Telhados, chuvas e passarelas

11 de maio de 2010

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Vidro ecologicamente mais correto
Maior fabricante mundial de embalagens de vidro, a Owens-Illinois acaba de lançar no Brasil a Leve+Verde, linha de embalagens de vidro até 25% mais leves – segundo a empresa, com a mesma qualidade e resistência – se comparadas a outras embalagens de mesmo formato. Isso significa economia de matéria-prima e de energia no processo de produção.
As embalagens já estão sendo fabricadas em São Paulo e no Rio de Janeiro e resultam de um investimento de R$ 72 milhões em equipamentos, tecnologia aplicada e testes.
Na Austrália, a linha Leve+Verde foi lançada há um ano, exclusivamente para garrafas de vinho, com os seguintes resultados ambientais:
• Redução de 20% no consumo de energia para produzir o mesmo número de garrafas;
• Poupança de CO2 de mais de 11.130 toneladas – o equivalente à retirada de 4.120 carros (4 cilindros) de circulação;
• Queda média de 12% no uso da água por recipiente;
• Redução geral de 4.720 litros de água – o equivalente a 6,3 piscinas olímpicas ao ano.
No Brasil, as embalagens já produzidas permitiram apurar uma economia de energia suficiente para abastecer 1.602 residências pelo período de um ano.
Moral da história: em se tratando de poupar o planeta, quem ainda insiste em telhado de vidro que o tenha, pelo menos, de um vidro ambientalmente mais amigável!
Telhado de vidro
Embora esteja entre as cinco empresas mais reclamadas no Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) de São Paulo, em 2009, a TIM tornou-se a primeira operadora de telefonia a se associar ao Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) – entidade que reúne os maiores e mais expressivos grupos empresariais do Brasil.
Segundo a empresa, a parceria está em linha com as diretrizes e princípios da TIM Brasil para possibilitar a melhoria constante da gestão da sustentabilidade em seus negócios. E objetiva reforçar o comprometimento da companhia que, em 2009, foi incluída no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa pelo segundo ano consecutivo.
A sociedade torce para que dê resultado, porque, por enquanto, muitas empresas de telefonia não conseguem dar solução para problemas que elas mesmas causam a um de seus stakeholders mais importantes: o cliente, que ainda tem de recorrer aos órgãos de defesa do consumidor para fazer valer  os seus direitos.
Chove chuva
Desde 2001, a pequena ModClima, sediada em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, dedica-se a uma atividade sui generis: semear nuvens e fazer chover. A tecnologia – brasileira e totalmente natural – foi desenvolvida pelo engenheiro Takeshi Imai, que um belo dia decidiu pagar pelo pecado de ter trabalhado durante anos com motosserras e pulverizadores.
A técnica consiste em usar apenas um pequeno avião e água potável para semear as nuvens, estimulando seu crescimento e consequente precipitação, num processo similar ao que faz a natureza. E tem sido contratada pela Sabesp (a companhia de abastecimento de água e saneamento de São Paulo), desde 2003, para produzir chuvas sobre o sistema Cantareira, responsável por 55% do abastecimento de água da Região Metropolitana de São Paulo.
Agora, a ModClima quer levar a tecnologia ao semi-árido brasileiro, região que ocupa quase 1 milhão de km2, em 8 Estados do Nordeste (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia) , além de parte de Minas Gerais e Espírito Santo. São 1.133 municípios, onde vivem 22 milhões de habitantes, que historicamente sofrem as consequências das secas e estiagens – situação cuja tendência é só piorar com a intensificação das mudanças climáticas.
Ou seja: para resolver a seca do Nordeste, tecnologia existe. Só falta a vontade política.
Sustentabilidade fashion
O quesito sustentabilidade tem sido cada vez mais valorizado nas famosas passarelas de Milão. Por isso, a empresa dinamarquesa Novozymes apresentou, na Itália, uma nova técnica de produção têxtil. Economia de 70 mil litros de água e redução de uma tonelada de gás carbônico na atmosfera a cada tonelada de malha confeccionada são as vantagens prometidas pela tecnologia nórdica. Com isso, segundo a empresa, as economias obtidas por meio do processo podem chegar a 630 bilhões de litros de água e 9 milhões de toneladas de CO2 por ano. E o que é melhor: sem custo de implantação.
No Brasil, a Novozymes Latin America tem como principal negócio a fabricação de enzimas especiais para a indústria de detergentes. O jeito é torcer para que as novas tecnologias do Reino da Dinamarca cheguem, em breve, às terras tupiniquins.

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