O papel da liderança ESG é ser porta-voz, provocar e engajar

Na abertura de seu depoimento à Plataforma Liderança com ValoresVictor Wanderley, CEO da Sucos Tial, citou Raj Sisódia e Michael Gelb, autores de Empresas que curam, para afirmar que as empresas têm mais capacidade de mudar o rumo da humanidade do que religião e política.

Wanderley é um caso clássico de resiliência na condução do tema sustentabilidade. Depois de estudar nos EUA, onde teve contato com o ESG, retornou ao Brasil cheio de vontade de implementar o que havia aprendido na academia norte-americana. Em uma das empresas da família, não obteve êxito. Não encontrou espaço nem aderência às ideias de sustentabilidade. E precisou, como muitos líderes engolir a frustração e adiar os seus planos por 10 anos.

Foi quando assumiu como CEO outra empresa do grupo, a Tial, que o jovem executivo conseguiu realizar o projeto de desenhar uma estratégia de ESG para a companhia. Nenhum tema material ficou de fora. Iniciou inclusive uma jornada para se tornar uma empresa B, um sinal de firmeza no propósito de ser mais sustentável. “Como líder sustentável, fiz o papel de ser porta-voz, provocar, cobrar, envolver os demais líderes. Com o engajamento de todos, a estratégia de ESG se disseminou rapidamente e começou a mudar uma cultura até então acostumada a seguir as melhores práticas dos líderes do setor”, conta.

Um caso emblemático, lembra, foi quando decidiu descontinuar um produto bem-sucedido, com boa margem, mas que usava muito plástico na embalagem, continha conservantes e, portanto, contrariava a nova política de sustentabilidade. “O diretor comercial não compreendeu a decisão e a constestou com muita veemência. Sem saber mais como convencê-lo, dei-lhe de presente um exemplar do livro “Vamos Falar de ESG?”, de Ricardo Voltolini. E então, finalmente, ele não só concordou com a medida como passou a ser um entusiasta de ESG no negócio”, completa.

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