Organização colocará 50 mil jovens no mercado de trabalho até 2015

A Rede Cidadã, referência na geração de trabalho e renda em todo o país, acaba de anunciar uma nova meta para comemorar seus primeiros 10 anos de vida: a inserção de 50 mil pessoas no mercado até 2015. O número complementa os bons resultados alcançados em uma década. Desde sua fundação, a organização foi responsável pela iniciação de 20 mil jovens na vida profissional. A inserção de 30 mil pessoas nos próximos três anos equivale ao aumento de cinco vezes o total de vagas oferecidas anualmente até então.

A Rede Cidadã, que reúne centenas de empresas e voluntários em uma rede colaborativa, é reconhecida pelos resultados obtidos pela melhoria da qualidade de vida e emprego de milhares de pessoas, a partir do estímulo ao primeiro emprego, capacitação de mão de obra, inserção no mercado profissional, consultoria para empreendedores e inclusão de pessoas com deficiência.

Para o diretor-executivo da instituição, Fernando Alves, a meta tem uma força ainda maior. “A Fundação Internacional da Juventude (IYF) tem como objetivo inserir um milhão de jovens no mercado de trabalho até 2015. Nossa expectativa, portanto, de 50.000 jovens, representa 5% da intenção mundial, o que torna nosso objetivo muito ousado”, comentou.

Outros números alcançados pela entidade ao longo destes anos dão conta de sua importância. Foram 970 negócios apoiados pelo eixo Empreendedorismo, 2.261 voluntários cadastrados e 1.992 instituições e empresas parceiras. Com sede em Belo Horizonte, a Rede Cidadã atua em 11 estados brasileiros: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco e no Distrito Federal.

Programas

Um dos principais projetos desenvolvidos pela organização, o Programa de Aprendizagem Profissional Rede Cidadã, encontra amparo legal para ampliar ainda mais sua atuação. De acordo com a Lei da Aprendizagem 10.097/2000 e do Decreto 5.598/2005, do Ministério do Trabalho, todas as empresas de médio e grande porte são obrigadas a contratar um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de empregados cujas funções demandem formação técnica profissional.

De acordo com a gerente nacional do Programa, Keure Oliveira, as empresas só têm a ganhar com a contratação de jovens aprendizes. “São pessoas muito estimuladas a aprender um ofício. Elas são acompanhadas por tutores, educadores sociais e, dentro das empresas, os coordenadores podem transferir os conhecimentos. Assim, quando o período de aprendizagem termina, a empresa pode optar por contratar um funcionário totalmente adaptado e preparado de acordo com a cultura daquela organização”, comenta.

O Programa de Aprendizagem Profissional estimula a entrada no mercado de trabalho em jovens entre 16 e 22 anos. Com duração de 18 meses, o curso alia a vivência profissional em empresas parceiras, nas quais os aprendizes trabalham em média quatro dias da semana, ao conhecimento teórico, transmitido nos encontros semanais na Rede Cidadã. Além do conteúdo relacionado à atividade desempenhada, a Rede Cidadã promove o desenvolvimento social dos jovens, por meio de orientações sobre cidadania, consciência ambiental, organização financeira, entre outros assuntos.

Outro ponto de grande importância na metodologia utilizada está relacionado ao mapeamento das competências, que permite a identificação do perfil profissional do jovem e seu direcionamento à vaga mais adequada. Ao término do contrato de aprendiz, o jovem tem ainda a possibilidade de ser efetivado pela empresa. Caso isso não aconteça, ele será integrado ao Banco de Talentos da Rede Cidadã. “Isso quer dizer que durante todo o tempo que ele estiver cadastrado em nossa instituição, nós nos esforçaremos para encontrar uma vaga que seja adequada ao seu perfil”, explica Keure.

Jovens a partir dos 18 anos e adultos também têm vez. Interessados em conquistar uma vaga de trabalho podem participar dos programas do eixo Empregabilidade da Rede Cidadã. Ao se inscrever em busca da colocação profissional, o jovem será encaminhado para o processo preparatório para o ingresso no mercado de trabalho, a primeira etapa da metodologia Rede de Geração de Trabalho e Renda (RGTR), desenvolvida pela entidade.

Neste processo, o jovem realiza provas de português, matemática e redação, participa dos cursos orientação profissional prática (OPP) e Investir Vale a Pena (IVP), seleção simulada e o Iriskon, que possibilita o mapeamento de suas competências realizadoras, facilitando assim a identificação da vaga que melhor se encaixa em seu perfil. Após essa etapa, o candidato será encaminhado para o Banco de Talentos da entidade e será comunicado tão logo seja encontrada uma oportunidade compatível.

A Rede Cidadã também trabalha no estímulo à contratação de pessoas com deficiência. A iniciativa tem por objetivo promover a geração de trabalho e renda para  pessoas com deficiência, por meio de ações de empregabilidade. Para dar suporte a essa rede são desenvolvidas ações complementares  que  objetivam orientar o público interno de organizações e empresas sobre o tema acessibilidade, estruturas físicas, comunicação e análise de vagas.

“As pessoas com deficiência são trabalhadores e empreendedores comuns, bastando a remoção de barreiras para o desempenho de atividades profissionais normalmente”, explica o diretor-executivo da entidade, Fernando Alves.

A organização busca ainda estimular o desenvolvimento de novos negócios. Por meio do eixo Empreendedorismo, são oferecidas consultorias e mentorias voluntárias e gratuitas nas áreas de gestão empresarial para pessoas que querem iniciar ou alavancar seus próprios empreendimentos. Os interessados podem optar pela realização de consultorias, que prevêem o apoio em gestão de negócios; mentoria, por meio do qual um voluntário fará o acompanhamento do empreedimento em um período de longo prazo, elaborando, ajustando e apoiando a execução de um plano de negócios adequado àquela realidade; Conexão com o Mercado, que busca aumentar a competividade do negócio a partir da busca por novos fornecedores e canais de comercialização; ou Microcrédito, no qual o empreendedor pode contar com a orientação e elaboração, implementação e gestão  de plano de investimento para acesso e captação de microcrédito produtivo.

Metodologia

A Rede Cidadã utiliza a Rede de Geração de Trabalho e Renda (RGTR), uma metodologia própria, sistematizada em processos que possibilitem um melhor padrão operacional, permitindo o acompanhamento gerencial, e promovendo a sinergia dos três setores, privado, público e instituições sociais na construção de uma aliança capaz de aumentar o impacto das ações de geração de trabalho e renda.

Na metodologia RGTR, a cadeia de valor é baseada em atividades planejadas para atuar nos eixos empregabilidade, aprendizagem e empreendedorismo. A empregabilidade e aprendizagem visa à inserção de jovens no mercado formal de trabalho e o empreendedorismo trabalha com o conceito de consultoria em gestão empresarial, no qual empreendedores de comunidades carentes recebem consultoria, objetivando desenvolvimento do seu negócio.

A cadeia de valor da RGTR envolve os processos de captação e fidelização de parceiros, assim como, capacitação profissional, seleção, contratação e acompanhamento para jovens e suporte aos empreendedores por meio de consultoria.

O funcionamento da metodologia se baseia na força das parcerias, numa rede colaborativa que direciona recursos humanos, físicos, financeiros e sociais para o desenvolvimento humano. Sempre contando com a força do meio empresarial, a metodologia se apóia na Responsabilidade Social e no Voluntariado como forma de mobilizar recursos para transformação da realidade.

Mais informações:

http://www.redecidada.org.br | (31) 2535-5257 | (31) 9120-5295