Durante algum tempo, era comum – e aceitável – empresas criarem fundações e institutos para “compensar” eventuais externalidades associadas à sua operação, como se boas práticas sociais e ambientais não coubessem em sua agenda. Com o passar dos anos, a atuação dessas instituições se tornou cada vez mais estratégica, com parcerias voltadas, inclusive, à resolução de desafios dos negócios e, mais, à promoção de impactos positivos para a sociedade e para o meio ambiente. O Instituto Iguá é um desses casos.
A instituição foi criada em agosto de 2018 por especialistas do setor e pela Iguá Saneamento, empresa privada de gerenciamento e operação de sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, com uma missão pioneira e ambiciosa: contribuir para a universalização do saneamento no Brasil, ampliando o impacto social positivo do setor.
“O Instituto não corresponde à área de Sustentabilidade da Iguá, não resolve dilemas do negócio. Atua em prol de dois objetivos de médio e longo prazo: contribuir com a universalização do saneamento no país e aproximar a sociedade dos desafios ligados ao ciclo da água e do esgoto, apoiando o cumprimento das metas e estimativas do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) e gerando conteúdo sobre a importância da água e do esgoto para o desenvolvimento sustentável”.
Renata Ruggiero Moraes, diretora-presidente do Instituto Iguá.
Ele funciona, dessa forma, como um agente catalisador, um hub de mudanças no setor, que avalia os melhores projetos e iniciativas capazes de gerar transformações relevantes e mobiliza diversos tipos de recursos não apenas de sua mantenedora, como também de outras organizações identificadas com a causa.
“Os desafios do setor deixam claro que nenhum impacto positivo relevante será gerado por meio de uma atuação individual. Somente esforços coletivos levarão a um resultado à altura das demandas. Por isso, em tudo que fazemos, buscamos unir empresas, organizações e poder público para promover um impacto sistêmico e significativo”.
Renata Ruggiero Moraes
A Teoria da Mudança é uma metodologia de planejamento que organiza as mudanças almejadas por uma ação social em um raciocínio de causa e efeito – as conquistas de longo prazo advêm do sucesso de iniciativas de médio e curto prazo.
O método ajuda a criar um sequenciamento lógico do que se deve fazer para atingir um objetivo de impacto. Foi por meio dessa teoria que o Instituto Iguá desenhou seu mapa de percurso, passando a considerar, no momento de selecionar uma iniciativa para se envolver ou para promover junto à sua rede de parceiros, dois fatores: a conexão da prática com as ambições do roadmap e a capacidade de executar/apoiar efetivamente aquela ação.
Desse planejamento, estabeleceram-se as quatro frentes de atuação do Instituto. A primeira consiste em promover acesso à água tratada e à coleta do esgoto para comunidades em condições de vulnerabilidade socioambiental – nesta frente, aliás, destaca-se a participação como membro e co-investidor da Aliança Água + Acesso, juntamente com o Instituto Coca-Cola Brasil e mais 12 outras organizações parceiras.
A segunda foca no fomento à inovação no setor, pois será impossível acelerar as mudanças necessárias sem novas soluções. A terceira busca sensibilizar e educar a sociedade – em especial, crianças e jovens – para a preservação e uso adequado dos recursos hídricos. E, por fim, a quarta procura contribuir com o desenvolvimento de políticas públicas para o setor.
Por meio dessas frentes de atuação, o Instituto Iguá pretende acelerar a agenda de universalização aos serviços de água e esgoto no Brasil, que, se mantiver o ritmo atual, só se concretizará após 2060, segundo dados recentes da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
A causa de inovação e educação para o saneamento, do Instituto Iguá, foi case da edição de 2019 do Líder 2030 Talks. Confira a vídeo-palestra de Renata Ruggiero Moraes e entenda melhor sobre essa iniciativa:
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