A hora da verdade ambiental

19 de janeiro de 2010

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Iniciativas voluntárias têm mobilizado grandes companhias a internalizar o custo do carbono em seus processos e produtos. No entanto, de acordo com o último relatório do Carbon Disclosure Project, apenas metade das empresas listadas no FTSE comunicaram suas emissões. Com esse argumento, o Aldersgate Group pressiona o governo britânico a tornar o reporte de emissões mandatório em carta aberta encaminhada ao secretário de negócios Peter Mandelson.
O documento reforça que essa medida contribuiria com a transparência, auxiliando empresas, investidores e consumidores a identificar riscos e oportunidades associadas às mudanças climáticas.  A iniciativa, encabeçada pela Aldersgate Group, conta com o apoio de cerca de 50 membros do parlamento inglês, além de empresas e organizações como Aviva, National Grid, United Utilities, Friends of the Earth e WWF.
Em entrevista a Sam Bond, do Edie – Environmental Data Interactive Exchange, Steve Waygood, chefe de pesquisa e engajamento de sustentabilidade da Aviva Investors, declarou que alteração climática representa um fracasso do mercado. “Há uma necessidade clara de medidas políticas mais rígidas no âmbito internacional e local. Se a COP 15 fracassou em atender essa demanda, o Reino Unido está bem posicionado para tornar obrigatório o reporte das emissões de carbono”, ressaltou.
Esse seria um primeiro passo para revelar a “verdade ambiental”, como argumenta Lester Brown no Plano 4.0: mobilização para salvar a civilização. Segundo ele, o mercado faz várias coisas bem, mas uma das coisas que não faz é incorporar impactos indiretos da queima de combustíveis fósseis. O autor sugere ainda a reestruturação dos tributos, reduzindo o imposto sobre a renda e aumentando a taxação de atividades ambientalmente destrutivas. “Ao fazermos isso, a economia energética começará – muito rapidamente – a se reestruturar e responder aos sinais de preço do mercado. Essa é a medida mais importante que podemos tomar para nos mover em direção a uma economia de baixa emissão de carbono”, ressalta.
Agora que negócios e governos reconhecem a posição dos cientistas, pelo menos no que diz respeito ao reconhecimento da urgência de frear o aquecimento global, é preciso avançar nas ações para colocar em curso a economia de baixo carbono. O desafio está colocado, quem tiver a coragem de sair na frente demarcará posições no novo mercado, em que produzir mais com menos é a regra geral.

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