No início da década de 1980, os ativistas do Greenpeace na Alemanha não passavam de um dúzia de voluntários, com pouca verba e pouco poder de ação, mas com uma enorme coragem para defender o meio ambiente e a paz a qualquer preço. Entre eles estava Gerd Leipold que, por cinco anos, foi o coordenador da campanha feita pela entidade para o desarmamento nuclear dos países com arsenais atômicos. Uma de suas ações mais espetaculares foi cruzar em um balão o Muro de Berlim, invadindo o território alemão oriental em plena Guerra Fria, em 1983, para protestar contra os testes de armas nucleares.
Sob a chefia de Leipold, o Greenpeace – fundado em 1971 por um grupo de ambientalistas que saiu num barco de pesca de Vancover, no Canadá, rumo ao Alasca, na tentativa de impedir a realização de testes nucleares no Estado – tornou-se a mais conhecida organização ambientalista no mundo com sede em 40 países, uma renda anual de 25 milhões de euros e a colaboração de aproximadamente três milhões de pessoas. Após uma década de militância, Gerd Leipold deixou o Greenpeace para fundar uma consultoria especializada em assessorar ONGs. Teve clientes de peso, como a Cruz Vermelha Internacional. Retornou à organização em 2001, dessa vez, como seu comandante-chefe. Diretor executivo do Greenpeace desde então, trabalha para expandir ainda mais a entidade e livrá-la da imagem de militância radical. “Não somos um grupo de ecochatos”, costuma afirmar esse doutor em Oceanografia, que nasceu em uma das regiões mais verdes e, também, mais industrializadas, da Alemanha – o land (estado federado) Baden-Württemberg, cuja capital é Stuttgard – e que há mais de duas décadas vem lutando para salvar a Terra.
Em entrevista exclusiva à repórter Carmen Guerreiro, Leipold deu detalhes dessa luta e condenou fortemente o desmatamento da Amazônia, sugerindo a atuação paralela do governo brasileiro com instituições nacionais e internacionais para preservar a região. Também defendeu uma solução urgente para a questão da energia global. “A redução de uso energético e o crescimento econômico não são metas que se excluem mutuamente”, disse. Ao ouvi-lo resumir os objetivos da organização que dirige, tem-se a impressão de que a meta do diretor da maior ONG do mundo não parece ser assim tão complicada: “Queremos que a humanidade viva dentro dos limites naturais de nosso pequeno planeta”.
Idéia Socioambiental – Além das mudanças climáticas, quais são os maiores problemas ambientais no planeta hoje, por ordem de urgência?
Gerd Leipold – Pesquisa definitiva hoje confirma o que o Greenpeace vem alertando nas últimas duas décadas: as mudanças climáticas são reais e esta é a maior ameaça ao nosso planeta. Isso não significa que não existam outros problemas ambientais. O Greenpeace trabalha em muitas frentes globalmente, protegendo oceanos e florestas antigas, eliminando químicos tóxicos e dizendo não à engenharia genética. Mas as mudanças climáticas impactam (hoje e no futuro) todos esses outros problemas, por isso precisamos lidar com a situação como uma questão de maior urgência se quisermos obter sucesso em nossas outras campanhas para proteger o planeta.
IS – Recentemente, na sede da ONU em Nova York, alguns líderes de países em desenvolvimento – como o Brasil, por exemplo – afirmaram estar engajados em planos para lutar contra o aquecimento global. Qual é o papel dessas nações em relação ao debate?
GL – Enquanto países industrializados ainda têm uma emissão per capita muito mais alta e uma contribuição histórica para as mudanças climáticas muito maior, o Greenpeace acredita que todos os países têm a responsabilidade de lutar contra o problema. Algumas nações de rápida industrialização e outros grandes países em desenvolvimento, como a China, a Índia, o Brasil e a Indonésia, têm uma parte importante nas emissões globais e, por isso, precisamos analisar formas de reduzir esse impacto.
