Bom para os negócios e para a sociedade

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Com o tema Integração de Critérios ESG nas Análises de Investimento, o workshop promovido em parceria pelo CDP e o PRI mostrou como os fundos de pensão brasileiros podem mitigar riscos e maximizar resultados a partir de uma abordagem integrada entre aspectos econômicos, ambientais e sociais.

Realizada na sede do Infraprev, no Rio de Janeiro, essa capacitação resulta de um esforço conjunto entre CDP e PRI no Brasil para apoiar os investidores a internalizarem a sustentabilidade no dia a dia de suas organizações.

“O programa deste workshop foi elaborado para atender à demanda de nossos investidores por conhecimento e exemplos práticos sobre como integrar questões ambientais e sociais nos seus processos decisórios e de gestão de riscos, visando a resiliência das suas carteiras de investimento”, afirma Fernando Figueiredo, diretor do CDP no Brasil.

O CDP fornece insigths para a estratégia e ferramentas de benchmark, embasadas em informações compiladas em nome de investidores globais junto às maiores empresas do mundo. O banco de dados do CDP reúne hoje informações de mais de 5.000 empresas sobre seus impactos ao meio ambiente e estratégias para mitigá-los.

Seu programa de mudanças climáticas conta hoje com o respaldo de 722 investidores, sendo 65 brasileiros, entre fundos de pensão, bancos, gestoras de ativos e seguradoras, representando uma das principais vertentes de engajamento do mercado financeiro em temas ambientais.

O PRI, por sua vez, tem como foco o engajamento de investidores na integração de critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) nas análises de investimento.

Segundo Carlos Frederico Aires Duque, presidente do Infraprev, anfitrião do workshop e signatário tanto do CDP quanto do PRI, a adesão às duas iniciativas entre 2007 e 2008 permitiu que a organização desencadeasse um processo de integração da sustentabilidade à sua estratégia que foi determinante para definir o novo modelo de negócio do fundo.

“Os investimentos responsáveis tem um retorno de médio e longo prazo, mas vem como uma alternativa para diversificar carteiras. No caso do Infraprev, decidimos que era importante gerar rentabilidade aos nossos participantes com base em novas variáveis e essa mudança hoje embasa o nosso posicionamento estratégico”, destaca Duque.

Ponte entre o mundo financeiro e de sustentabilidade

O workshop contou com a participação de profissionais da área de investimentos e sustentabilidade. Em sua exposição, Celso Lemme, professor da UERJ/COPPE e autor do estudo “O papel dos fundos de pensão na promoção de uma economia sustentável no Brasil”, falou da importância de estabelecer um vínculo entre a sustentabilidade e o desempenho econômico-financeiro dos negócios.

“O mundo de finanças e sustentabilidade e de finanças está completamente desconectado. O Brasil é líder em adesão a iniciativas de sustentabilidade, mas as motivações empresariais e econômico-financeiras para investimento em tais ações ou a conexão com os negócios não estão claras”, destaca o especialista.

Lemme, que trabalhou muitos anos como executivo no mercado financeiro e hoje coordena o núcleo de Finanças da COPPE, reforça que existe um custo em incorporar externalidades nas análises de investimento, mas a capacidade de geração de valor no futuro é muito maior.

“A lógica de quem não está fazendo essa conta é a mesma de um proprietário de fazenda de escravos no século 19, ou seja, ele ignorou os sinais do mercado e continuou investindo em um negócio que estava prestes a se inviabilizar”, explica Lemme.

Ainda segundo ele, os investidores que não incorporam externalidades nas suas modelagens pela falta de métricas mais avançadas de precificação podem comprometer suas estratégias. “Aqueles que estão buscando a perfeição podem acabar na inércia. É possível desencadear tais processos de valorização de questões socioambientais a partir das métricas existentes para depois dar a abrangência a elas”, afirma.

Os participantes do workshop também puderam de conhecer casos práticos de como outros investidores estão incorporando questões ESG às suas análises e novas oportunidades de investimentos com a apresentação do case da Performa Investimentos, que administra um fundo voltado a novas tecnologias sustentáveis nas áreas de energia e eficiência energética, gestão de resíduos, saneamento e química verde.

Sobre o CDP

O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos que provê um sistema global único para que as empresas e cidades meçam, divulguem, gerenciem e compartilhem informações vitais sobre o meio ambiente. O CDP trabalha com as forças do mercado, incluindo 722 investidores institucionais com ativos na ordem de US$ 87 trilhões para motivar as companhias a divulgarem seus impactos no meio-ambiente e aos recursos naturais, assim como suas ações para reduzi-los.

Atualmente, o CDP possui o maior volume de informações sobre mudanças climáticas e água do planeta e procura colocar estes insights na pauta das decisões estratégicas, dos investidores e das decisões políticas. Para mais informações, visite http://www.cdproject.net.

Mais informações:

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