O RH deve ajudar a empresa a alcançar os seus objetivos de sustentabilidade por meio da análise sobre a relação entre o tema, o envolvimento dos funcionários (empenho e motivação) e os resultados da companhia
Esta talvez seja uma das tendências mais desafiadoras – e mais distantes – da realidade atual dos departamentos de Recursos Humanos nas empresas, na medida em que a própria área não tem sido reconhecida como das mais engajadas no tema. Pelo menos é o que mostram os poucos números disponíveis a respeito.
Uma das maiores pesquisas anuais do mundo dos executivos de sustentabilidade, Estado dos Negócios Sustentáveis 2013, realizada pela Business for Social Responsibility (BSR) e GlobeScan, aponta que o RH é justamente uma das funções corporativas menos engajadas quando se trata de sustentabilidade.
A pesquisa ouviu mais de 700 líderes empresariais, que classificaram o nível de engajamento dos RHs de suas empresas em 34% – uma queda de 3% no nível de engajamento apontado na mesma pesquisa, dois anos atrás (2011). No entanto, o RH não é a única função corporativa que registra baixa participação. A área de Finanças classificou-se como a de menor engajamento, não muito atrás de Desenvolvimento de Produtos, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Planejamento Estratégico e Marketing.
Andrew Savitz, autor de Talent, Transformation and the Triple Bottom Line: how companies can leverage human resources to achieve sustainable growth – editora Jossey-Bass, 2013 (Talento, Transformação, e Triple Bottom Line: como as empresas podem aproveitar os recursos humanos para o crescimento sustentável, ainda não publicado no Brasil), no entanto, acredita que essa situação tende a mudar rapidamente, nos próximos anos, já que o envolvimento dos novos colaboradores está cada vez mais relacionado à sustentabilidade, “na medida em que trabalhadores mais jovens esperam exercitar esses valores no ambiente corporativo e ver a organização trabalhando para o bem da sociedade e do meio ambiente”.
O especialista dedicou um capítulo inteiro de seu livro à análise da relação entre o engajamento dos empregados e os resultados de triple bottom line. Segundo o autor, os dados mostram que as atividades de sustentabilidade não só aumentam os níveis de comprometimento das pessoas como também a inovação, produtividade, lealdade e a satisfação dos clientes da companhia, ao mesmo tempo em que reduzem o absentismo – entre outros comportamentos negativos.
Um estudo da empresa britânica de pesquisa MORI, encomendado pela Frank N. Magid Associates Inc para uma grande empresa financeira, apontou que 70% dos funcionários que se diziam comprometidos com os valores da companhia haviam aumentado a sua produtividade no último ano. Por outro lado, entre os que não estavam totalmente comprometidos com esses valores, a produtividade havia aumentado apenas 1%.
Como forma de ajudar os setores de Recursos Humanos a desenvolver o senso de propósito dos colaboradores, o estudo aponta 14 pontos-chave que devem ser acionados pelo RH para conscientizar funcionários sobre a importância da sustentabilidade, motivando-os a ser um agente transformador da companhia e da comunidade:
Fontes de motivação entre empregados, segundo a MORI:
– Realização
– Crescimento e desenvolvimento
– Avanço
– Interesse intelectual
– Senso de pertencimento
– Segurança profissional
– Desafios
– Orgulho da organização
– Contribuição à sociedade
– Reconhecimento e respeito
– Envolvimento
– Responsabilidade
– Recompensa financeira
– Ambiente de trabalho
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