O Greenpeace defende mecanismos de mercado para criar incentivos para esses países, com o objetivo de participar do sistema de comércio de emissões de Kyoto, por meio de compromissos setoriais para a redução ou eliminação das emissões de gases de efeito estufa (por exemplo, no setor energético). Além disso, o Greenpeace pede um mecanismo de redução do desmatamento para ser integrado na segunda fase do Protocolo de Kyoto, no qual países industrializados provêem incentivos financeiros para nações tropicais para impedir o desmatamento.
IS – Qual é, mais especificamente, o papel dos BRICs (bloco conceitual de países em desenvolvimento formado hoje por Brasil, Rússia, Índia, China e, para alguns, também África do Sul) em relação à luta contra o aquecimento global? O que eles podem fazer e o que estão fazendo?
GL – Países de renda média, como o Brasil, a Índia e a China, estão entre os maiores emissores de gases de efeito estufa, ainda que suas emissões per capita sejam baixas em comparação às emissões da Europa e Estados Unidos. No entanto, ações para combater as mudanças climáticas foram tomadas nesses países. A China, por exemplo, lançou recentemente seu programa nacional de mudanças climáticas, que compromete a nação a dedicar 16% de suas fontes energéticas para energias renováveis até 2020. Essas nações são ativas nas mudanças climáticas e como membros do Protocolo de Kyoto. O Greenpeace espera que elas assumam um papel positivo nas negociações em Bali, Indonésia, em dezembro (quando será realizada a Convenção sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas), e também que, embora os maiores esforços precisem ser feitos pelos países mais industrializados, as nações de renda média assumam sua responsabilidade.
IS – O que é esperado de países desenvolvidos, especialmente os Estados Unidos, em relação à luta contra o aquecimento global?
GL – Acreditamos que mais países precisam ser incluídos no regime de Kyoto. Nações recentemente industrializadas e com alta renda per capita, como Coréia do Sul, Singapura e Arábia Saudita, deveriam adotar compromissos com metas-limite de emissões. Países com renda média, como China, Brasil, Índia e África do Sul precisam participar do sistema de comércio de emissões de Kyoto (por meio de compromissos de ações quantificados ou setoriais, por exemplo, para o setor energético, como citado anteriormente). Isso deveria se ajustar às diferentes circunstâncias de países com renda média, mas deve envolver ações adicionais. É necessário criar incentivos para fazer a adesão ao sistema de Kyoto ainda mais atraentes.
IS – E no Brasil?
GL – No caso do Brasil, o presidente Lula afirmou durante a última conferência na ONU sobre mudanças climáticas, que está comprometido em reduzir as emissões brasileiras, mas ele tem que tomar atitudes práticas para provar isso. Nós acreditamos que os próximos passos do Brasil para cortar emissões de carbono deveriam estar vinculados a um plano de ação para a maior fonte de poluição geradora de aquecimento global no País – o desmatamento da Amazônia.
O Brasil é atualmente o quarto maior poluidor do mundo, com 75% de suas emissões advindas do desmatamento da floresta Amazônica. Mesmo tendo ratificado o Protocolo de Kyoto, o país ainda não se comprometeu com metas concretas para reduzir suas emissões.
IS – O presidente Lula tem falado sobre os benefícios de biocombustíveis. Qual é a opinião do senhor sobre o Etanol como um possível substituto ao petróleo?
GL – O Greenpeace é inflexível sobre o fato de que uma produção crescente de Etanol no Brasil para seu próprio suprimento e para exportação precisa de investigação mais profunda. O País deve endereçar a necessidade por leis ambientais, de agricultura e de trabalho mais fortes na produção de Etanol, que, sem dúvida, se tornará uma indústria que explodirá. Desmatamento, conversão de ecossistemas intactos ou expansão de áreas de plantio não deveriam ser aceitos para a produção de biocombustíveis.
