Reflexão – Os líderes de amanhã diante dos desafios globais

Reflexão – Os líderes de amanhã diante dos desafios globais


Na região noroeste dos Estados Unidos, o imperador mudou de roupas: de lenhador para bombeiro. O aumento de 1 grau na temperatura média trouxe um aumento de quatro vezes nos incêndios florestais e uma temporada dois meses mais longa do que apenas dez anos atrás. A fúria dos incêndios fora de controle foi tão intensa que chegou a queimar até o solo rochoso, eliminando qualquer possibilidade de recuperação. Assim como a base econômica literalmente se transforma em fumaça, o mesmo fazem as perspectivas de todas as empresas que operam na região. Com esses sinais visíveis, por que as empresas têm tamanha dificuldade em engajar-se em soluções para os desafios do mundo que, em última análise, ameaçam a sua própria existência?
Muito tem a ver com a forma como o debate em torno de desafios globais evoluiu. Ao longo dos últimos dez anos, um sofisticado sistema de pressão veio colocar sobre as empresas a necessidade de responder aos males além dos muros da empresa. Como um reflexo natural, eles dedicaram a tarefa a seus “departamentos de pressão” – tipicamente de marketing e comunicação, ou, tendo em conta o tema, departamentos de saúde e segurança do meio ambiente (SSMA) ou fundações. O resultado evoluiu da negação à Responsabilidade Social Empresarial (RSE), tal como a conhecemos hoje, mas tem ficado aquém dos inspiradores avanços que temos esperado. As empresas são máquinas de “solução” inteiramente dedicadas à criação, ao desenvolvimento, à divulgação e aos resultados tanto em desafios reais quanto imaginários. O problema é que os desafios desse drástico novo contexto ainda não chegaram a este maquinário. Até que eles o façam, não podemos ter muito mais expectativas.
O que é necessário para que as empresas entrem completamente neste novo território? Companhias superam-se quando discernem, entre um mar de opções, os desafios mais relevantes para o crescimento futuro. A Responsabilidade Social Empresarial não é diferente. Um pequeno grupo de empresas líderes trabalhando juntas ao longo dos últimos cinco anos constatou que atuando de dentro para fora, conectando prioridades estratégicas dentro da organização com os desafios globais, cria-se o alinhamento e a sinergia necessários para realmente engajar a sociedade nas soluções. Ao ligar a pertinência das questões específicas no domínio da RSE para a direção da empresa, eles foram capazes de mobilizar toda a gama de bens de suas organizações. Os líderes de amanhã serão aqueles que se engajem com sucesso em questões apresentando riscos e oportunidades relevantes para seus negócios e para o contexto em que operam.
Acesse www.gln-online.org para obter mais informações.
Sobre o Global Leadership Network (GLN): Foi fundado em 2004 pela IBM, em parceria com o Centro de Cidadania Corporativa da Boston College, AccountAbility, e nove líderes da indústria (3M, Cargill, CEMEX, Diageo, GE, GM, FedEx, Manpower e Omron). Em 2006, a rede abriu-se à adesão de outras empresas e, em um ano, passou a reunir  mais de 30 empresas líderes de todo o mundo e uma grande variedade de setores da indústria. A GLN criou redes nacionais e parcerias com as principais organizações locais no Brasil, China, Índia, nos Estados Unidos e na Europa, com mais redes nacionais em desenvolvimento. A GLN define excelência como o alinhamento da cidadania corporativa com a estratégia de core business [na base dos negócios] para que a cidadania torne-se um leme de desempenho competitivo, que cria valor para os negócios e para a sociedade também. A rede criou um quadro de desempenho e de excelência tem traduzido isso na primeira ferramenta interativa do seu tipo.
*Joe Sellwood é diretor de gestão da GLN.

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