Mobilização para salvar a civilização

20 de outubro de 2009

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Lester Brown apresenta a seguir os principais pontos do seu Plano B 4.0, obra que será lançada em português no próximo 22 de outubro pela editoria New Content e Ideia Sustentável, com apoio do Bradesco.
Visão de futuro
O Plano B se estrutura a partir da urgência de impedir o aumento das concentrações atmosféricas de CO2, reverter o declínio na segurança alimentar e encurtar a lista de estados falidos ou em falência. Ao estabelecer o objetivo de cortar em 80% a emissão de carbono até 2020, não perguntamos que tipo de corte seria politicamente viável. Em vez disso, perguntamos quanto e quão rápido temos que reduzir as emissões de carbono se quisermos ter uma chance decente de salvar a camada de gelo de Groenlândia e evitar uma elevação do nível do mar politicamente desestabilizadora. Com quanta rapidez temos que cortar carbono se desejarmos salvar pelo menos as maiores geleiras do Himalaia e do Platô Tibetano, cujo gelo derretido irriga as plantações de trigo e arroz na China e na Índia?
No plano da energia, nosso objetivo é fechar todas as termoelétricas a carvão até 2020, substituindo-as amplamente por fazendas eólicas. Na economia do Plano B, o sistema de transporte será eletrificado com base em uma ampla mudança para os carros híbridos, carros elétricos e vias férreas de alta velocidade. Já as cidades serão projetadas para pessoas, não para automóveis.
O Plano B não se orienta pelo que fizemos no passado, mas pelo que precisamos fazer no futuro. Oferece uma visão de como pode ser o futuro, um mapa de como ir daqui até lá, e um cronograma para cumprir o percurso. Não se baseia no pensamento convencional, até porque foi ele que nos colocou no meio dessa confusão. Pelo contrário, adota um jeito diferente de pensar, uma nova mentalidade, para nos tirar da presente situação. O Plano B é obviamente ambicioso e, para alguns, impossível.
Ao reconhecer a enormidade do desafio que o mundo enfrenta, Paul Hawken, empreendedor corporativo e ambientalista, aconselhou os graduandos da Universidade de Portland, em maio de 2009: “Não se deixem dissuadir por pessoas que não sabem o que não é possível. Façam o que precisa ser feito, e verifiquem se era impossível apenas depois que tiverem terminado.”

A verdade ambiental
O mercado faz várias coisas bem, mas uma das coisas que não faz é incorporar impactos indiretos da queima de combustíveis fósseis. Por exemplo, ele não inclui o custo da mudança climática no preço da energia gerada pelo petróleo ou no preço da gasolina. Assim os preços seriam muito mais altos do que são e seriam preços honestos, os verdadeiros. Quando compramos um galão de gasolina nos EUA, pagamos pela extração do petróleo, o transporte desse petróleo para uma refinaria, a produção da gasolina e então, o transporte da gasolina para uma estação servil. Nós não pagamos o custo da mudança climática. Se reestruturarmos os impostos, abaixando o imposto de renda e aumentando a taxação de atividades ambientalmente destrutivas, podemos levar o mercado a dizer a verdade ambiental. Ao fazermos isso, a economia energética começará – muito rapidamente – a se reestruturar e responder aos sinais de preço do mercado. Essa é a medida mais importante que podemos tomar para nos mover em direção a uma economia de baixa emissão de carbono. Enquanto isso, precisamos subsidiar o desenvolvimento das fontes renováveis de energia – eólica, solar e geotérmica – com impostos atraentes.

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