Ferramenta – Balanced Scorecard na atividade social

Ferramenta – Balanced Scorecard na atividade social

O tema não é exatamente novo, mas ainda assim provoca debates acalorados, marcados por posições muitas vezes radicais de parte a parte: qual a contribuição efetiva que o modo de fazer gestão do segundo setor pode dar ao terceiro setor? Diante do fato de que um e outro se orientam por objetivos absolutamente distintos, há quem questione, por exemplo, se – e até que ponto – ferramentas criadas no âmbito empresarial poderiam ser aplicadas a projetos sociais ou se, pelo contrário, o seu uso acabaria por desvirtuar a natureza das ações da sociedade civil.
Resistências à parte, há consenso, por exemplo, sobre o fato de que os instrumentos contábeis são úteis para os dois setores. As diferenças de opinião se tornam mais contundentes quando se trata de estratégias ou do gerenciamento de ações. No início dos anos 90, os economistas Robert Kaplan e David Norton, professores da Universidade de Harvard, apresentaram um novo sistema de avaliação empresarial que começa agora a ser olhado com maior interesse também por organizações sociais. Originalmente chamado de BSC – Balanced Scorecard (em português algo como “Indicadores Balanceados de Desenvolvimento”), este sistema de gestão tem atraído a atenção de gestores sociais por utilizar elementos que ultrapassam as metas e informações econômicas, típicas do universo empresarial.
Nas próprias empresas, os métodos tradicionais de avaliação vêm perdendo espaço, na medida em que já não se consegue analisar resultados apenas a partir de mensurações econômicas. Hoje, valores humanos e outros intangíveis, como, por exemplo, a imagem, acabam por ter algum peso no modo como empresas e – por que não? – organizações são percebidas e valorizadas junto aos seus públicos de interesse.
Kaplan e Norton defendem que, sozinhos, os dados financeiros já não podem mais aferir se uma empresa ou a organização estão ou não no caminho certo. Nesse sentido, o sistema BSC procura trabalhar a sua análise em quatro dimensões: financeira, do cliente, do negócio e da aprendizagem e do crescimento.
 

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