Com uso de energia solar, invenção transforma água do mar em potável

Com uso de energia solar, invenção transforma água do mar em potável

Uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma tecnologia capaz de transformar grandes volumes de água do mar em água potável, segura para o consumo. A invenção, que utiliza energia solar para a dessalinização, é mais eficiente e ágil que os procedimentos atuais.

O filtro desenvolvido pelos pesquisadores pode gerar centenas de litros de água potável por dia, utilizando apenas a energia solar para purificá-la. O novo procedimento de dessalinização é considerado totalmente sustentável, devido ao seu baixo custo, eficiência energética e a capacidade de levar acesso à água a milhões de pessoas em todo o mundo.

“A luz solar é a fonte de energia mais abundante e renovável na Terra. Nosso desenvolvimento de um novo processo de dessalinização baseado em adsorvente através do uso da luz solar para regeneração fornece uma solução de dessalinização com eficiência energética e ambientalmente sustentável”, afirma o professor Huanting Wang, líder do projeto.

Segundo o professor, os procedimentos atuais de dessalinização, que usam tecnologia térmica evaporativa ou outros processos como osmose reversa, possuem desvantagens. Além do alto custo, consomem muita energia e requerem uso de produtos químicos.

“A dessalinização tem sido usada para lidar com a crescente escassez de água em todo o mundo. Devido à disponibilidade de água salobra e do mar, e porque os processos de dessalinização são confiáveis, a água tratada pode ser integrada aos sistemas aquáticos existentes com riscos mínimos à saúde. Mas os processos de dessalinização térmica por evaporação consomem muita energia, e outras tecnologias, como osmose reversa, apresentam uma série de desvantagens, incluindo alto consumo de energia e uso de produtos químicos na limpeza e descloração da membrana”, explica Wang.

Contudo, de acordo com o professor, apesar da eficiência do novo processo de dessalinização, o custo do material sintetizado na fabricação do filtro ainda é alto – o que inviabiliza sua produção no momento: “o material sintetizado em laboratório não é barato. O custo de sua produção deve diminuir muito quando for fabricado em larga escala. E esperamos que o material esteja amplamente disponível e acessível após mais pesquisa e desenvolvimento”.

Leia também: ONU lança o novo Relatório Mundial sobre água

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