A Zero Mass Water, uma startup de tecnologia com sede em Arizona, nos Estados Unidos, quer extrair a umidade do ar no Deserto da Arábia, com energia solar, para produzir água engarrafada em uma fábrica próxima a Dubai.
Segundo estimativas da ONU, mais de 2 bilhões de pessoas no mundo vivem sem fontes seguras de água, e isso, além de causar problemas de saúde pública, aumenta a pobreza e a fome, devido falta de recurso tão importante para agricultura e desenvolvimento econômico. Esse é o tema do ODS6 – água potável e saneamento.
Na região, há muitas instalações de dessalinização de água, mas que além de muito caras, são abastecidas por combustíveis fósseis. A proposta da Zero Mass Water pretende oferecer um modelo mais sustentável para países de clima seco e árido produzirem água, além de estimular avanços agrícolas para garantir segurança alimentar nesses países.
A empresa desenvolveu um painel solar que capta vapor presente no ar. Esse vapor é então esterilizado, transformado em líquido e armazenado em reservatórios conectados às residências.
No vídeo abaixo, é possível compreender melhor os painéis da Zero Mass Water:
A iniciativa recebeu apoio de investidores como Bill Gates, da Microsoft, e Jeff Bezos, da Amazon, por meio de um fundo de investimento de U$ 1 bilhão. E, mais recentemente, em junho de 2020, a BlackRock, maior administradora de fundos do mundo, investiu U$ 50 milhões na Zero Mass Water.
Leia também: BlackRock estimula a criação de valor a longo prazo entre seus stakeholders
O investimento da BlackRock acontece em meio à pandemia de covid-19 e meses após a publicação da carta de Larry Fink, CEO da companhia, se comprometendo em tornar a sustentabilidade parte integrante do portfólio da empresa.
“Estamos entusiasmados em investir na Zero Mass Water e em sua equipe. A tecnologia dos painéis da empresa fornece uma solução inovadora para a geração de água potável nos mais diversos tipos de clima”, afirma William Abecassis, chefe de Inovação de Capital da BlackRock, em um comunicado.
Saiba mais: Sustentabilidade é palavra de ordem na nova carta de Larry Fink, CEO da BlackRock
