Educação para sustentabilidade

20 de janeiro de 2010

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Adaptação de currículos
Desde que as empresas passaram de uma postura reativa em relação às questões socioambientais para se tornarem propulsoras de padrões mais sustentáveis no mercado, as instituições de ensino vêm adaptando suas propostas e metodologias a essa nova lógica de negócios.
Em resposta a essa tendência, as escolas de negócios criaram áreas específicas para pesquisar novas metodologias e acompanhar a evolução do tema nas empresas. Em 2001, a Fundação Dom Cabral deu início às atividades do Núcleo de Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa. A Fundação Getúlio Vargas, por sua vez, criou o Centro de Estudos em Sustentabilidade (CES), em 2003.
Lançado em 2005, o MBA em Gestão da Sustentabilidade da FGV tem como objetivo a formação de profissionais com uma visão estratégica para integração das questões socioambientais no negócio. “O novo paradigma demanda a formação de uma geração de empresários conscientes – para colocar em prática – que os sistemas econômicos são dependentes dos sistemas naturais, e não o contrário”, afirma Luciana Betiol, pesquisadora do CES. A partir dos conhecimentos reunidos nesses núcleos de pesquisa, as instituições desenvolveram programas de especialização em sustentabilidade.
Programa de Gestão da Responsabilidade Social da Fundação Dom Cabral também tem como foco o desenvolvimento da visão sistêmica. Segundo Maria Raquel Grassi, gerente de projetos da FDC, cabe às instituições de ensino transformar os indivíduos, munindo-os de habilidades perceptivas mais amplas que as oferecidas no ensino de técnicas, modelos e doutrinas.
Pesquisa realizada junto aos alunos formados pelo programa indica uma mudança no perfil dos profissionais que trabalham na área socioambiental. Em 2003, ano de criação do curso, apenas 15% dos participantes ocupavam funções em áreas específicas de sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa. Em 2008, esse número saltou para 44%. “Nos três últimos anos começamos a perceber a vinda de profissionais responsáveis por áreas específicas de sustentabilidade e responsabilidade social. Antes, os participantes apresentavam atribuições diversas. Essa evolução indica um movimento de estruturação dessas áreas nas empresas”, ressalta Maria Raquel.
Em 2009, a FDC dará início a um programa para formação de Lideranças Globalmente Responsáveis em parceria com a Petrobras. A iniciativa faz parte da proposta do Global Compact, da ONU, e do European Foundation for Management Development (EFMD), que desde 2004 discutem estratégias para formação de líderes capazes de conciliar desenvolvimento econômico, com o ambiental e social.
No SENAC, o grande desafio têm sido integrar as áreas social e ambiental, que vinham seguindo trajetórias independentes. A instituição possui cursos livres ligados nas áreas de gestão e educação ambiental, assim como Terceiro Setor e projetos sociais. Em 2009, dará início a sua primeira turma de pós-graduação em Responsabilidade Socioambiental Empresarial.
Segundo Marly Batista dos Reis, coordenadora do programa, em 2007, a instituição identificou uma procura crescente por cursos que trabalhassem as questões ambientais e sociais de maneira integrada ao negócio. Criou-se uma área de sustentabilidade que passou a pesquisar metodologias e cases de sucesso relacionados ao tema. Esse trabalho resultou no desenvolvimento do curso de pós-graduação.
“A discussão sobre sustentabilidade tem evoluído de forma muito rápida, exigindo que os profissionais se atualizem continuamente. Por isso, apostamos no desenvolvimento por competências para que os profissionais possam aprender e se adaptar aos novos conceitos e mudanças que estão por vir”, ressalta Marly.

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