Durante a divulgação de um de seus principais relatórios sobre mudanças climáticas no País, o CDP Brasil 100, a ONG internacional CDP anuncia as líderes em Transparência e Desempenho. Conheça abaixo a lista.
Empresas melhor pontuadas em Transparência
Empresa | Setor | Nota de Transparência |
BM&F Bovespa | Financeiro | 79 |
Braskem S/A | Materiais básicos | 99 |
Companhia Energetica Minas Gerais – CEMIG | Concessionárias | 86 |
CPFL Energia SA | Concessionárias | 89 |
EDP – Energias do Brasil S.A. | Concessionárias | 82 |
FIBRIA Celulose S/A | Materiais básicos | 82 |
Itausa Investimentos Itau S.A. | Financeiro | 88 |
Marfrig Alimentos S.A. | Bens de consumo básico | 87 |
Petróleo Brasileiro SA – Petrobras | Energia | 82 |
Vale | Materiais básicos | 98 |
Em 2013, o CDP ampliou as exigências para selecionar as líderes em Desempenho e somente uma empresa brasileira, a Braskem, alcançou a Banda A em desempenho.
Empresa melhor pontuada em Desempenho
Empresa | Setor | Nota de Desempenho |
Braskem S/A | Materiais básicos | A |
Enquanto a nota de Transparência avalia o nível de detalhe e completude da resposta, a de Desempenho expressa o nível de ação tomada em relação às mudanças climáticas evidenciado pela resposta enviada pelas empresas ao CDP.
A partir da pontuação de Transparência e Desempenho, empresas e investidores contam com subsídios para aprimorar sua gestão, integrar a informação sobre mudanças climáticas às suas estratégias.
Em sua sexta edição nacional, o relatório CDP Brasil 100 enviou um questionário a 100 grandes empresas brasileiras, tendo como referência o índice iBrX. Tais companhias foram convidadas a relatar suas emissões e ações frente às mudanças climáticas. Dessas empresas, 56% responderam ao CDP 2012 (56 contra 52 em 2012), representando 86% da capitalização de mercado total do IbrX100; 1% forneceu informações sem preencher totalmente o questionário e 41 empresas (41%) declinaram ao convite. Ainda houve outras 2% que não se posicionaram quanto ao pedido de informação.
Após receber as respostas, para oferecer subsídios tanto para empresas quanto para investidores conduzirem sua estratégia rumo à economia de baixo carbono, o CDP pontuou as respondentes nos quesitos Transparência e Desempenho (medidas mais efetivas para amenizar as mudanças climáticas).
Para conhecer outros resultados do relatório, é possível baixar a versão completa do CDP Brasil 2013 em www.cdpla.net/pt.
Maioria das empresas brasileiras percebe riscos das mudanças climáticas
CDP Brasil 100 mostra que mais de 50% das companhias respondentes identificam pelo menos três tipos de riscos aos negócios provenientes de mudanças climáticas. Porém, em 62% dos riscos reportados, não é possível inferir se as empresas estão cientes de seus custos potenciais.
Em sua sexta edição nacional, o CDP Brasil 100 traz dados e análises sobre a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) e sobre como as mudanças climáticas vêm sendo tratadas nas 51 empresas brasileiras que responderam ao questionário. As informações contidas no relatório levam a concluir que as empresas brasileiras entendem como a maioria dos riscos afeta os seus negócios e agem atualmente para gerenciá-los. No entanto, também se observa que as companhias não estão cientes dos gastos iminentes caso elas não tomem providências e reduzam suas emissões.
Para chegar a estes resultados, o CDP enviou um questionário a 100 grandes empresas brasileiras, tendo como referência o índice iBrX, que foram convidadas a relatar suas emissões e ações frente às mudanças climáticas. Dessas empresas, 56% responderam ao CDP 2012 (56 contra 52 em 2012), representando 86% da capitalização de mercado total do IbrX; 1% forneceu informações sem preencher totalmente o questionário e 41 empresas (41%) declinaram ao convite. Ainda houve outras 2% que não deram qualquer retorno.
