Estudo NEXT – Saúde – Desafio 5: Gestão de impactos

Estudo NEXT – Saúde – Desafio 5: Gestão de impactos

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Desafio 5: Gestão de impactos

Gerir rigorosamente os impactos socioambientais nos ciclos de produção dos serviços de saúde deve ser um imperativo para o setor, na medida em que não só gera ganhos ecológicos, em razão do uso correto de recursos e ao descarte adequado de resíduos, como também econômicos, devido à maior eficiência em processos, à economia de custos e ao aumento do interesse de investidores

Responsabilidade socioambiental, cuidado em toda a cadeia

 

Há em todo o mundo, 16.181 relatórios de sustentabilidade baseados no modelo Global Reporting Initiative. Deste total, em 2014, 28 foram os elaborados por empresas do setor de serviços de saúde e 31, do setor de produtos para cuidados da saúde. Não sem razão, muitos especialistas ouvidos pelo NEXT consideram o setor ainda atrasado em relação à gestão da sustentabilidade.

De acordo com o relatório do Carbon Disclosure Project, Health Care Sector Report, de 2011, o setor de saúde está atrás dos demais na aplicação de cinco entre oito requisitos de boas práticas ambientais – redução de emissões com atividades de controle de gestão sênior; implementação de metas de redução de emissões; progresso em direção ao atingimento de metas; divulgação de informações de mudança climática; verificação de emissões; incentivos monetários; e integração de riscos ou oportunidades de mudanças climáticas em estratégias globais de negócios. Apenas nos três primeiros o setor da saúde registrou avanços comparativos.

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) implantou planejamentos estratégicos de sustentabilidade em cerca de 1.500 hospitais a fim de diminuir a emissão de carbono. A meta da instituição, responsável pela emissão de 18 milhões de CO2 por ano, é reduzir a taxa em 10% até 2015.

O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, primeiro hospital federal a se integrar à rede internacional First Care Without Harm, que reúne hospitais preocupados em manter instalações modernas e sustentáveis, aboliu o uso de mercúrio dos instrumentos de medição e reduziu para 11% o resíduo biológico, que chegava a 30% do lixo.

Segundo pesquisa realizada em 2012 pelo Grupo de Trabalho Práticas de Sustentabilidade da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anaph) com 25 membros respondentes, 96% deles afirmam mensurar regularmente a quantidade de resíduos gerados, e 88% têm algum programa de vistoria nas empresas responsáveis pelo tratamento e destinação dos resíduos.

Impossível falar em gestão de impactos socioambientais na saúde sem considerar a Política Nacional de Resíduos Sólidos – que estabeleceu cinco grupos de trabalho temáticos e, entre eles, os medicamentos –, transparência, responsabilidade social, redução de emissões, segurança de funcionários e das comunidades, bem como mensurar impactos e ações para sua minimização ou eliminação.

O  Hospital Sírio-Libanês investiu na construção de um edifício nos padrões de certificação LEED Gold, com central de água gelada que consome 40% menos energia que o sistema anterior e com aquecimento de água por meio da utilização conjunta de sistema solar, bomba de calor, gás natural e energia elétrica automatizados, que proporciona resultados 30% mais eficientes que o sistema convencional. Já o Hospital Albert Einstein pôs em prática ações para reduzir seus impactos ambientais. No início de 2012, adquiriu dois redutores de resíduos orgânicos, capazes de processar cerca de 800 quilos de lixo por dia, e instalou dois equipamentos de autoclave para tratar 3,3 toneladas de resíduos infectantes produzidos diariamente.

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