Especial – Eficiência energética: quando menos é mais – Parte II

Especial – Eficiência energética: quando menos é mais – Parte II

Edifícios Verdes – economia chega aos elevadores

Outra oportunidade se verifica no setor de construções. Com a disseminação de certificações como o Green Building empresas como a Atlas Schindler passaram a identificar na área de eficiência energética uma oportunidade de negócio.
Com a substituição do sistema de tração tradicional por um mais moderno, as engrenagens e a construção de casa de máquinas não são mais necessárias. O pequeno sistema de tração e o painel de controle são acomodados na parte superior da própria caixa e integrados à porta de pavimento do último piso.  Somada às mudanças no acionamento e no controle das máquinas, essas características dos novos modelos geram uma grande economia. De acordo com Fabio Mezzarano, diretor de Novas Instalações e Modernizações da Atlas Schindler, os elevadores antigos utilizavam até 10 HPs (ou ‘cavalos de força’– unidade usada para medir a força de motores). Hoje, essas máquinas consomem por volta de 4,5 HPs. “É uma redução significativa em termos de consumo de energia, que podem chegar a até 70%  em comparação com as soluções anteriores”, ressalta o diretor.
O sistema, desenvolvido pela matriz suíça da empresa, atende a demanda mundial crescente do Green Building,  uma tendência muito forte na Europa, agora em expansão também no Brasil. “O Green Building já se tornou um pré-requisito na construção, não algo opcional, e sim uma demanda obrigatória. Nos últimos dois anos houve uma mudança importante no País, e a preocupação com a falta de energia cresce a cada dia”, destaca o diretor da Atlas Schindler.
Nos próximos quatro anos, a empresa planeja expandir a tecnologia para outros mercados – atualmente o modelo mais eficiente está disponível para prédios comerciais e residenciais de médio porte.
Co-processamento e reciclagem também são alternativas
Para economizar energia e dar um fim ambientalmente responsável a diversos tipos de resíduos, a Resotec, braço da Holcim, trabalha com o co-processamento.
Por meio dele, os resíduos de outras indústrias são transformados em um material homogêneo, utilizado posteriormente como combustível para os fornos de produção de cimento, que consomem grandes quantidades de energia. “No Brasil e no mundo chegamos à substituição de 15% dos combustíveis tradicionais adotando o co-processamento”, ressalta Edmundo Ramos, gerente da Resotec.
Outra possibilidade que se mostra bastante eficiente para a redução do consumo de energia é a reciclagem. A Novelis, fabricante de laminados de alumínio, investe nesse processo, e transformou em 2007 cerca de 107 mil toneladas de alumínio reciclado em novas chapas do material, a partir da captação de latas do mercado local e daqueles para onde exporta. Para produção de uma tonelada de alumínio são necessárias cinco toneladas de bauxita, processo que pode ser evitado com a reciclagem, gerando uma economia de 95% da energia elétrica para a produção do metal primário.

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