Negócios sustentáveis

13 de abril de 2010

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Juntos para reciclar
As empresas Carrefour, Coca-Cola Brasil, Tetra Pak e o Instituto Akatu – organização da sociedade civil – decidiram se unir para incentivar o consumo consciente. A partir desta semana – e até o próximo mês de julho – o consumidor que levar uma embalagem Del Valle (fabricado pela Coca-Cola) a uma das 10 lojas Carrefour participantes da promoção ganha trinta centavos de desconto na compra de outra caixa de suco. As embalagens coletadas serão doadas a cooperativas de catadores, incrementando a geração de renda.
O objetivo dessa iniciativa inédita é estimular o engajamento da sociedade no processo de coleta seletiva, evidenciando o valor das embalagens no retorno à cadeia produtiva. Pra isso, a Tetra Pak fará demonstração de seu processo de reciclagem nas lojas. 
Além de uma ação de educação para a sustentabilidade, a iniciativa faz muito sentido para o negócio dessas empresas. Afinal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – que obriga o fabricante a se responsabilizar pelo destino final de seus produtos – finalmente agora é lei!
Vamos bater perna
2014. É assim que a marca Goóc – fabricante de acessórios e calçados com solado de borracha reciclada de pneus – batizou o projeto cuja meta é transformar 40 milhões de pneus em mais de 210 milhões de pares de sandálias até a data da Copa do Mundo no Brasil. Segundo estudos da empresa, o brasileiro gasta, em média, um pneu a cada 4 anos – mesmo quem não é proprietário de carro, já que “a dependência do transporte rodoviário é muito alta no País” – diz o fundador da empresa, Thái Quang Nghiã, vietnamita naturalizado brasileiro. 
Desde 2004, a empresa reciclou mais de 2 milhões de pneus na confecção de seus produtos. Com três fábricas no Brasil, a meta, agora, é inaugurar uma nova unidade em Brotas, no interior de São Paulo, até o final deste ano.
Cada par de sandália Góoc custa, em média, R$ 25. Para que a empresa multiplique a produção por 20, até 2014, além de andar muito de carro, o brasileiro terá, também, de gastar muita sola de sapato!
Supérfluos bem-vindos
Sabe aquelas embalagens plástico-metálicas de salgadinhos, chocolates e biscoitos que você coloca no lixo reciclável só por desencargo de consciência, porque sabe que vão parar no lixo comum? Pois bem. Já existe quem se interesse por elas. A TerraCycle, nascida nos Estados Unidos, está à procura de parceiros no Brasil para dar destino a essas embalagens, que – diga-se – não são nada fáceis de reciclar. As atividades por aqui começaram há seis meses e contam, por enquanto, com financiamento da PepsiCo (Elma Chips) e Kraft (Tang), que patrocinam as chamadas “brigadas”. Funciona da seguinte maneira. Grupos de voluntários formam equipes nos locais de trabalho, condomínios, escolas e se cadastram no site da TerraCycle. Com porte pago, as embalagens são enviadas pelo correio. E rendem dois centavos para uma entidade social que a equipe queira ajudar. Os créditos vão se acumulando na “conta” dos voluntários e, a cada seis meses, são enviados à instituição. Tudo devidamente auditado – garante o presidente da empresa no Brasil – Guilherme Brammer. Se você quiser adotar a idéia, segue link com mais informações: www.terracycle.com.br.
 
Capim elétrico
Velho conhecido dos agricultores e pecuaristas brasileiros, usado principalmente como pastagem para o gado leiteiro, o capim-elefante agora é fonte alternativa de energia. A responsável pela proeza é a Sykué Bioenergya – com base em mais de 15 anos de pesquisas do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo) – , que inaugurou recentemente a primeira usina do País a utilizar a inusitada matéria-prima na geração de energia elétrica. A usina está instalada a 970 Km de Salvador, na pequena São Desidério, na Bahia. Com uma área plantada de 4 mil hectares (o equivalente a 4 mil campos de futebol), o projeto deve consumir R$ 140 milhões em cinco anos, para produzir 30 megawatts de energia – o suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.
O capim-elefante assemelha-se, na aparência, à cana-de-açúcar, com algumas vantagens: cresce muito rapidamente; tolera solos mais pobres em nutrientes do que a cana e o eucalipto; e gera maior quantidade de biomassa. Cada hectare plantado da gramínea produz, em média, 40 toneladas de biomassa seca, que geram 160 mil quilocalorias – o dobro da cana-de-açúcar. 
O primeiro consumidor da nova fonte de energia é o grupo Pão de Açúcar, liderado pelo empresário Abílio Diniz – pai e sogro de 2 dos 3 sócios da Sykué Bionergya – que, certamente, não quer saber de nenhum elefante branco: só do capim-elefante. E bem verde!

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