Guarujá apresenta resultados de Programa de Controle Ambiental em áreas retroportuárias

Guarujá apresenta resultados de Programa de Controle Ambiental em áreas retroportuárias

Todas as cidades portuárias como Santos, Guarujá, Paranaguá ou Rio de Janeiro – especialmente em suas áreas retroportuárias (parte seca) – têm graves problemas ambientais em comum, como a contaminação do  lençol freático, das águas estuarinas e dos rios da região. Para solucionar esses problemas, Guarujá é a única cidade do país a implantar um Programa de Controle Ambiental.

O programa engloba vários projetos. O principal deles é o de controle de Porto e Retroporto, simultâneo aos trabalhos direcionados à preservação das Marinas, das Praias e Águas Estuarinas, de regularização das Estações Rádio Base, de melhoria da Balneabilidade das Praias e de controle de Odores das Estações Elevatórias de Esgoto.

Há mais de 20 anos, as empresas portuárias e retroportuárias lançam efluentes líquidos – provenientes das lavagens dos contêineres com soda cáustica e ácido clorídrico – nas águas do estuário e dispõem cargas a granéis em locais desprovidos de impermeabilização. Além disso, as atividades geram poluição atmosférica, proveniente das operações de descargas de produtos químicos fertilizantes, como minério de ferro e outros materiais finos à graneis, e das próprias emissões dos navios – em especial, material particulado.

Milho e soja são outro exemplo de poluição. Durante o transporte, os grãos caem dos trens ou caminhões e provocam emissão de odores, entupimento das galerias pluviais, enchentes e aumento da procriação de pombos, cuja acidez das fezes danifica pinturas de veículos.

O programa  tem como objetivo diagnosticar as fontes de poluição do ar, das águas e do solo existentes nas diversas fases dos processos de recebimento, manuseio, processamento, transporte, estocagem e expedição de matérias-primas e produtos das empresas portuárias e retroportuárias, além de exigir o controle das fontes de poluição de acordo com resoluções, leis e regulamentos ambientais vigentes.

Passo a passo do programa:

– Cadastramento de todas as empresas existentes
– Levantamento industrial para verificar as fontes de poluição
– Autuação das fontes de poluição, fazendo exigências técnicas de controle para instalação de equipamentos (filtros, lavadores de gás, tratamento de efluentes líquidos e uma série de medidas que precisam ser implantadas)
– A empresa é obrigada a apresentar um cronograma de obras, com fases intermediárias; há, ainda, um prazo para se regularizar de acordo com as necessidades de adequação. Após um mês, a Prefeitura pede o projeto – se a empresa não tiver, começa a ser autuada.

“É uma estratégia. Se eu não der um cronograma de obras e, simplesmente der, por exemplo, seis meses de prazo, quando acabar esse tempo, a empresa não fez nada e começa do zero. Quem não apresenta projeto não está com intenção de fazer, e a gente já começa a multar desde o início”, explica o secretário de Meio Ambiente, Elio Lopes dos Santos.

Ao longo do projeto, foram vistoriadas 33 empresas interligadas ao Porto e Retroporto, das quais 15 foram regularizadas, atendendo a todas as exigências determinadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O projeto continua com o acompanhamento e levantamento de novas fontes de poluição na área retroportuária.

Esse controle ambiental foi possível por meio de leis estaduais e federais, porque a  Câmara Municipal  aprovou um código de postura, no qual contempla que, no controle do ar, da água e do solo, o município pode usar leis federais, estaduais e resoluções do CONAMA.

“A SEMAM utiliza o artigo 41 da lei estadual, em que explicita que para todas fontes de poluição sem padrões de emissão estabelecidos será adotada a implantação de equipamento de controle de poluentes baseado na melhor tecnologia ou prática disponível. Com isso, a empresa terá de colocar o melhor filtro que existe no mercado, por exemplo. Não é a Secretaria de Meio Ambiente que indica o tipo de equipamento ou o sistema de controle de poluição a ser instalado. Somente exige o melhor e, após a implantação, fiscaliza”, explica Santos.

Confira alguns dos números do projeto:

Mais informações:
Rosely Rocha | (11) 3266-6088 ramal 225 | (11) 97684-3582

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