O desafio de promover a justiça social e desenvolver comunidades

22 de março de 2010

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Uma revolução de conceitos no Baixo Sul da Bahia
Formar jovens capazes de gerar riqueza em harmonia com as tradições, a cultura e o meio ambiente locais é a principal diretriz do DIS Baixo Sul, projeto da Fundação Odebrecht que foi escolhido pela ONU como modelo para ser reaplicado em outros países.
Para preservar a região da Área de Proteção Ambiental do Pratigi, um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica do País, a Fundação fomenta a organização da comunidade local e a criação de cooperativas para desenvolver negócios sustentáveis e viabilizar o acesso dos agricultores às cadeias produtivas.
Segundo José Manuel Sucre, conselheiro de sistemas de governança e instituições da Organização das Nações Unidas, o DIS Baixo Sul mostra que é possível promover os oito objetivos do milênio de forma integrada. “Pretendemos elaborar um projeto internacional para que essa experiência do Brasil venha a ser conhecida no mundo e também para gerar demanda em outros países, de modo que se interessem a replicar o projeto em suas comunidades como forma de desenvolver o ser humano de maneira integrada e sustentável”, afirma.
A capacidade de organizar a comunidade de modo que promova o seu próprio desenvolvimento é um dos fatores de sucesso do DIS Baixo Sul. Reconhecida essa habilidade, a primeira medida para reaplicação do projeto foi a criação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Governança Participativa na Serra do Papuã, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pratigi, em Ibirapitanga (BA), inaugurado em outubro de 2008.
“Apesar de termos casos riquíssimos de desenvolvimento comunitário e governança participativa no Brasil, vivemos mais as experiências do que as registramos. Isso dificulta o entendimento, aprimoramento e reaplicabilidade dos projetos. Por isso, nessa primeira etapa, queremos reconhecer as iniciativas já existentes e disponibilizá-las para o maior número de pessoas possível”, explica Rogério Arns, diretor no núcleo.
O foco na unidade-família, premissa da filosofia empresarial Odebrecht, é também um dos princípios que favorecem o desenvolvimento comunitário e a governança participativa.
Para Oscar Motomura, fundador e presidente da Amana-Key, empresa especializada em programas educacionais para executivos, o ambiente familiar possibilita o estabelecimento de um processo de tomada de decisão que conte com a participação de todos. “Como a menor célula de uma comunidade, a família é um excelente local para a prática da governança participativa. Além disso, oferece apoio psicológico e aconselhamento aos seus membros”, ressalta Motomura.
As Casas Familiares Rurais procuram recriar esse espírito, reforçando o convívio dos jovens com a família e com a comunidade. Nas CFRs, os jovens recebem conhecimentos técnicos voltados para a realidade na qual estão inseridos. O modelo é baseado na pedagogia da alternância que combina teoria e prática.
A partir dos conhecimentos e relacionamentos desenvolvidos nas escolas, os alunos têm condições de ampliar suas oportunidades de geração de renda por meio da constituição de cooperativas. Hoje, já são quatro: Cooprap, Coopemar, Coopalm e Coopatan, que atuam nas cadeias produtivas da piaçava, aqüicultura, palmito e mandioca, respectivamente.
Por meio das cooperativas, os produtores conseguiram atingir o setor terciário sem atravessadores. Hoje, os produtos dos cooperados já são comercializados por grandes redes varejistas como Bom Preço, Wal-Mart, Ebal e GBarbosa, o que tem alavancado o orçamento das famílias.
“Não basta que uma grande empresa se interesse por comprar o produto dos cooperados. É preciso ter qualidade, capacidade de entrega e preço”, afirma Arns.

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