Especial – O modo sustentável de fazer negócios – Parte 5

Especial – O modo sustentável de fazer negócios – Parte 5

O Boticário – pioneiro na atuação socialmente  responsável
Antes mesmo de a questão ambiental se consolidar como uma variante importante para os negócios, Miguel Krisgner, presidente do O Boticário, criou a primeira fundação corporativa no Brasil  para atuar no patrocínio e disseminação de ações na área de preservação da natureza.
A Fundação O Boticário foi fundada em 1990 com o objetivo inicial de estimular a pesquisa e a discussão de metodologias para a conservação ambiental e qualidade de vida. Com o tempo, somaram-se às suas atribuições outras duas frentes de trabalho: educação e mobilização, com projetos como as “Estações Natureza” –  exposições lúdicas, interativas, mantidas pela Fundação em Curitiba (PR) e em Corumbá, município da região do Pantanal matogrossense, com o intuito de aproximar a natureza e a população de centros urbanos. Outro ação é o Projeto Oásis, que prevê  a preservação de áreas naturais, a partir da criação de reservas e estímulo à conservação em propriedades particulares. Trata-se de um sistema de pagamento por serviços ambientais a proprietários de terras que se comprometerem a conservar integralmente áreas de remanescentes de Mata Atlântica na região dos mananciais na Grande São Paulo.
Braço importante para a promoção do diálogo com a sociedade civil e da sustentabilidade dos negócios da empresa, a Fundação O Boticário presta consultoria, por meio dos conhecimentos adquiridos,  ao desenvolvimento da linha de produtos da empresa.  “Os negócios e a Fundação se identificam em alguns momentos e um contribui com o outro”, destaca Márcia Vaz, gerente de Responsabilidade Social do O Boticário. Ela cita como exemplo a linha Nativa Spa, que apresente diferenciais como sabonetes à base de óleos vegetais e corantes naturais, além de embalagens que não agridem o meio ambiente.
Os valores propagados pela Fundação também influenciam o modo de produção e a condução dos negócios da empresa. Freqüentemente, são realizados programas de avaliação e capacitação de fornecedores com base em parâmetros ambiental, econômico e social. Essa iniciativa conta com o apoio do Instituto Ethos que, depois de avaliar os questionários respondidos pelos fornecedores atribui-lhes uma nota. A Fundação O Boticário também contribui com esse programa ao participar das visitas de verificação dos fornecedores.
Desde 2005, o O Boticário possui um Sistema Integrado para gerenciar as políticas de qualidade, saúde, segurança, meio ambiente e responsabilidade social. “Esse sistema surgiu para criar procedimentos, formalizar algumas práticas e atitudes que já existiam e com isso melhorar nosso desempenho de maneira geral, além de promover a integração entre as áreas envolvidas na condução desses processos”, ressalta Márcia.
Em 2007, a empresa também criou um comitê de sustentabilidade que se reúne mensalmente para avaliar projetos e processos da empresa de modo a identificar os impactos, sejam eles positivos ou negativos, e discutir a melhor forma de gerenciá-los. “Esse grupo é composto por com pessoas de diversas áreas e competências para que possamos discutir como agregar valor aos nossos negócios, ao meio ambiente e a comunidade”, completa Márcia.
A variante ambiental também é determinante na área de pesquisa e desenvolvimento do O Boticário. A empresa fez a opção de substituir princípios ativos extraídos diretamente das florestas por outros já sintetizados em laboratório, minimizando assim eventuais impactos em um ecossistema resultantes da extração de um determinado ativo em escala para produção.
O Boticário também desenvolve programas com os franqueados a fim de minimizar os impactos dos seus produtos pós-consumo, por  meio do projeto Bioconsciência realizado em Curitiba, Campinas, Recife e Belo Horizonte. Segundo Márcia Vaz, o consumidor é estimulado a participar da coleta seletiva e reciclagem ao devolver as embalagens dos produtos nas lojas franqueadas. Esse material é encaminhado para cooperativas de catadores ou instituições sociais que têm na reciclagem uma forma de renda.
Os valores e as boas práticas na área ambiental e social também são multiplicados por meio dos canais de comunicação da empresa. Publicações específicas para os funcionários e franqueados, assim como estações de rádio e TV instaladas nas lojas para os consumidores.

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