Turismo sustentável

20 de outubro de 2009

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Em pleno 2009, ano de Copa das Confederações, e às vésperas da Copa do Mundo a palavra de ordem para a África do Sul é a sustentabilidade. As experiências para catalisar o potencial turístico a partir das paisagens naturais africanas, gerando renda para o país, sem perder de vista a preservação da fauna e flora local, foram compartilhadas no II Seminário sobre Turismo Sustentável, realizado pelo Banco Real em São Paulo.
De acordo com Julio Bin, superintendente de Desenvolvimento de Negócios Sustentáveis do Grupo Santander Brasil, trazer estes exemplos é uma maneira de estimular o desenvolvimento sustentável de destinos turísticos brasileiros. “Essa iniciativa propõe a integração e convergência das ações de organismos públicos, privados, multilaterais e do terceiro setor, para assim promover a troca de experiências, reunir conhecimentos, desenvolver e aprimorar metodologias que contribuam para a evolução desse setor”, afirma.
O País se prepara para receber os cerca de 450 mil visitantes dos quatro cantos do mundo estimados para o maior evento futebolístico existente, a África do Sul amplia seu potencial turístico, investe pesado em infra-estrutura, sem esquecer a fauna e flora local. Mais ainda, faz das paisagens naturais africanas catalisador do potencial turístico, e gerador de renda para o país, que já tem destino certo para o retorno desta receita: sustentabilidade.
Construções ambientalmente eficientes
A África do Sul já é referência em todo o mundo pelo modelo de gestão de 21 parques nacionais, que contabilizam 37 milhões de hectares, 6 biomas, todos parte do complexo denominado SANPark Parques Nacionais da África do Sul. A gestão se baseia em um plano de negócios bem arquitetado e implementado por meio de parcerias público-privadas no país e no mundo que investem nesta causa.
É possível associar-se ao parque e visita-lo durante todo o ano pelo valor de uma taxa de conservação mínima, cobrada e creditada no cartão de visitante. Os parques possuem comércio local, como restaurantes, lojas de conveniência e pequenos shoppings. Toda a renda destas atividades visa uma só finalidade: conservação.
De acordo com Karen Waterston, diretora da Eco Imagination Tourism Enterprises, em nome da SANPark, a arquitetura dos negócios é toda baseada em uma pirâmide que culmina na conservação, tendo como seus pilares o suporte público e o poder turístico dos locais. “Não é só turismo como lucro o que praticamos, mas turismo como conservação”, aponta Waterston, já que a renda do turismo é investida na revitalização dos parques e comunidades locais.
Como parte do planejamento turístico, a SANPark adotou o modelo sustentável para todas as suas edificações, como construções coerentes à terra, para não impactar o meio ambiente local; o uso de materiais primas da região, como palha, madeira reciclada, e o mínimo possível de cimento; teste de métodos menos ofensivos ao meio-ambiente; policiamento do uso da água e cuidado com desperdício.
Copas na manga
A África do Sul pretende trazer cerca de 450 mil turistas para vibrar com os jogos da Copa do Mundo, que acontecerá em 2010. Para melhor receber os jogadores e visitantes, foram investidos cerca de 30 bilhões de euros em infra-estrutura, com prioridade para transporte, reformas na rede ferroviária que liga todos os estados do país, além do acesso a ônibus e transporte aéreo. A segurança também teve prioridade, com o investimento de 1,3 bilhões de euros em policiamento.
Segundo o Cônsul Político do Consulado da África do Sul, Olitha Lebelo, esta não é apenas uma oportunidade para investir em turismo, mas em um turismo sustentável, já que sua principal área de atração são os Parques Nacionais, que conservam muito de seu estado natural e atraem milhões de pessoas anualmente.  “Queremos um turismo sustentável, não só de investidores”, conta.
As reformas e construções já em andamento para as Copas, o país espera não só atrair mais turistas, como gerar empregos para as populações locais, além de utilizar conceitos de eco-turismo para agregar valor a suas rotas, consolidando o turismo local como setor econômico do país.
A indústria cinematográfica sul-africana também aparece como grande fomentador do turismo no país, já que ajuda a propagar a cultura local e a divulgar o país.
Segundo Karen Waterston, para 2010 está sendo planejado um plano de recepção aos parques da SANPark para o contingente no país em função da Copa, mas o maior desafio é colocar em prática um plano de conservação pós-evento. “Todo trânsito humano nas áreas podem causar perdas ambientais”, relata. O complexo pretende continuar com planos no longo prazo para fomentar o turismo local.

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