INCLUSÃO – Programa de Capacitação Profissional da Febraban qualifica 349 pessoas portadoras de deficiência

28 de outubro de 2009

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Na primeira fase do projeto, alunos fizeram o Aprimoramento Educacional. Próxima fase é o ensino técnico e depois, o início do trabalho nos bancos
Com o certificado em mãos e um sorriso no rosto, Gilmara Cavalcante de Souza conta que não vê a hora de começar a trabalhar no Citi. Uma das 497 pessoas escolhidas para participar do Programa Febraban de Capacitação Profissional e Inclusão de Pessoas com Deficiência no Setor Bancário, ela vai começar a trabalhar efetivamente daqui a dois meses. Gilmara acaba de completar a primeira fase do projeto, a de aprimoramento educacional, destinada aos alunos que possuem ensino médio completo. Agora, está passando pela capacitação profissional para, em seguida, assumir seu posto de bancária.
Desde que entrou na sala de aula, em fevereiro deste ano, Gilmara, deficiente visual, recebe mensalmente seu salário e os benefícios previstos na Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários. “Isso é um grande estímulo para completarmos a etapa de treinamento, porque ainda não estamos desempenhando a nossa função profissional, mas já somos reconhecidos como funcionários”, relata.
Resultado de uma parceria entre o setor bancário, representado pela Febraban, a Prefeitura Municipal de São Paulo, a UniSant’Anna, o Cursinho da Poli e a consultoria i-Social, o programa teve início no segundo semestre de 2008 com o recrutamento dos candidatos. “Inédito no Brasil, esse projeto piloto representa uma chance única de qualificação profissional e ingresso no setor bancário para pessoas com deficiências física, auditiva e visual”, afirma Mário Sérgio Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais da Febraban.
O treinamento dura entre seis e 15 meses, dependendo do grau de instrução dos alunos. O Aprimoramento Educacional, ministrado pela equipe da Uni Sant’Anna, é destinado aos que possuem ensino médio completo e tem duração de três meses. O Supletivo Ensino Médio, ministrado pela equipe do Cursinho da Poli, é voltado às pessoas que não concluíram o ensino médio e tem duração de 12 meses. Posteriormente, todos recebem mais três meses de qualificação técnica, voltada inteiramente ao trabalho no mercado bancário.
Os 497 alunos bancários foram contratados por oito bancos – BIC, Bradesco, Citi, Indusval, Itaú Unibanco, Safra, Grupo Santander Brasil e Votorantim. Desses, 349 já receberam o certificado da primeira etapa da capacitação. Outros 148 estão cursando o supletivo.
Os alunos bancários iniciaram as aulas com registro em carteira e salário inicial de R$ 616,40 para jornada de quatro horas, que é inferior à jornada dos bancários, de seis hora/dia. Os benefícios contemplam vale-refeição no valor de R$ 15,92 por dia, cesta-alimentação de R$ 272,96, participação nos lucros e resultados, vale-transporte, seguro de vida e plano de saúde. Depois de 90 dias o salário subiu para R$ 675,76.
Dados gerais do programa:
– Foram recebidas em torno de 3 mil inscrições de moradores da cidade de São Paulo, Grande São Paulo e imediações.
– 1.718 pessoas participaram do processo seletivo. Dessas, 1.256 tinham o ensino médio completo e 462 pessoas tinham o ensino fundamental completo ou o médio incompleto.
– Os participantes têm idade entre 18 e 73 anos.
– As inscrições podiam ocorrer em todos os Centros de Apoio ao Trabalho (CATs) de São Paulo.
– O processo seletivo foi composto por quatro testes – Matemática, Português, Raciocínio Lógico e Conhecimentos Gerais – e dinâmicas de grupo.
– Foram realizados exames médicos para garantir que os selecionados se enquadravam nas diretrizes do Decreto 5.296/04, que regulamenta o tratamento e a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência.
– As equipes de Recursos Humanos dos bancos contratantes realizaram entrevistas individuais com todos os candidatos.
– Foram feitos hotsite, anúncios, panfletos e folders. O material foi veiculado em jornais, metrô, ônibus, bibliotecas, entre outros.
Assinatura do TAC de acessibilidade
O programa da Febraban para capacitação de portadores de deficiência física faz parte de um conjunto de medidas do setor bancário para melhoria do atendimento e  da inclusão dessas pessoas, contribuindo para que o mercado de trabalho espelhe a população brasileira.
Em outubro de 2008, a Febraban também assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para acessibilidade de Pessoas com Deficiência nas agências bancárias. O termo é um esforço conjunto da federação e dos ministérios públicos Federal, estadual de São Paulo, estadual de Minas Gerais, da Secretaria Especial de Direitos Humanos e da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. O TAC conta com o apoio de 20 dos principais bancos brasileiros, que representam mais de 50% do sistema.

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