Grandes empresas incentivam fornecedores a analisar pegadas

16 de março de 2013

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Grandes empresas incentivam fornecedores a analisar pegadas - Ideia Sustentável

AES Eletropaulo, Banco Bradesco, Braskem, Fibria, Marfrig, Suzano Papel & Celulose e Vale patrocinam programa CDP Supply Chain Brasil 2012

38% de fornecedores de grandes empresas brasileiras acreditam que os impactos de mudanças climáticas nos negócios já podem ser sentidos ou começarão a ser percebidos nos próximos cinco anos – fato associado diretamente a aumento no custo de operação e a redução da capacidade de produção.

Este é apenas um dos dados que o programa CDP Supply Chain Brasil 2012 traz à discussão durante um evento na BM&F Bovespa, em São Paulo. O programa é realizado pelo CDP, ONG internacional que atua junto a investidores e empresas de todo o mundo para prevenir as mudanças climáticas e proteger os recursos naturais através da alocação eficiente de capital.

O CDP Supply Chain Brasil faz parte de um programa global que permite que grandes empresas compradoras questionem e engajem suas cadeias de fornecimento a implementar estratégias para mitigar as mudanças climáticas. Da porção global do programa, baseado em dados de 2415 empresas, incluindo 2363 fornecedores e 52 grandes empresas compradoras com poder de compra combinado de aproximadamente US$ 1 trilhão, foram extraídas as respostas dos 202 fornecedores brasileiros abordados por sete grandes compradores que são membros do programa no País: AES Eletropaulo, Banco Bradesco, Braskem, Fibria, Marfrig, Suzano Papel e Celulose e Vale.

Dentre os dados levantados pela análise feita pela Accenture, parceira do CDP, destacam-se:

– 554 pedidos de informações foram enviados a fornecedores latino-americanos, sendo 413 brasileiros. 49% do universo brasileiro de fornecedores responderam ao programa, contra um índice global de respostas de 39%;

– 29% dos fornecedores brasileiros acreditam que os impactos das mudanças climáticas já estão sendo sentidos através das fortes secas ou inundações que afetam direta ou indiretamente todos os negócios, contra 25% que acha que tais impactos serão percebidos apenas daqui a 6 a 10 anos;

– semelhante aos resultados globais, existe um hiato entre as respostas dos fornecedores e das empresas compradoras em todos os resultados. Por exemplo, enquanto 57% dos membros brasileiros do CDP Supply Chain Brasil têm metas definidas para redução de emissões, apenas 13% de seus fornecedores fazem o mesmo;

– o número de fornecedores que investem em ações de redução de emissões caiu de 23% em 2011 para 13% em 2012. No entanto, na comparação entre os dois anos, há uma melhoria de 100% em iniciativas de redução de emissões (8% dos respondentes em 2011 contra 17% em 2012);

– 43% dos membros brasileiros investem para mitigar os riscos das mudanças climáticas através da redução de emissões. Por outro lado, como vimos no item anterior, apenas 13% de seus fornecedores que responderam ao questionário fazem o mesmo;

– os 13% dos fornecedores brasileiros que reportaram investir na redução de emissões sinalizam economias monetárias de US$ 14 milhões;

– 63% dos respondentes identificam um risco relacionado às mudanças climáticas, atual ou futuro, com potencial de afetar de forma expressiva suas receitas ou negócios;

– 72% das empresas que investem em iniciativas de redução das emissões percebem que as mudanças climáticas representam um risco físico para suas operações, em comparação com 32% que não estão investindo em tais iniciativas.

“Sabemos que a cadeia de fornecimento é responsável diretamente pelo resultado de uma empresa. Estamos falando aqui de influências diretas em receita, qualidade do produto final, percepção do consumidor. Por isso, é extremamente importante que as grandes empresas não apenas invistam em mitigar seu impacto junto ao meio-ambiente, mas também incentivem seus fornecedores a fazê-lo”, pondera Fernando Eliezer Figueiredo, diretor do CDP Brasil.

Melhores respostas

Para oferecer subsídios tanto para fornecedores quanto para empresas compradoras conduzirem sua estratégia rumo à economia de baixo carbono, o CDP implementou a sua metodologia de pontuação (scoring) de respostas no Brasil nesta edição do CDP Supply Chain 2013. As declarações dos respondentes são pontuadas nos quesitos Disclosure Performance.

A primeira se refere ao fornecimento de respostas claras e completas. Dos 202 fornecedores respondentes, 29% recebeu pontuação entre 50 e 100.  Em Performance, analisou-se a efetividade das medidas para amenizar as mudanças climáticas adotadas pelas empresas que tiveram nota maior ou igual a 50 em Disclosure. Entre as 58 empresas analisadas em Performance, não houve nenhuma avaliada com nota A. 14% ficaram com nota B.

Sobre o CDP

O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que provê um sistema global único para que as empresas e cidades meçam, divulguem, gerenciem e compartilhem informações vitais sobre o meio ambiente. O CDP trabalha com as forças do mercado, incluindo 722 investidores institucionais com ativos na ordem de US$ 87 trilhões para motivar as companhias a divulgarem seus impactos no meio-ambiente e aos recursos naturais, assim como suas ações para reduzi-los. Atualmente, o CDP possui o maior volume de informações sobre mudanças climáticas e água do planeta e procura colocar estes insights na pauta das decisões estratégicas, dos investidores e das decisões políticas. Para mais informações, visite http://www.cdproject.net.

Mais informações:

[email protected] | (11) 5093-3870 | 9 9995-7576

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