A Vale estabeleceu uma meta voluntária de reduzir em 5% suas emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) projetadas para 2020. Para isso, será adotada uma metodologia semelhante à dos planos setoriais desenvolvidos no Brasil, que estão alinhados à Política Nacional de Mudanças Climáticas. A Vale já assumiu compromissos públicos, como a assinatura da Carta Aberta ao Clima, lançada em 2009, que impulsionou a discussão do tema entre grandes empresas brasileiras.
A meta de redução de emissões de GEE foi publicada no Relatório de Sustentabilidade da Vale, referente a 2011, lançado nesta quinta-feira, 28.
O cálculo está baseado no planejamento estratégico da Vale, que considera um volume total de emissões de escopo 1 (emissões diretas) projetado de 33 milhões de toneladas de carbono equivalente (CO2e), em 2020. Com isso, a Vale prevê a redução de 1,7 milhão de CO2e. Essa projeção parte da média das emissões dos anos de 2008, 2010 e 2011. O ano de 2009 não é considerado por revelar coeficientes de emissão que não refletem a atual tendência, visto que houve impacto na produção devido à crise econômica mundial. A metodologia usada para o cálculo da meta leva em consideração a realidade de países e empresas em crescimento e pressupõe revisões.
A Vale investe em fontes renováveis de energia, eficiência energética e inovação tecnológica. Em 2011, a empresa conquistou a posição de melhor mineradora no ranking do Carbon Disclosure Project (CDP), obtendo 93 pontos e garantindo a sua permanência, pelo segundo ano consecutivo, no índice de transparência do CDP, o Carbon Disclosure Leadership Index (CDLI). “Com a meta de redução, a Vale reafirma o seu papel de liderança na temática. É o resultado do seu empenho no desafio das mudanças climáticas, por meio de esforços estruturados em nosso Programa de Carbono”, reforça Giane Zimmer, diretora de Sustentabilidade da Vale.
Além de atuar diretamente na gestão de suas emissões, a Vale conscientiza e engaja os seus fornecedores no tema. Desde 2011, são realizados treinamentos para apoiar as empresas prestadoras de serviço a estruturar e aperfeiçoar melhores práticas de gerenciamento de emissões e a desenvolver ações de mitigação. Na primeira fase, 83 fornecedores estratégicos da América Latina participaram do treinamento e, este ano, serão convidados fornecedores de outros continentes.
A Vale participa de iniciativas voltadas para a elaboração de estudos e pesquisas. Um exemplo é o estudo sobre adaptação às mudanças climáticas realizado pela Câmara Temática de Energia e Clima do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A empresa também participou da elaboração do Plano Setorial para Redução de Emissões de GEE na Mineração Brasileira, em parceria com o Ministério de Minas e Energia e o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
O Relatório de Sustentabilidade 2011
A Vale mantém, pelo terceiro ano consecutivo, o nível de aplicação A+, o mais alto em transparência, e apresenta o seu desempenho nas dimensões econômica, ambiental e social, seguindo a metodologia da Global Reporting Initiative (GRI). Em 2011, a Vale reportou 88 indicadores, com o relato de todos os itens de perfil, dados sobre gestão, indicadores de desempenho essenciais e Suplemento Setorial de Mineração e Metais. O documento passou por verificação externa independente, levando em consideração os princípios do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês). O relatório também tem o objetivo de comunicar ao Pacto Global das Nações Unidas os avanços da Vale na integração de suas ações aos princípios da iniciativa.
A versão completa do Relatório de Sustentabilidade 2011 da Vale está disponível no site da empresa: www.vale.com/rs2011. Conheça alguns destaques do documento:
– Empregos: a Vale fechou o ano de 2011 com 187,7 mil empregados próprios e terceiros (prestadores de serviço permanentes e em projetos). Isso representou um aumento de quase 8% em relação a 2010. O número de mulheres que trabalham na empresa aumentou 28%, subindo para 12,3%, o que representa uma conquista no setor da mineração.
– Educação: os investimentos em educação no Brasil foram de US$ 68,6 milhões em 2011, viabilizando o treinamento de 78.342 empregados, um crescimento de 27% comparado ao ano anterior. Em relação a 2010, houve um aumento de 40,5% no número de participantes do Programa Formação Profissional (PFP). Foram mais de 3 mil profissionais técnicos e operacionais qualificados em 2011 e, no Brasil, quase 77% dos que entraram no programa foram efetivados.
