Nos arredores da maior cidade de Gana, uma favela esculpida nos bancos do Korle Lagoon, que possui um dos corpos de água mais poluídos da terra, chama a atenção.
Documentário Ghana: Digital Dumping Ground acompanha um garoto de 13 anos que oferece levar a equipe, através das trilhas de um antigo rio, até uma área notória chamada Agbogbloshie.
Agbogbloshie se tornou um dos depósitos de lixo do mundo digital, onde milhões de toneladas do chamado e-waste são empilhadas a cada ano.
Envolta nesse lixo eletrônico, a população mora e se alimenta no local, além de tentar ganhar a vida de qualquer maneira possível – com todas as implicações recorrentes para a saúde em tal ambiente.
Computadores são queimados para a retirada do plástico da superfície, deixando para trás fragmentos de cobre e ferro que posteriormente podem ser coletados e vendidos.
Alguns anos antes, quando contêineres de velhos computadores chegaram a África, a população deu boas vindas ao que imaginava serem doações com intuito de fazer uma ponte para reduzir a exclusão digital. Ledo engano. Logo os exportadores aprenderam a explorar essas áreas de e-waste apenas declarando o lixo como “donativo”.
O documentário aborda questões como o crime cibernético que provem desse cenário – particularmente um grande problema em regiões como Gana, que é listada pelo Departamento de Estado dos EUA como uma das principais fontes desse tipo de crime no mundo.
Com posse de um hard drive, pode-se obter todas as informações sobre seu antigo dono, não importa o quão escondidas estejam. É possível, por exemplo, obter senhas bancárias e outros dados sigilosos.
Além de Gana, o documentário explora as rotas do lixo eletrônico na China e na Índia – que tem gerado seu próprio e-waste a uma taxa preocupante, graças a uma classe média crescente e interessada em alta tecnologia.
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