IS – No Brasil, empresas, organizações da sociedade civil e o governo estão começando a discutir um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia. Como o senhor vê hoje a Amazônia, considerada o pulmão do mundo, como um ponto estratégico?
GL – O debate entre diferentes setores da sociedade brasileira está de fato tomando corpo. Entretanto, altas taxas contínuas de desmatamento estão levando a um acelerado esgotamento da biodiversidade na Amazônia, a qual está recebendo um impacto direto no modo de vida de milhões de pessoas que contam com a floresta para sobreviver. Ao mesmo tempo, esses resultados contribuem para o lançamento de quantias massivas de gases de efeito estufa, os quais estão contribuindo para mudanças climáticas globais. Na verdade, a conversão de florestas (a modificação no uso da terra) e o desmatamento são responsáveis por mais de 75% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa.
A Amazônia tem um papel fundamental na manutenção do balanço do clima global e é responsável pela preservação das chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil e na Bacia do Rio Prata. É, portanto, de valor estratégico socioeconômico. Destruir a Amazônia poderia trazer secas prolongadas em diversas regiões do Brasil e reduzir a produtividade da agricultura nacional, levando a impactos sociais e econômicos profundos.
Não há tempo a perder na prevenção da destruição da Amazônia. Isso é crucial para diminuir a contribuição do Brasil para as mudanças climáticas (como dito antes, o País é, atualmente, o quarto maior poluidor, com a maior quantia de emissões advindas do desmatamento da Floresta Amazônica), parar a perda de biodiversidade e preservar o modo de vida dos povos indígenas e populações tradicionais, melhorando, conseqüentemente, a qualidade de vida na região.
IS – Quando falamos de mudanças climáticas e emissões de carbono, a atenção do mundo volta-se para a Amazônia. Como podemos desenvolver essa região com a ajuda de outros países sem ferir a soberania brasileira?
GL – Primeiramente, é essencial esclarecer isso para assegurar um desenvolvimento sustentável da região Amazônica: o desmatamento tem que parar. Ele não traz desenvolvimento econômico nem melhora a qualidade de vida da população local.
O Greenpeace, junto com outras ONGs, está, na verdade, propondo a redução do desmatamento na Amazônia para zero em um período de sete anos, adotando um sistema de metas de redução. Para atingir esse objetivo, porém, é essencial implementar políticas que visam o reconhecimento do valor econômico da biodiversidade da floresta e também otimizar o uso para agricultura em áreas que já sofreram por conta do desmatamento.
Isso pediria investimento de fontes nacionais e internacionais, o que deveria ser direcionado para fortalecer a governança da floresta, incluindo o monitoramento, controle e inspeção, promoção do licenciamento ambiental de propriedades rurais, e a criação e implementação de áreas protegidas e terras indígenas. O sucesso depende dessa iniciativa nacional em paralelo à ação internacional.
O Greenpeace também está pedindo que o desmatamento seja incluído no regime climático de Kyoto pós-2012, o que será discutido na conferência de Bali, em dezembro. Isso seria um passo crítico na provisão do financiamento e da capacidade necessários para que governos de países com floresta participem seriamente em esforços globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Enquanto isso, mais fundos e assistência técnica deveriam ser oferecidos por outros países, como a Alemanha e o Reino Unido, para ajudar a trazer governança e implementar nas áreas protegidas – por exemplo o PPG7, (o programa dos países desenvolvidos que oferece fundos para o governo brasileiro para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e regiões da Mata Atlântica) ou a Arpa (projeto de áreas protegidas que promete criar e implementar 50 milhões de hectares de áreas protegidas na Amazônia).
Os fundos deveriam apoiar políticas públicas, que incorporam a eliminação do desmatamento em uma estrutura social, ambiental e, na maior parte, econômica, ajudando a trazer governança para a região.
IS – O que o Greenpeace está fazendo hoje em termos de ação contra o desmatamento em todo o planeta?
