A fim de apresentar as vantagens comparativas dos produtos do setor, promover conhecimento e expor tecnologias eficientes que estão a serviço das áreas de saneamento básico e ambiental, foi realizado o 1º Encontro Técnico de Tecnologias para a área de Saneamento Básico e Ambiental, na sede da ABIMAQ, em São Paulo. Entre o público participante estavam consultores, engenheiros, gestores públicos e privados do setor que abrange os segmentos de efluentes, água, lodo e equipamentos.
Ao abrir o evento, Valdir Folgosi, presidente do SINDESAM apresentou as ações que estão sendo tomadas em defesa de novas tecnologias, além da preparação e capacitação dos profissionais da área para que possam atender com qualidade o mercado, que está carente de soluções. Segundo Folgosi, o seminário de dois dias possibilitou a troca de informações e de ideias acerca de assuntos como reúso de água e efluentes.
A escassez da água vai obrigar a população de quase 20 milhões de pessoas que vivem na Grande São Paulo a valorizar a água de uso nobre, ou seja, potabilizada. “Hoje, o Brasil produz 8,4 bilhões de litros de esgoto por dia, e desse total 5,4 bilhões não recebem nenhum tratamento. Somos um país ainda subdesenvolvido na área de saneamento básico na área pública”, explicou Folgosi.
Um dos gargalos que impedem uma agilidade maior no uso de tecnologias é a Lei de Licitações 8.666/93, de acordo com o presidente do SINDESAM. Para ele, é o principal entrave para a utilização das tecnologias e que precisa ser reformulada pelo Governo. “A problemática de buscarmos água cada vez mais longe dos centros de consumo vai requerer tecnologia altamente especializada, equipamentos e sistemas adequados, destinados ao tratamento de água e efluentes, resultante de uma política séria”, salientou o presidente do SINDESAM.
Folgosi citou a Petrobras como uma empresa inovadora e a principal incentivadora de reuso, uma vez que também está implantando e desenvolvendo a ação em suas refinarias. A sustentabilidade, os custos de manutenção e de operação para um consumo de energia racional atrelado a uma cuidadosa exploração dos recursos hídricos estiveram também na pauta dos dois dias do Encontro.
Prestigiaram o evento palestrantes da Universidade de São Paulo, Petrobras e Sabesp que também debateram temas como controle de poluição atmosférica, tratamento e disposição de resíduos sólidos e lodo, desobstrução de tubulações, distribuição, adução e coleta, além de medição e controle.
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