Os principais resultados do relatório foram:
-Considerando-se todas as iniciativas de redução de emissões reportadas pelas participantes, foi investido um montante superior a R$ 6 bilhões em 2012 (ano base). No entanto, a quantia média de capital desembolsado representa apenas 0,07% da receita das empresas respondentes;
– 76% das empresas divulgaram um aumento em suas emissões nos escopos 1 e 2 em 2012 com relação ao ano anterior. Dentre as respondentes, 49% do total de emissões correspondem a empresas do setor de energia, embora apenas três das 51 respondentes sejam desta área;
– Dentre os projetos reportados, as medidas de energia de baixo carbono são as de melhor custo-benefício, já que cada R$1.000 desembolsado na implementação de tais iniciativas resulta, em média, na redução de mais de 535 toneladas métricas de CO2;
– Para 46% das iniciativas de redução de emissões reportadas, menos de um ano seria necessário para que as economias resultantes superassem o montante desembolsado ao longo de sua implementação;
– Mais de 50% das empresas percebem pelo menos três tipos de riscos aos negócios provenientes de mudanças climáticas: por mudanças de regulamentações, por meio de parâmetros climáticos físicos ou outros riscos relacionados ao clima. Secas e precipitações foram os fatores mais reportados como riscos;
– 69% das empresas percebem oportunidades relacionadas à regulamentação e 55% delas enxergam oportunidades relacionadas ao clima;
– Nas respostas de 75% das oportunidades reportadas, não é possível inferir se as empresas estão cientes dos ganhos financeiros potenciais. As empresas compreendem melhor as potenciais implicações financeiras das oportunidades relacionadas à regulamentação;
– 55% das respondentes possuem metas de redução de emissões, contra 40% em 2012;
– Das 51 participantes, apenas 29% não auditam suas emissões nos escopos 1 e 2. 57% verificam os dados de suas emissões em ambos;
– No geral, existe um alto grau de comprometimento das com a mitigação das questões climáticas. A maior parte das empresas analisadas cumpre um conjunto de quatro critérios em relação à estrutura de governança e integração das questões das mudanças climáticas à estratégia do negócio.
“Cada vez mais, os investidores e a sociedade de maneira geral cobram das empresas uma posição proativa no que diz respeito a mudanças climáticas. Se por um lado tal fato explica o aumento de 15% nas respondentes com metas de redução de emissões, por outro vemos que há muita oportunidade na redução de emissões que ainda não são enxergados com clareza pelas companhias”, analisa Juliana Lopes, diretora do CDP América Latina.
Melhores respostas
Para oferecer subsídios tanto para empresas quanto para investidores conduzirem sua estratégia rumo à economia de baixo carbono, o CDP pontuou as respondentes nos quesitos Disclosure (transparência nas respostas) e Performance (medidas mais efetivas para amenizar as mudanças climáticas).
Lista de Liderança em Transparência
Empresa | Setor | Nota de transparência |
Braskem S/A | Materiais Básicos | 99 |
Vale | Materiais Básicos | 98 |
CPFL Energia S.A. | Utilities | 89 |
Itausa Investimentos Itau S.A. | Financeira | 88 |
Marfrig Alimentos S.A. | Bens de Consumo Básicos | 87 |
Companhia Energética Minas Gerais – CEMIG | Utilities | 86 |
FIBRIA Celulose S.A. | Materiais | 82 |
EDP – Energias do Brasil S.A. | Utilities | 82 |
Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras | Energia | 82 |
BM&F Bovespa | Financeira | 79 |
O relatório completo do CDP Brasil 2013 estará disponível no site: www.cdpla.net/pt.
Sobre o CDP
O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que provê um sistema global único para que as empresas e cidades meçam, divulguem, gerenciem e compartilhem informações vitais sobre o meio ambiente. O CDP trabalha com as forças do mercado, incluindo 722 investidores institucionais com ativos na ordem de US$ 87 trilhões para motivar as companhias a divulgarem seus impactos no meio-ambiente e aos recursos naturais, assim como suas ações para reduzi-los. Atualmente, o CDP possui o maior volume de informações sobre mudanças climáticas e água do planeta e procura colocar estes insights na pauta das decisões estratégicas, dos investidores e das decisões políticas. Para mais informações, visite http://www.cdproject.net.
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