O desafio de promover a justiça social e desenvolver comunidades

22 de março de 2010

Compartilhe:

Os quatro desafios do investimento social privado
Para ser mais eficaz, eficiente e efetivo, o investimento social privado brasileiro terá que superar quatro grandes desafios.
O primeiro diz respeito à fragmentação das ações. Como são realizadas por diferentes empresas e obedecem a lógicas, conveniências e convicções muito particulares -que vão desde o interesse mais imediato ligado ao negócio ao ideal de vida do fundador – os projetos se sobrepõem, em termos de escolha de tema, públicos e regiões, e acabam, por isso, perdendo em sinergia, com claro prejuízo para o impacto nas populações que se deseja beneficiar.
Um segundo desafio tem a ver com o fato de que as fundações empresariais precisam assumir sua vocação de centros de desenvolvimento de tecnologias sociais capazes de influenciar políticas públicas. Por razões óbvias, elas jamais conseguirão fazer atendimentos que não sejam de pequena escala. Em compensação, sempre serão mais ágeis do que os governos para a pesquisa aplicada e a elaboração de modelos de intervenção em áreas de interesse social. Logo, podem e devem funcionar como laboratórios de metodologias, dedicando-se a organizar suas experiências e sistematizá-las na forma de tecnologias prontas para replicação pública.
Um terceiro desafio para as empresas será incorporar novas formas de atuação que excedam o tradicional “financio, logo existo.” Até pouco tempo atrás, a prática mais comum era a doação de dinheiro para organizações e comunidades. Hoje, as companhias já têm suas linhas e projetos próprios. Dinheiro não é o único ativo da empresa. Ela também pode fazer diferença se colocar a serviço das comunidades outros ativos importantes como capacidade de gestão, poder político, escolhas negociais, a força de sua cadeia produtiva, práticas comerciais, produtos e serviços.
O quarto desafio está relacionado a uma necessária aproximação estratégica das empresas com as suas fundações, institutos e departamentos sociais. A maioria das corporações vive ainda apartada das instâncias que elas próprias criaram para realizar investimento social. Tratam-na como elementos estranhos. E a elas recorrem, quando muito, para recolher números positivos para seus balanços sociais. Institutos e fundações são, na verdade, centros de conhecimento e banco de pessoal capacitado em relacionamento com comunidades.
O que têm em comum os projetos
? Baseiam-se em alianças setoriais estratégicas
? Estimulam o protagonismo juvenil
? Atuam em sintonia com políticas públicas locais
? Envolvem vários atores sociais
? Nascem de diagnóstico claro de necessidades das comunidades locais
? Procuram melhorar o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
? Usam a educação como fator de transformação social
? São planejados com método e rigor
? Possuem visão de longo prazo
? Fazem monitoramento permanente de resultados de processos
? Incentivam a não dependência dos recursos da empresa e à apropriação do projeto por parte da comunidade
Áreas de atuação do investimento social privado
Educação 83%
Formação para o trabalho 59%
Cultura e artes 55%
Geração de trabalho e renda 53%
Apoio à gestão do terceiro setor 53%
Desenvolvimento comunitário/de base 48%
Meio ambiente 46%
Assistência social 40%
Saúde 38%
Defesa dos direitos 35%
Esportes 28%
Comunicações 23%
Fonte: Censo Gife – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (2007/2008)

Descubra como podemos ajudar sua empresa a ser parte da solução, não do problema.

A Ideia Sustentável constrói respostas técnicas eficientes e oferece soluções com a melhor relação de custo-benefício do mercado, baseadas em 25 anos de experiência em Sustentabilidade e ESG.

    Entre em contato
    1
    Posso ajudar?