GL – Ao redor do mundo, a cada dois segundos uma área de floresta equivalente a um campo de futebol é destruída. Isso está levando uma perda de biodiversidade imensa na Terra, assim como a destruição da subsistência de milhares de pessoas dependentes das florestas. Além disso, o desmatamento também é um grande causador das mudanças climáticas. Cerca de um quinto das emissões dos gases de efeito estufa é resultado do desmatamento (isso não inclui emissões de degradação de florestas causadas por atividades como a derrubada de árvores industrial, construção de estradas e outras formas de desenvolvimento infraestrutural).
Como uma organização internacional, somos capazes de realizar campanhas de duas maneiras-chave. Primeiramente, investigamos a cena do crime em lugares como a Indonésia e a Amazônia, onde a destruição de florestas está acontecendo. Depois, ao expor os responsáveis pela destruição, atuamos em países consumidores que estão criando uma demanda por madeira barata e produtos de agricultura.
O Greenpeace trabalha ativamente contra os causadores da destruição das florestas na maioria dos ecossistemas restantes no mundo, incluindo a Amazônia, as “Florestas Paradise” da Ásia do Pacífico (prolongamento da península do Sudeste Asiático, pela Indonésia, Papua Nova-Guiné e Ilhas Solomon); as florestas tropicais do Congo, na África; florestas boreais no Canadá, Finlândia, Rússia; e, também, nas reminiscentes do México, Argentina e China.
É claro que a legislação poderia fazer muito mais para prevenir perdas nas florestas planetárias. Além de acompanhar de perto a melhora, implementação e fortalecimento de leis ambientais em regiões de florestas, o Greenpeace trabalha para banir produtos importados ilegalmente, sem selos de certificação, no Reino Unido e na União Européia. Fazemos ainda a Campanha do Livro, em que trabalhamos com editores para que mudem suas práticas corporativas e passem a usar mais papel reciclado ou certificado pela Forest Stewardship Council (FSC). Um número cada vez maior de livros nas listas de best-sellers está se adaptando a esse modelo.
IS – Com as mudanças climáticas, surgiu novamente o debate sobre como conciliar desenvolvimento econômico com o respeito ao meio ambiente e a quebra de desigualdades sociais. Na visão do senhor, como é possível conectar esses três fatores?
GL – Os efeitos das mudanças climáticas nas comunidades mais pobres são exacerbados pela desigualdade energética massiva no mundo. Conseqüentemente, dois princípios-chave latentes na revolução energética são a eqüidade e a justiça. Os reais benefícios dos serviços energéticos – como eletricidade, aquecimento, energia e transporte, devem ser acessíveis a todos; norte e sul, ricos e pobres. Só nesse sentido podemos criar uma segurança energética real, assim como as condições para uma genuína segurança humana.
Em termos práticos, isso significa energia renovável e sistemas de energia descentralizados, nos quais o aquecimento e a energia são produzidos próximos ao ponto de uso final, evitando o atual desperdício de energia durante a conversão e distribuição. Isso será central para fazer a eletricidade alcançar cerca de dois bilhões de pessoas ao redor do mundo para quem o acesso é presentemente negado. Isso também significa que países desenvolvidos devem cortar suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 80% até 2050 (com base comparativa de 1990) para prover um aumento no desenvolvimento econômico nos países em desenvolvimento.
Ainda, e começando com os países desenvolvidos, o crescimento econômico precisa ser completamente desvinculado dos combustíveis fósseis. Simplesmente não é verdade que crescimento econômico deve ser predicado em sua crescente combustão. Crescimento econômico pode ser garantido se usarmos a energia produzida mais eficientemente e fizermos a transição para energia renovável. Deste modo, torna-se também limpo e sustentável.
IS – O desafio criado pelas mudanças climáticas faz hoje com que as pessoas, as empresas e os governos pensem sobre a necessidade urgente de revisar seus padrões de consumo e produção. O que deve ser mudado?
