Abertura da RWM Brasil discute desafios e oportunidades do setor de resíduos sólidos

Abertura da RWM Brasil discute desafios e oportunidades do setor de resíduos sólidos

A busca de soluções para uma gestão integrada e sustentável de resíduos sólidos no País, em conformidade com as disposições da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), tem sido um dos principais desafios da administração pública no país e deu a tônica da Sessão de Abertura da RWM Brasil 2013, maior feira do setor de gestão integrada de resíduos sólidos que teve início ontem (1/10), em São Paulo, e que contou com a participação de cerca de 400 pessoas, entre autoridades, empresariado, congressistas e visitantes.

De acordo com Jesus Gomes, diretor da i2i Eventos, responsável pela realização da RWM, o evento reúne 70 empresas, de 16 países, e representa um marco para a indústria e para a nação. Durante o evento também acontece o Conferência Internacional de Gestão de  Resíduos Sólidos da ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, seminário que exibirá as melhores práticas mundiais na gestão de resíduos sólidos.

Carlos Silva Filho, diretor executivo da ABRELPE, destacou que Brasil tem proporções continentais e gerou, apenas em 2012, cerca de 63 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. “O desafio é grande, mas as oportunidades são igualmente proporcionais. É preciso fomentar ações estruturantes neste momento crucial do setor e trilhar caminhos sustentáveis para o cumprimento da PNRS”, destacou Silva Filho.

Secretário Municipal de Serviços de São Paulo, Simão Pedro Chiovetti ressaltou que a cidade estabeleceu uma meta de em quatro anos reciclar 10% dos resíduos que produz. “Hoje São Paulo gera 18 mil toneladas por dia e recicla apenas 1,6 deste montante. Nosso desafio é avançar em soluções e transformar o lixo em um ativo que gere empregos e novas oportunidades empresariais”, disse ele.

O deputado federal Arnaldo Jardim observou que, apesar da pressão imposta por diversos municípios para tentar postergar o prazo estipulado pela Lei 12.305/2010 para que as cidades deem destinação adequada aos seus resíduos sólidos urbanos, o governo tem sido bastante categórico e diz que não haverá qualquer aumento neste prazo, que termina em agosto de 2014.

Já o presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado José Sarney Filho, disse que o momento é crucial para a consolidação da legislação ambiental brasileira. “É preciso acelerar os acordos setoriais e estabelecer mecanismos que assegurem a logística reversa”, disse o deputado.

Bruno Covas, secretário do Meio Ambiente de São Paulo, destacou que os municípios do Estado vêm trabalhando intensivamente na universalização dos serviços de limpeza pública e devem cumprir a meta estabelecida pela PNRS. “Capacitamos mais de 500 municípios para que estes pudessem elaborar seus planos de gestão de resíduos”, disse o secretário ao ressaltar que o Estado possuía mais de 300 lixões em 1997 e hoje tem menos de 30.

De acordo com o subsecretário de Estado para o Meio Ambiente do Reino Unido, Richard Benyon, é preciso construir novas alianças e fomentar o empreendedorismo no setor. “Esse tem sido o caminho trilhado há anos pelo Reino Unido, que hoje é um caso de sucesso já que recicla mais da metade dos resíduos que produz. Tudo está embasado em um forte trabalho de conscientização da população, que já incorporou a importância de gerar o mínimo possível de lixo.”

A RWM Brasil termina dia 2/10 e tem expectativa de movimentar um volume de negócios de mais de R$ 1 bilhão.


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