreas isoladas, que necessitavam não só da água, mas de saneamento, de infraestrutura, de tecnologia, de energia e outros fatores para promover o acesso à água.

A atuação do instituto, então, precisava envolver outras organizações, como explica Rodrigo: “esse não vai ser um programa da Coca-Cola, vai ser uma aliança, vai ser uma coalizão. Sozinha, a Coca-Cola não consegue investir todo o recurso necessário para universalizar o acesso à água”. Foi promovida, assim, uma aliança em prol da causa de acesso à água, entre empresas e sociedade. “Precisamos fazer isso junto com a sociedade civil, para não ser um projeto apenas das empresas”.

A causa da Coca-Cola está alinhada aos ODS 3 (saúde e bem-estar), ODS 5 (igualdade de gênero), ODS 6 (água potável e saneamento) e ODS 17 (parcerias em prol das metas).

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7. Itaú Unibanco: Mobilidade Urbana

Luciana Schneider, superintendente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Negócios Inclusivos no Itaú Unibanco, foi quem apresentou a causa do Itaú. Antes de falar propriamente da causa pela mobilidade urbana, Luciana contou sobre sua experiência profissional com o mercado bancário e como surgiu a proposta do banco para a adoção de uma causa que aproximasse a instituição do cotidiano das pessoas, uma vez percebida a relação superficial do setor com a sociedade e as polêmicas que o envolvem.

Enquanto procurava uma causa que fizesse sentido para o banco e que fosse genuína e independente de incentivos fiscais, Luciana percebeu que “a mobilidade urbana era uma questão cada vez mais urgente para o Brasil”. Assim, começou a levantar pesquisas sobre o assunto, como o conceito de cidades sustentáveis, e encontrou a definição de bicicletas como agente de solução para a mobilidade e sustentabilidade das cidades.

Luciana também apresentou duas frentes do projeto, tão importantes quanto o uso e compartilhamento da bicicleta, e que pouco são divulgadas: a parceria com o poder público e a parceria com entidades especializadas no tema. “Como iniciativa privada, quando falamos de causas, é muito importante não criarmos algo que não possa ser absorvido pelo poder público, que não possa ser incorporado, de fato, pelas políticas públicas. Por isso, todas as nossas ações nessa causa têm sido feitas de braços dados com o poder público, tanto no Executivo quanto no Legislativo”, discorre.

Para Luciana, essa parceria ainda pressiona o governo para incorporar a bicicleta como modal de transporte, integrando-a com outros modais para melhorar a mobilidade urbana. O desafio, contudo, está nas cidades fora do eixo São Paulo-Rio de Janeiro, capitais em que a implementação da bicicleta já está funcionando, de forma legítima e segura.

Já a questão de parcerias com entidades especializadas se faz necessária por não ser o tema uma expertise de uma instituição bancária. Para isso, a empresa colocou seus recursos à disposição de uma rede já existente de cicloativistas – que funcionava de forma voluntária e sem recursos suficientes para implantar o projeto de mobilidade de modo efetivo.  Além disso, Luciana também cita os desafios de aumentar o número de mulheres pedalando; de aumentar a participação do poder público, para que invista na bicicleta como modal de transporte da mesma forma que investe nos automóveis; e de incentivar os clientes a utilizar mais a bicicleta e a investir nos veículos de transporte alternativos.

A causa do Itaú Unibanco está alinhada ao ODS 11 (cidades e comunidades sustentáveis).

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8. Nestlé: Por Crianças Mais Saudáveis

A causa da Nestlé foi apresentado por Sara Rios, líder do Programa Nestlé Por Crianças Mais Saudáveis no Brasil. Sara começou sua apresentação relacionando a causa da empresa com sua experiência pessoal e profissional. “Por ter sido uma criança gordinha, sempre precisei me preocupar com uma alimentação mais equilibrada e com a prática de exercícios físicos, e por isso esse tema se tornou tão importante na minha vida”.

De acordo com Sara, a Nestlé é uma empresa que está presente em 90% dos lares, e por isso tem uma importante relevância quando se fala de nutrição saudável e de qualidade, devido ao impacto que pode causar na sociedade. A proposta global da causa defendida pela Nestlé é mudar a realidade de 50 milhões de crianças, e o Brasil é responsável 1/5 dessa meta, o que torna a iniciativa um desafio para o país. E as ações devem ser feitas também através dos produtos e posicionamento da marca, para mudar o comportamento do consumidor.

O projeto existe desde 1999, e além do posicionamento da marca em seus produtos, ainda capacita profissionais como educadores e merendeiras de escolas públicas, para que eles se tornem agentes de mudança. “Uma mudança de comportamento não acontece de um dia para o outro”, explica Sara.

A proposta é incentivar a participação em cinco mudanças práticas e básicas do cotidiano: beber mais água, praticar atividades físicas/brincar ativamente, ter uma alimentação variada e nutritiva, aproveitar as refeições em família, e a educação, esforço e motivação para a mudança. A iniciativa já impactou diretamente mais de 3 milhões de crianças.

A causa da Nestlé está alinhada aos ODS 3 (saúde e bem-estar) e ODS 4 (educação de qualidade).

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9. Microsoft: AI for Good

Quem falou sobre o case da Microsoft foi Elias Abdala Neto, diretor de Políticas Públicas e Filantropia na Microsoft Brasil, que começou seu discurso relacionando a importância da causa com sua experiência de vida. “Tecnologia e causas sociais, para mim, sempre foram algo muito interessante. Me sinto feliz por estar em uma empresa onde consigo alinhar esses dois temas. Eu não me imagina aqui, ou não pensava na possibilidade de estar aqui, por ter sido um jovem de periferia”. Apesar de ter vivido essa realidade, Elias reconhece que, ainda assim, é uma pessoa privilegiada diante de tantas outras que enfrentam situações bem piores. E a causa defendida pela Microsoft busca mudar essa realidade, formando e capacitando crianças e jovens de baixa renda para a inteligência artificial, que se tornará cada vez mais importante no futuro.

