Poli e FDTE apresentam o Laboratório de Inovação e Empreendedorismo

19 de abril de 2013

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A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e a FDTE – Fundação para o Desenvolvimento da Engenharia -, fundação de apoio da Poli, apresentaram, em 10 de abril último, no campus da Cidade Universitária, o projeto do Laboratório de Inovação e Empreendedorismo.

O novo prédio será um espaço para que os alunos possam desenvolver seus projetos de inovação e é concebido como um ambiente aberto, para estimular a criatividade. O prédio terá aproximadamente 9 mil metros quadrados e será instalado em parte da área do estacionamento atual da Poli, entre os prédios da Administração e da Engenharia Civil.

O orçamento apenas da construção do edifício deve ultrapassar a casa dos R$ 20 milhões. A Poli buscará recursos extras junto a empresas e doadores para equipar o laboratório.

O projeto arquitetônico é de Ruy Ohtake, cujo escritório atualmente trabalha na elaboração do projeto executivo de arquitetura e na coordenação dos demais projetos executivos complementares, que devem ser apresentados em agosto. A iniciativa conta com o apoio da FDTE para a contratação dos projetos do novo prédio.

Participaram da seleção oito consagrados escritórios de arquitetura, convidados pela FDTE. O atual reitor é João Grandino Rodas é um entusiasta deste projeto. O prédio terá capacidade para 750 alunos, e se destina ao desenvolvimento simultâneo de até 30 projetos importantes, como, por exemplo, o desenvolvimento de veículos para competições como o desafio Baja, promovido pela SAE Brasil, do qual os alunos da Poli participam todo ano.

A ideia de criar um espaço para que os alunos possam pensar e desenvolver projetos de inovação é do diretor da Poli, professor José Roberto Cardoso. “O Laboratório vai abrigar iniciativas espontâneas dos nossos alunos, como as equipes de competição relacionadas ao desenvolvimento de carros de corrida, aviões, a Poli Júnior, a Poli Cidadã, entre outras. Hoje, os alunos envolvidos em projetos como esses trabalham em espaços reduzidos, e sem muita infraestrutura”, explica.

“Queremos estimular a criação para que a inovação aflore. Os alunos não terão limite para o pensamento, poderão desenvolver os projetos que eles quiserem, orientados pelos professores”, comenta Cardoso.

Segundo o professor Marcelo Augusto Leal Alves, do Departamento de Engenharia Mecânica da Poli, que também participou do projeto do Laboratório, o ambiente terá o mínimo de divisões internas necessário, pois a ideia é ter um espaço que permita a integração, a interação e troca de ideias.

“O prédio ficará no centro da Poli e é um espaço para os alunos desenvolverem suas ideias, colaborar entre si, e para que os alunos e docentes se encontrem e possam fazer projetos multidisciplinares. Queremos manter os alunos na Escola, para que desenvolvam suas ideias aqui e não fora da Poli”, acrescenta Alves.

O Laboratório abrigará oficinas, como as de usinagem, soldagem, pintura, eletrônica e impressoras 3D. As equipes de trabalho terão boxes ou ateliês em que poderão guardar itens necessários para a execução de seus projetos, como as ferramentas e os protótipos em desenvolvimento.

Haverá 400 estações de trabalho para permitir que os alunos trabalhem também de forma individual. Computadores de última geração e alto desempenho serão instalados. Softwares modernos, como os programas CAD e CAE, usados nos projetos de engenharia, simuladores e oficinas 3D estarão disponíveis, permitindo que os alunos possam construir seus protótipos.

O Laboratório contará ainda com um espaço para que as empresas possam lançar desafios tecnológicos aos alunos. A Agência de Inovação da USP é parceira no projeto, e vai atuar nas negociações sobre propriedade intelectual e licenciamento, caso as empresas se interessem pelo projeto dos alunos ou os estudantes tenham vontade de abrir uma empresa para comercializar o produto, tecnologia ou serviço que desenvolverem.

“Vamos apoiar a aproximação dos alunos com o setor produtivo – as empresas e o governo”, diz Cardoso.

Salas de Projeto estarão disponíveis para que os alunos possam se reunir com suas equipes, professores, e eventuais patrocinadores. Será construído também um auditório para eventos acadêmicos, como simpósios e congressos, e um espaço para exposição dos projetos que visa ajudar os alunos a buscarem patrocínio para suas inovações. O Laboratório terá ainda área administrativa, cafeteria e livraria.

“O objetivo é atender alunos da Poli e também atrair alunos de outras unidades”, destaca Cardoso. Um exemplo são os estudantes dos cursos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU). “As áreas de arquitetura e design têm muita coisa em comum com as Engenharias, e queremos promover trabalhos conjuntos. Isso vai acelerar o processo de inovação”, justifica o diretor da Poli. Também há interesse em aproximar os estudantes da Escola Politécnica e das áreas de Humanidades e Artes, como a Faculdade de Filosofia, letras e Ciências Humanas (FFLCH) e a Escola de Comunicação e Artes (ECA).

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