Por que investir numa franquia social?

Por que investir numa franquia social?

Por Cristiano Renner*
Recentemente, um estudo das Nações Unidas (ONU) evidenciou que a miséria no Brasil passa de pai para filho. Segundo o relatório, 55% dos filhos ficam no mesmo nível de escolaridade dos pais, e 58% têm na vida adulta a mesma condição de renda. Felizmente, são inúmeras as possibilidades de atuação na responsabilidade social corporativa. Desde ações pontuais até programas que visam à melhoria da qualidade de vida nas comunidades menos favorecidas economicamente.
O Projeto Pescar surgiu com o objetivo de oferecer aos jovens em vulnerabilidade social uma oportunidade de qualificação. Desde a sua criação, sempre se acreditou no valor do trabalho e que é preciso romper com a herança da desigualdade social.
Pioneira no modelo de franquia social no país, a Fundação Projeto Pescar implanta, acompanha e desenvolve em organizações socialmente responsáveis a Tecnologia Social Pescar. Proporciona a adolescentes em risco socioeconômico sua qualificação profissional nas áreas da Indústria, Imagem Pessoal, Turismo e Hospitalidade, Informática, Gestão, Comércio, Comunicação e Construção Civil, estimulando-os a adotar novos hábitos e atitudes de convivência e cidadania.
As empresas compartilham a sua expertise e adicionam a experiência de quem há 34 anos aposta no potencial humano. Através da franquia social, a Fundação oferece mais de 30 cursos certificados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o que possibilita ao empresário cumprir com a exigência legal do Jovem Aprendiz e modificar a realidade de mais de duas mil famílias brasileiras.
O resultado da utilização desta metodologia é a conquista do primeiro emprego durante a realização do curso ou nos dois anos em que a organização acompanha aos que passaram pelas Unidades do Projeto Pescar.
Em contrapartida, as organizações ingressam num projeto sistematizado e com custos otimizados, podem oferecer a iniciação profissional que muitos jovens precisam e resolver o problema da falta de mão-de-obra qualificada. O empresário não repassa recursos para outra organização executar a ação. Ele mesmo faz. E, com isso, consegue medir com mais precisão os resultados e formar parcerias com outras organizações do seu relacionamento. Tudo isto com o amparo legal e o suporte de profissionais especializados na área social e pedagógica.
Esta ação de responsabilidade social corporativa repercute nos colaboradores, na comunidade onde a empresa está inserida e junto ao mercado. Fica evidente ao longo do curso a mudança de postura dos jovens atendidos. Eles se capacitam para conquistar e manterem-se no mercado formal de trabalho porque melhoram a autoestima e adotam uma postura diferenciada frente à vida, tornando-se mais proativos e aproveitando as oportunidades que surgem.
Ao realizar uma prática de Responsabilidade Social testada e reconhecida nacional e internacionalmente, as organizações franqueadas têm ainda a possibilidade de compartilhar as “pequenas” vitórias de cada jovem. Resgatar a cidadania do público beneficiado pelo Projeto Pescar e acompanhar os sonhos e a concretização de projetos pessoais. É a parcela de contribuição que o empresariado pode dar por um Brasil melhor.
*Cristiano Renner é presidente voluntário da Fundação Projeto Pescar ([email protected])

Inscreva-se em nossa newsletter e
receba tudo em primeira mão

Conteúdos relacionados

Entre em contato
1
Posso ajudar?