Especial – O desafio de educar líderes para uma economia verde – Parte V

Especial – O desafio de educar líderes para uma economia verde – Parte V

Yale/ Center for Business and the Environment at Yale (CBEY)
Por trás de estratégias de organizações como a General Electric; Águas Nestlé e Conselho de Eletrônicos Verdes, que promove o design de produtos conforme critérios de sustentabilidade, estão profissionais formados pela Yale. A universidade, localizada em New Haven, Connecticut (EUA), realiza um programa por meio da qual seus alunos atuam como consultores na elaboração de estratégias para integrar a sustentabilidade ao negócio. Esse é apenas um dos esforços conduzidos pelo Centro para Negócio e Meio Ambiente da Yale. Suas atividades estão dividas em três áreas principais: ajudar a integrar a discussão das questões ambientais nas práticas de negócios, valorizar princípios de administração do negócio para organizações não-governamentais; e acelerar a criação de negócios, produtos e serviços verdes.
Foi graças a essa cooperação com o setor privado que Daniel Esty pôde, por exemplo, reunir as informações que resultaram no livro O verde que vale ouro, já destacado em Idéia Socioambiental. A partir da análise da trajetória de companhias-pioneiras na integração da sustentabilidade ao seu negócio, o autor apontou os erros mais comuns em estratégias desse tipo e medidas para acelerar a transição para um modelo de negócio sustentável.
Tais experiências transformam-se em rico material de apoio para as discussões em sala de aula. O estudo de caso da Suzlon, empresa indiana de turbinas eólicas, por exemplo, integra o currículo do curso de Estado e Sociedade. Já a experiência da General Eletric, com a linha Ecoimagination, serev como base na disciplina de competitividade. O mercado de carbono, por sua vez, está presente no temário do curso Perspectiva Integrada de Liderança.
A capacidade de pensar, identificar e analisar soluções voltadas aos principais dilemas da sustentabilidade faz com que cada vez mais organizações procurem os profissionais formados pela Yale. Não por outra razão, da General Eletric patrocinou um programa da escola denominado Próxima Geração de Líderes Ambientais, cujo objetivo é justamente estimular pesquisas na área de sustentabilidade, meio ambiente, saúde e segurança.
Além da área de responsabilidade social e sustentabilidade corporativa, há linhas de pesquisa mais específicas como Ecologia Industrial, Finanças e Mercados Ambientais; Economia do Meio Ambiente; Política e Legislação Ambiental e Marketing Verde.
Além dos programas focados na sustentabilidade (veja box abaixo), a universidade também criou novos cursos com demandas mais específicas, como Análise de Sistemas de Energia, e Investimento Privado e o Meio Ambiente, entre outros. “À medida que os estudante procuram os programas com interesse específico na integração entre negócios, meio ambiente e sociedade, a universidade tem oferecido mais cursos para atender essa demanda. Muitos deles surgem do interesse pessoal de professores que trabalham linhas de pesquisa específicas”, afirma Bryan Garcia, diretor de programas do Center for Business and the Environment daYale.
York University/ Schulich School of Business
Localizada na cidade canadense de Toronto, a York University começou a integrar as questões socioambientais em seu currículo a partir de 1992. A iniciativa partiu de George R. Gardiner, professor de Ética nos Negócios, e de Erivan K. Haub, chefe do Centro de Negócios e Meio Ambiente (hoje, Negócios e Sustentabilidade) que formularam os primeiros programas educacionais e de pesquisa na área socioambiental.
Ao longo dos anos, essas propostas evoluíram junto com a discussão da sustentabilidade, tendo que ser adaptadas para incluir temas como mudanças climáticas e inclusão da base da pirâmide.
Hoje as principais linhas de pesquisas estão lotadas nas áreas de Cidadania Corporativa, Estratégia Social e Certificação. A Schulich School Business (SSB) conta também com um Centro de Excelência em Responsabilidade nos Negócios, criado para incentivar o ensino e a pesquisa relacionados às questões socioambientais.
Para assegurar que o alinhamento dos esforços dedicados à produção de conhecimento na área de sustentabilidade com as reais necessidades da sociedade, essa unidade possui um Conselho que reúne líderes da comunidade. Por meio desse canal, eles expressam suas preocupações e prioridades, contando ainda com o apoio dos alunos no desenvolvimento de iniciativas de empreendedorismo social.
A SSB não possui um programa específico de sustentabilidade, mas o quarto módulo de seus MBA dá uma ênfase à responsabilidade social corporativa. Além disso, a escola de negócios oferece uma variedade de disciplinas eletivas na área tanto nos programas de mestrado quanto no  PhD.
Anualmente, o Aspen Institute enumera as instituições que melhor integram as questões socioambientais em seus programas de ensino. Confira as selecionadas nas diferentes categorias:

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