Economia de baixo carbono

Entre 2009 e 2030, a humanidade terá de ter resolvido seu modelo de desenvolvimento em direção a uma “economia de baixo carbono”. E para tornar tal desafio ainda mais interessante, o trabalho terá de ser realizado em duas frentes, pois confluíram no mesmo período a crise financeira global e a crise ambiental e climática. As duas com efeitos devastadores.
Essa conjunção de crises, no entanto, pode ser justamente o que a humanidade precisava para mudar de comportamento e buscar um novo modelo de desenvolvimento baseado em uma economia de baixo carbono, na preservação ambiental, no uso sustentável dos recursos naturais e na responsabilidade social. Esta é a opinião de Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, que fez a abertura do programa de formação de lideranças Gestão Estratégica para a Sustentabilidade, realizado pelo UniEthos entre 18 e 20 de março, em São Paulo.
Young ressaltou que nos últimos anos o mercado tem valorizado e premiado comportamentos que confrontam a ética “e, quando isso acontece, a ética será subvertida”.  Em sua fala, que buscou contextualizar o movimento da responsabilidade social e da sustentabilidade no cenário econômico e histórico, o palestrante disse que a crise atual impôs limites irreversíveis para o liberalismo. Isso está levando a uma redefinição dos formatos de relação com governos, que agora estão injetando dinheiro público no sistema, mas seu compromisso é com a sociedade, e não com “os acionistas”.
Para Young existe a urgência em superar a crise, mas é preciso superar uma postura do mercado, que gostaria que tudo voltasse a ser como antes. “Empresas que emergirem com transparência e inovação, ganharão uma vantagem competitiva” assegura o executivo.
(Agência Envolverde)