Sustentabilidade da empresa pressupõe “sustentabilidade da alma”

No palco da Plataforma Liderança com ValoresAlexandre Seraphim CEO da Adium Brasil, deu um recado, no mínimo inusitado: o ESG precisa do “H” de humanização. E a arte pode ser um veículo no urgente processo de re-humanização das empresas, tão afetadas, acredita, pelo excesso de racionalização, a perda de afetos, o esvaziamento do sentido da vida e de significados.

“Como líder, fui buscar uma saída para a desumanização fora do ambiente da gestão porque não é no lugar do problema que se encontra a solução. E acabei me deparando com a metodologia do laboratório de leitura, do professor Dante Gallian. A ideia é que, por meio do trabalho estético e reflexivo da literatura, conseguimos mobilizar o afeto, a inteligência e a vontade que nos faz agir se transformar”, conta.

O resultado, segundo Seraphim, tem sido alentador: o que era um lugar apenas de desenvolvimento de carreira passou a ser de desenvolvimento humano; se antes o trabalho produzia doença, passou a gerar saúde, significado e felicidade. “O Laboratório fomenta gratidão, reflexão, empatia, motivação, engajamento, criatividade e até inovação”, completa.

Na Adium, a leitura de clássicos constitui uma ferramenta para a estratégia de ESG. E tem ajudado não só na reflexão de temais socioambientais importantes, mas no que Seraphim chama poeticamente de “sustentabilidade da alma.” O laboratório já faz parte da cultura da companhia denominada ESG+H. E integra a rotina de autodesenvolvimento dos líderes. “A empresa do século 21 precisa ter alta performance, mas tem que ser também humana. Difícil sustentar resultados cada vez mais desafiadores sem densidade humanística para suportar os momentos de altos e baixos. A responsabilidade humanística é o next level”, acredita o executivo, último a subir no palco do evento, realizado pela consultoria Ideia Sustentável.

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