GL – Nosso objetivo é que a humanidade viva dentro dos limites naturais de nosso pequeno planeta. O mundo é finito, somos em quantidade imensa hoje em dia e muitos de nós consumimos tanto que se faz necessário ser conscientes desses limites. Isso se quisermos criar uma sociedade mais justa e deixar um mundo para as gerações futuras.
Por exemplo: existe um limite de carbono que a atmosfera consegue absorver. A cada ano, emitimos 23 bilhões de toneladas de CO2; estamos, literalmente, enchendo o céu. Recursos geológicos de carvão poderiam prolongar por centenas de anos de combustível, mas não podemos queimá-los e mantê-los dentro de limites seguros. O desenvolvimento a base de petróleo e carvão precisa acabar. Para impedir que o clima da Terra saia do controle, a maioria das reservas de fóssil do mundo – carvão, petróleo e gás – precisa permanecer no solo.
Similarmente, enquanto a indústria nuclear reclama que pode se desfazer de seus dejetos enterrando-os profundamente no chão, isso não isolaria a radioatividade do material do ambiente para sempre. Um depósito profundo só diminui a liberação de radioatividade para o meio ambiente, mas não impede o veneno. O dejeto mais danoso é o combustível altamente radioativo usado nos reatores nucleares, que permanece radioativo por centenas de milhares de anos. Cerca de 12 mil toneladas desse combustível são acumuladas todos os anos.
IS – O aquecimento global causará a extinção de algumas espécies. Quais são as mais ameaçadas e o que o Greenpeace está fazendo para protegê-las?
GL – Em 2007, os impactos do aquecimento global foram dispostos mais claramente do que antes. Em particular, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) chegou à conclusão que de 20% a 30% de todas as espécies de animais e plantas estão sob crescente risco de extinção. O Greenpeace está realizando campanhas contra as mudanças climáticas para limitar esses e outros impactos, entre hoje e 2050.
IS – Sabendo da complexidade do aquecimento global, existe um modelo proposto pelo Greenpeace para resolver o problema?
GL – A tarefa de tentar resolver as mudanças climáticas não poderia ser mais urgente. Para evitar os piores impactos, precisamos manter o aquecimento global o mais distante possível abaixo dos 2oC (limite a partir do qual as mudanças no clima passam a ser consideradas perigosas). Isso só pode ser atingido com profundos cortes nas emissões de gases de efeito estufa, taxas que precisam começar a cair até 2015. Isso significa que temos menos de cem meses para reverter a tendência atual da sempre crescente emissão de gases.
As principais emissões que levam às mudanças climáticas vêm de, aproximadamente, dois terços do uso energético; cerca de um quinto do desmatamento, principalmente da destruição das florestas tropicais; um sétimo da agricultura, essencialmente do uso de fertilizantes a base de nitrogênio e criação crescente de gado. O restante vem dos “F-gases”, que são basicamente usados na refrigeração e outras fontes.
O Greenpeace faz campanha pela redução de todas essas emissões. Em particular, e com respeito aos dois terços de emissões por conta do uso energético, lançamos The Energy [R]evolution (*), um cenário duro, realístico e de eficácia no custo da energia, que demonstra como conseguir aumentar a produção energética necessária no planeta entre hoje e 2050 junto ao corte de 50% nas emissões dos gases de efeito estufa que o mundo precisa.
Isso será atingido, primeiramente, ao se reduzir pela metade o uso energético por meio de medidas eficazes e, em segundo lugar, ao se conseguir a energia que precisamos de fontes renováveis e pelo uso eficiente dos combustíveis fósseis. E tudo isso é possível se diminuirmos ouso da energia nuclear; usando tecnologia existente (não há necessidade de “captura de carbono” e outras tecnologias não comprovadas); e com crescimento econômico e populacional projetado, incluindo nas economias emergentes. A redução de uso energético e o crescimento econômico não são metas que se excluem mutuamente.
(*) The Energy [R]evolution pode ser encontrado em www.energyblueprint.info.
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