O desafio de promover a justiça social e desenvolver comunidades

22 de março de 2010

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Jarí: modelo de desenvolvimento sustentável
Ao assumir a presidência do Grupo Orsa de papel e celulose, em 2000, o empresário paulista Sérgio Amoroso decidiu dar continuidade ao, então, fracassado Projeto Jarí, criado em 1967 pelo magnata americano Daniel Ludwig.
Criado originalmente para transformar a região às margens do Rio Jari em um pólo agroindustrial de celulose, o projeto, durante três décadas, consumiu fortunas, devastou a floresta e deixou em situação precária milhares de moradores nos arredores do empreendimento.
Passados oito anos da decisão de Amoroso, a encrenca transformou-se no que ele próprio define como um “laboratório da sustentabilidade no meio da Amazônia. “O desenvolvimento dos negócios deve ser um fator de transformação da sociedade, e isso é uma realidade no Jari – por meio de ações economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas”, ressalta Amoroso.
Na área social, são investidos R$ 4,5 milhões por ano em mais de 20 projetos que beneficiam 139 mil pessoas, de 98 comunidades da região. As principais protagonistas das mudanças implantadas no Vale do Jarí são as mulheres. Antes, apenas donas-de-casa, hoje são praticamente as responsáveis pelo sustento da família. Um diagnóstico feito pela Fundação Orsa mostrou que, apesar do pouco conhecimento, as mulheres tinham um papel importante na família e nas comunidades. Instrumentalizadas, poderiam colaborar mais efetivamente com o desenvolvimento local. Com base nessa constatação foi criado o Cem – Centro de Excelência da Mulher, voltado para a geração de renda. Os profissionais do Jari ajudam as mulheres a descobrir suas vocações e habilidades. Depois, montam oficinas em que elas aprendem uma profissão.
Um dos cursos ministrados é o de costureira, ligado ao projeto Agulhas Versáteis. No início, menos de 10% das mulheres da comunidade sabiam costurar. Atualmente, 41 costureiras que se revezam em dois turnos para confeccionar uniformes de cinco empresas prestadoras de serviços da Jari Celulose. As roupas, antes compradas em outros estados, agora garantem renda às novas costureiras e contribuem para o crescimento regional. Cada uma recebe o equivalente a um salário mínimo. A perspectiva é que, até o final de 2008, este valor chegue a R$ 570 por mês.
A vida melhorou também para as 20 integrantes da Amarte – Associação das Mulheres Artesãs do Vale do Jari, que trabalham basicamente na produção de bijuterias. Depois de participar do curso de design, elas criaram produtos únicos, feitos com sementes e fibras da floresta, que lhes rende entre R$ 300 e R$ 400 por mês. A expectativa é que a renda dobre nos próximos 12 meses. “Essas mulheres, que nunca pensaram em participar de projetos dessa natureza, hoje se sentem felizes e valorizadas.”, orgulha-se Tibúrcio.
Os jovens também são beneficiados pelos projetos do Jarí. Garantem profissão e renda no COPP – Centro de Oportunidades e Potencialidades Profissionalizantes, no qual o principal projeto é a Escola da Madeira. Nela, aprendem com profissionais do Senai a fazer móveis, caixinhas de todos os tipos e tamanhos e brinquedos educativos com resíduos de madeira certificada para marcenaria doados pela Orsa Florestal. Associados à Coopnharin – Cooperativa de Artefatos Naturais do Rio das Castanhas, muitos desses jovens vendem seus produtos, principalmente móveis, ao mercado local, obtendo uma renda mensal de até R$ 400.

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