Estudo NEXT – Saúde – Desafio 6: Tornar as tecnologias mais acessíveis

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Desafio 6: Tornar as tecnologias mais acessíveis

Novas tecnologias (conhecimentos, processos, equipamentos, medicamentos) revolucionarão a maneira de diagnosticar e tratar as pessoas e já têm ocasionado mudanças fundamentais na prestação de serviços na área de saúde, com mais praticidade, agilidade e precisão; além de permitir melhor monitoramento de doenças e processamento de grande quantidade de informações. Diagnósticos de bolso e à distância, aplicativos de saúde para celulares, telemedicina, entre outros, vêm mudando a relação médico-paciente

Tão longe, tão perto


Se, por um lado, a tecnologia é responsável pelo encarecimento dos serviços de saúde, por outro, pode ser justamente a solução para esse problema. Segundo o artigo Uma Cura para os Custos com os Cuidados com a Saúde, publicado na revista americana Technology Review, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 2013, se as inovações em medicamentos, testes e tratamentos são o principal motivo para os altos custos, por que, em vez disso, não oferecem maneiras de economizar dinheiro?

“Os computadores estão fazendo as coisas melhores e mais baratas. Mas, nos cuidados com a saúde, novas tecnologias ainda fazem as coisas melhores e mais caras”, diz Jonathan Gruber, economista do MIT, que lidera um grupo de cuidados com a saúde no National Bureau of Economy Research. O desafio que se descortina para o setor é, portanto, tornar as tecnologias mais baratas e acessíveis.

Ira Brodsky, pesquisador e autor do livro A História e Futuro da Tecnologia Médica, propõe alternativas que podem vir a reduzir o custo dos cuidados de saúde no longo prazo: sistemas médicos de alta tecnologia, equipados com melhores recursos de produtividade; soluções remotas, que permitem aos especialistas aplicar suas habilidades à distância; soluções móveis, que possibilitem aos médicos economizar tempo e dinheiro; e tecnologias da saúde pessoal, que ajudam os consumidores a se manter saudáveis e gerenciar doenças crônicas.

Entre as tecnologias já mais acessíveis, destacam-se: telemedicina, ou seja, prestação de serviços à distância pelos profissionais da área da saúde, que permite levar recursos avançados a localidades distantes; os aplicativos para celulares que ampliam o acesso a tecnologias de prevenção, diagnóstico e tratamento de doença; e até as mídias sociais, que podem ser usadas pelos pacientes para manter um controle sobre sua saúde. Para se ter ideia, o programa Telessaúde, do Governo do Amazonas em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), gerou uma economia aproximada de R$ 7 milhões para os cofres públicos em quatro anos. Evitando deslocamentos do interior para a capital – o paciente é atendido por um médico generalista no hospital de sua localidade, e as informações são compartilhadas em tempo real com equipes de especialistas em Manaus –, a iniciativa registrou mais de 100 mil exames.

Adotada em 2009 no Brasil, a Política Nacional de Gestão de Tecnologias em Saúde (PNGTS) define gestão de tecnologias em saúde como o conjunto de atividades relacionadas com os processos de avaliação, incorporação, difusão, gerenciamento de utilização e retirada de tecnologias do sistema de saúde. A meta é gerar o máximo possível de benefícios e garantir o acesso da população às tecnologias.

E como tecnologia requer conhecimento técnico e científico e a aplicação deste conhecimento por meio de sua transformação no uso de ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir dele, os genéricos entram no debate, pois são mais baratos e acessíveis. O genérico custa menos porque os fabricantes, ao término do período de proteção de patente dos originais, não precisam investir em novas pesquisas e estudos clínicos. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, em 10 anos, os consumidores economizaram R$ 10,5 bilhões ao optar pelos genéricos na hora da compra.

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