A missão do projeto, segundo Elias, é incentivar as pessoas de todo o mundo a fazerem mais e melhor através da tecnologia. E, para isso, é preciso “repensar a forma como pensamos, criamos e usamos a tecnologia”. Para ele, a tecnologia está presente de forma intensa na sociedade – e a inteligência artificial já é uma realidade -, mas ainda há muito a se desenvolver e transformar no futuro, sendo impossível prever todas as inovações que serão criadas. Portanto, “em vez de pensar no que a tecnologia e os computadores podem fazer, precisamos pensar no que devem fazer”, afirma Elias. Ou seja, a tecnologia deve ser usada para o bem, transformando a realidade socioambiental.

Abdala também cita exemplos do programa no Brasil, como a melhoria de procedimentos médicos, tratamento de pessoas com deficiência, monitoramento dos ecossistemas, tratamento de água, acessibilidade, pesquisa, reconhecimento de pessoas desaparecidas, entre outros, por meio de parcerias com diversas entidades.

A causa da Nestlé está alinhada aos ODS 4 (educação de qualidade), ODS 8 (trabalho descente e crescimento econômico), ODS 13 (ação contra a mudança global do clima) e ODS 16 (paz, justiça e instituições eficazes).

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10. McDonald’s: McDia Feliz

O McDia Feliz é uma ação que existe há 30 anos, mobilizando inúmeras pessoas entre voluntários, funcionários, clientes e parceiros. O case foi apresentado por Rozália Del Gáudio, diretora de Comunicação Corporativa na Arcos Dorados. Segundo Rozália, apesar da campanha ocorrer em um único dia do ano, a mobilização e as ações da iniciativa acontecem durante o ano todo. Rozália também cita as parcerias com o Instituto Ronald McDonald’s e com o Instituto Airton Senna, que promovem todo um trabalho de amparo e cuidado às famílias de crianças e adolescentes com câncer, além de ações em educação.

“A causa tem uma relação muito forte com o propósito da própria marca McDonald’s, que é promover o compartilhamento da alegria familiar”, explica Rozália. Para ela, quando as pessoas frequentam um restaurante, além da alimentação, elas querem vivenciar a experiência do compartilhamento, da união e do encontro familiar e entre amigos, e quando uma família sofre com a questão de saúde, esses momentos se tornam mais raros, e ter um parceiro que os apoie é muito importante.

Ao citar uma abordagem realizada no início do evento em que lhe perguntaram qual a causa pessoal que a mobiliza, Rozália cita que a conexão entre pessoas e o compartilhamento de histórias e experiências tem o poder de inspirar outras pessoas, e por isso é importante para ela: “temos o poder de incentivar e convidar outras pessoas a assumirem também a nossa causa”.

A causa do McDonald’s está alinhada aos ODS 6 (água potável e saneamento) e ODS 17 (parcerias e meios de implementação).

Assista à vídeo-palestra:

11. Instituto Iguá: Inovação e Educação para o Saneamento

O último case a ser apresentado foi o Instituto Iguá, idealizado pela empresa Iguá Saneamento. Quem esteve no palco foi Renata Ruggiero Moraes, diretora-presidente do Instituto Iguá. Renata falou sobre o grande desafio que o saneamento representa para o Brasil, principalmente para as comunidades mais isoladas das grandes capitais do país, e levanta o seguinte questionamento aos presentes: “por que uma empresa de saneamento criaria um instituto e investiria tempo e dinheiro justamente para levar saneamento às comunidades?”. E ela responde: “por que esta é a melhor oportunidade para ir além dos negócios da empresa e deixar um legado para o setor onde atua e, também, para a sociedade como um todo”.

Renata cita a importância de se aproveitar o mercado financeiro para se desenvolver ações que transformam a realidade da sociedade, e também o impacto das parcerias. O Instituto Iguá, por exemplo, é parceiro do programa Aliança Água + Acesso, apresentado anteriormente pelo Rodrigo Brito, da Coca-Cola. “Trabalhar com saneamento não é simplesmente tratar e distribuir água e coletar e tratar esgoto. Trabalhar com saneamento é muito mais que isso. É levar dignidade, saúde, estima e perspectiva de futuro para milhares de pessoas”, afirma Ruggiero.

O Instituto Iguá, de acordo com Renata, não é a área de sustentabilidade da empresa Iguá Saneamento, mas é uma entidade independente que atua em quatro frentes: promover o acesso à água tratada e a coleta e tratamento de esgoto em comunidades excluídas; trabalhar com o desenvolvimento de inovações e soluções para a área de saneamento; promover iniciativas educativas para o desenvolvimento de uma sociedade mobilizada em relação ao ciclo da água e do esgoto; e ter uma postura ativa, pressionando também o poder público e se transformando em um catalisador de mudanças.

A causa do Instituto Iguá está alinhada aos ODS 6 (água potável e saneamento) e ODS 17 (parcerias e meios de implementação).

Assista à vídeo-palestra:

Revista 2030

Os cases aqui apresentados também compõem o conteúdo da Revista 2030, lançada durante o encontro da Plataforma. Clique na imagem abaixo para acessar a sua versão online.

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Escrito por Marcos Cardinalli

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