– Saúde e segurança: mais de US$ 250 milhões foram investidos em projetos de melhorias e atividades de conscientização ? um aumento de 150% em relação a 2010. Como reflexo disso, está havendo uma redução progressiva na taxa de acidentes com afastamento: de 2,2 acidentes por 1 milhão de homens-horas trabalhadas, em 2006, para 0,8, em 2011.
– Investimentos sociais: a Vale investiu US$ 457,2 milhões em projetos sociais, um aumento de 15% em relação a 2010. O investimento, do qual 89% foram voluntários, divide-se em ações de infraestrutura, educação, esporte, cultura, geração de renda, saúde e estímulo ao fortalecimento do capital social, por meio de programas da Fundação Vale, parcerias com o poder público, patrocínios e doações no Brasil e no exterior.
– Inclusão social: o Brasil Vale Ouro, programa de esportes da Fundação Vale, ofereceu aulas de atletismo, futebol, natação e judô a cerca de 3 mil estudantes entre 6 e 17 anos nos estados do Pará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Maranhão e Minas Gerais. O programa tem como objetivo promover a inclusão social, além de abrir portas para o desenvolvimento de atletas de alto rendimento.
– Investimentos ambientais: a Vale aplicou US$ 1 bilhão em ações ambientais, um aumento de 40% em relação a 2010. Deste total, 70% foram destinados a atividades no Brasil.
– Impacto e conservação: a área total impactada em 2011 foi de 17,2 km² e, neste mesmo período, foram iniciadas atividades para recuperação de 25,2 km², uma área que representa mais de 2,5 mil campos de futebol. A Vale também ajuda a proteger 13,7 mil km² de áreas naturais, incluindo unidades de conservação em parceria com os governos locais (97%) e sítios de propriedade da empresa (3%). Esse total é 3,5 vezes maior do que a área total de operações da Vale, que é de 3,9 mil km².
– Água: a Vale reaproveitou 70% da água consumida em suas atividades. Com isso, deixou de captar 953 bilhões de litros de água de fontes naturais, o equivalente a cerca de 1,5 do consumo anual da cidade do Rio de Janeiro. O maior impacto na queda de reuso se deve à venda das unidades de alumínio, responsáveis pela recirculação de 92,3%. Em 2011, a Vale investiu cerca de US$ 90 milhões na gestão de recursos hídricos.
– Emissões de GEE: as emissões totais de GEE, definidas como a soma das emissões de escopo 1* e escopo 2** , foram de 16,9 milhões de toneladas de carbono equivalente (CO2e)*** , representando uma redução de 15% em relação a 2010. A redução se deu basicamente devido à venda das operações de alumínio da Vale e ao encerramento das atividades da unidade Ferro-Gusa Carajás.
– Energia: o consumo total de energia (direta e indireta) foi de 244 mil terajoules (TJ). O consumo de energéticos de forma direta, 80% do total, foi de 179 mil TJ, cerca de 10% a menos em relação a 2010, em função do encerramento de atividades eletrointensivas como a produção de alumínio. A demanda de energia indireta (compra de eletricidade e vapor) foi de 44,7 mil TJ, uma redução de 24% em relação ao ano anterior. Considerando a matriz energética completa da Vale, cerca de 20% representam fontes renováveis como biomassa e biodiesel.
– Biocombustível: a Vale está investindo, inicialmente, US$ 633 milhões na produção e expansão do uso de biocombustível em seu maquinário e sistema logístico. Com a aquisição de 70% do controle acionário da Biopalma da Amazônia S.A., realizada em 2011, a Vale pretende diversificar sua matriz energética e fortalecer sua atuação como agente de sustentabilidade global. Além da redução de GEE, o projeto ainda prevê a recuperação de áreas impactadas.
* Emissões diretas, como o uso de combustível e por processos produtivos.
** Emissões indiretas, abrangendo as emissões pela compra de energia elétrica e de vapor.
*** Unidade de medida de emissão de GEE, que considera a conversão de todos os tipos de GEE, com base em seus potenciais de aquecimento global.
Mais informações:
(55 21) 3814-4360 | www.vale.com/saladeimprensa
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