Eletricidade na berlinda

20 de outubro de 2009

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Segundo relatório Global Eletrics Utilities – The Adaptation Challenge, encomendado pela IBM, as empresas de energia já reconhecem nas mudanças climáticas uma ameaça para os seus negócios. O risco se justifica pelo aumento crescente da demanda pelo recurso que além resultar em um aumentos das tarifas, poderá aumentar ocorrências como falhas ou interrupção do abastecimento. O estudorevela que só no Estados Unidos o custo anual estimado para a economia decorrente de interrupções de energia é de US$ 80 bilhões.
De acordo com o estudo, que reuniu 219 respostas de especialistas da área, as empresas do setor também já vêem a escassez de água como um riscos. Mais de 90% das companhias de energia elétrica que relatam atividades contribuintes para as mudanças climáticas ao Carbon Disclosure Project, apontam a falta desse recurso como uma questão estratégica para o seu negócio. No entanto, menos de um terço afirmou empreender qualquer avaliação, seja financeira ou quantificada, do impacto das alterações climáticas sobre os seus negócios.
O levantamento estima ainda que a demanda por energia aumentará 1,6% ao ano, em média, até 2030, o que representa um salto de 45%. Embora a atual crise financeira tenha reprimido a demanda por energia, o mercado espera ver crescimento na procura em médio e longo prazo.
O relatório sugere que a indústria energética está se aproximando rapidamente de um estágio crítico de desenvolvimento. Enquanto a demanda por produtos como veículos elétricos cresce, as companhias precisam atrair novos investimentos financeiros para estimular capacitações e desenvolver tecnologias em uma economia de baixo carbono.
Se não adotarem medidas de adaptação corretas nos planos de negócio, os riscos climáticos podem impactar seriamente o desempenho operacional e financeiro das empresas de energia, podendo gerar gastos adicionais.
Neste sentido, enquanto as respondentes parecem ter incorporado às mudanças climáticas em suas estruturas de governança, apenas 6% das companhias elétricas referem-se à adaptação diretamente como um elemento integrante de suas estratégias e práticas. 48% afirmou reportar à gerência seus riscos climáticos, entretanto, ações de adaptação são geralmente isoladas e raramente fazem parte de suas estratégias de administração dos riscos climáticos.
Legislação e custos
À medida que os impactos das mudanças climáticas tornam-se mais diretos, os governos estão começando a recorrer à regulação prescritiva e controles legais para garantir que as companhias de eletricidade tomem ações apropriadas para a adaptação diante das mudanças climáticas.
As primeiras indicações de ações do governo já são evidentes. No Reino Unido, o Climate Change Act 2008 concede ao governo um poderoso relatório de adaptação que exige das companhias elétricas a avaliação e divulgação dos impactos que as alterações climáticas poderão ter sobre ter sobre seus negócios.
Financeiramente, o impacto também é grande. Segundo o relatório, os custos operacionais, por exemplo, podem aumentar consideravelmente em conseqüência da queda de eficiência dos equipamentos sob altas temperaturas, baixa pressão e umidade do ar. Alterações na segurança e qualidade das reservas de água para resfriamento terão custos significativos para as companhias de geração de energia por termoelétricas.
Com a intensificação das legislações e a crescente da rede de públicos de interesse começam a surgir pressões produtivas sobre as companhias de eletricidade no sentido de enfrentarem os desafios e oportunidades provenientes das ações climáticas.
Novas tecnologias
O relatório prevê que investimentos robustos em novas formas de geração de energia serão necessários para atender a demanda crescente pelo recurso em países em desenvolvimento ou em transição. A substituição das tecnologias atuais por alternativas mais limpas nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também deve ser alvo dos investimentos para cumprir as metas de emissões.
250 bilhões de dólares foram investidos globalmente em 2008, construindo 157GW de geração de energia de todas as fontes, das quais 40% (65GW pelo custo de  $155 bilhões) foram direcionadas às renováveis (exceto as grandes hidrelétricas).
Para conferir a íntegra do levantamento, clique aqui.

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