O cenário favorável do setor de papel e celulose segue aquecido – impulsionado, principalmente, pelo mercado chinês, que comprou 2,8 milhões de toneladas de celulose em 2009. Por isso, empresas como Suzano Papel e Celulose, nas suas unidades em Mucuri (BA), Suzano (SP) e Embu (SP), Conpacel, em Americana (SP) e International Paper, em Mogi Guaçu (SP) estão investindo na capacitação de mão-de-obra por meio do Formare, projeto social de educação profissional para jovens de baixa renda, idealizado e coordenado pela Fundação Iochpe.
As perspectivas do setor permanecem otimistas, conforme aponta levantamento recente da Bracelpa – Associação Brasileira de Celulose e Papel. De janeiro a abril de 2010, os dados mostram crescimento de 40% na receita de exportações do setor, fortemente impulsionadas pelas compras de celulose da China, que respondem por 26% desse total. Ainda de acordo com a Associação, é um setor que gera mais de 110 mil postos de trabalho diretos. Dentre eles, 67 mil em indústrias e 47 mil para áreas florestais das empresas.
Por meio do Formare, as empresas têm a oportunidade de preparar adolescentes para o mercado de trabalho e, caso seja de seu interesse, contratar os próprios alunos que participaram do projeto. “Atualmente, cerca de 80% dos oito mil jovens que fizeram parte do Formare estão empregados, sendo que muitos deles nas próprias empresas em que estudaram”, diz Beth Callia, coordenadora geral do Projeto Formare. A previsão é de que nos próximos cinco anos, Suzano Papel e Celulose, International Paper e Conpacel formem aproximadamente 500 jovens entre 16 e 18 anos.
Para Carlos Alberto Griner, diretor executivo de Recursos Humanos da Suzano Papel e Celulose, um dos diferencias o projeto é a possibilidade de exercer o voluntariado. “A participação dos colaboradores como educadores voluntários influencia diretamente no clima organizacional. Ao atuarem no Projeto Formare todos estão envolvidos em prol de uma única causa: ajudar na formação dos jovens. Temos diversos educadores em nossas plantas”, afirma Griner.
Segundo o gerente geral de Relações Institucionais da International Paper e diretor do Instituto IP, Luís Fernando Madella, a Escola Formare oferece um círculo virtuoso e alinhado com a proposta do Instituto International Paper que é o de transformar a vida das pessoas. “O crescimento desses jovens e suas famílias reflete positivamente em nossos profissionais que se engajaram no projeto e atuam como professores voluntários”, afirma Madella.
Outro ponto forte do projeto, que o torna tão sinérgico entre as empresas parceiras e a Fundação Iochpe, é o material pedagógico. Desenvolvido especificamente para atender a demanda do mercado de papel e celulose, ele traz conceitos e procedimentos afinados com as exigências e expectativas do setor. Os cursos oferecidos têm duração de um ano, com carga horária mínima de 800 horas/aula. Ao término, os alunos recebem um certificado da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), instituição federal de ensino vinculada ao MEC – Ministério da Educação, que mantém convênio com a Fundação Iochpe desde 1995.
Sobre o Formare – criado em 1988 dentro das empresas Iochpe-Maxion S.A. em Canoas (RS) e São Bernardo do Campo (SP) como uma oportunidade de formação profissional a jovens de baixa renda na própria empresa. Hoje é um modelo vitorioso de educação profissional dentro de empresas; transformou-se na primeira franquia social do Brasil e multiplicou-se para diversos ambientes empresariais.
O objetivo do programa é desenvolver as potencialidades de jovens de famílias de baixa renda, moradores das redondezas das empresas, a fim de integrá-los à sociedade como profissionais e cidadãos. Contudo, o projeto não se limita ao curso. Quando formados, os ex-alunos recebem apoio na obtenção do primeiro emprego. Aproximadamente 8 mil jovens já foram capacitados pelo Formare e cerca de 80% estão empregados. Outro fator de destaque é a capacitação e motivação que envolve os colaboradores da empresa quando aderem ao Projeto como educadores voluntários.
Segundo informações da rede de empresas parceiras, foi possível comprovar que o desempenho do voluntário dentro das suas atividades e, principalmente, em seu convívio com outros colaboradores também melhora significativamente. A Rede Formare (empresas que possuem Escolas Formare) é composta por Escolas de Educação Profissional que oferecem instalações, benefícios e tempo de seus funcionários para atuarem como educadores voluntários dos jovens.
Os cursos, com duração de no mínimo 800 horas/aula, são elaborados pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e monitorados pela equipe pedagógica do Formare, de acordo com as características de cada empresa e a realidade do mercado de trabalho local. A orientação pedagógica baseia-se nas diretrizes do Ministério da Educação, que prevê o desenvolvimento de competências e habilidades obtidas por meio da associação de teoria e prática. Os cursos são certificados pela UTFPR, instituição federal de ensino vinculada ao MEC, que mantém convênio com a Fundação Iochpe desde 1995. Mais informações no endereço: www.formare.org.br
Mais informações:
Paolo Toni / Tammy Lauterbach
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