Está sendo construída nas águas do Lago Mamori, na Floresta Amazônica, uma biblioteca comunitária flutuante. A estrutura, feita com materiais recicláveis, irá atender uma população de aproximadamente dois mil habitantes que vivem ao longo das margens do lago.
Os moradores da floresta têm grande dificuldade de acesso a serviços como bibliotecas, pois além da mobilidade ser quase exclusivamente fluvial, a maré costuma subir entre 8 e 10 metros por ano, o que inviabiliza construções tradicionais na região.
Para iniciar sua construção, o projeto contou com duas décadas de pesquisa e experimentações, até que foi contemplado, em 2019, por um edital da Goethe Institute e Prince Claus Fund voltado para projetos sensíveis às mudanças climáticas. A biblioteca atende duas necessidades daquela população: o acesso de crianças e adultos à leitura e educação e o uso de tecnologia que respeite o ecossistema amazônico.
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Os 200 primeiros livros que irão compor o acervo da biblioteca flutuante serão doados pela ONG Vaga Lume. A previsão é de que a cada ano a biblioteca ganhe 100 novos exemplares, com uma curadoria focada em temas como preservação cultural e natural, ecologia, tratamento de resíduos sólidos e reciclagem.
A estrutura, projetada pelo atelier Marko Brajovic, deverá se tornar uma referência tanto de construção sustentável quanto de projeto de educação socioambiental. Segundo Brajovic, o espaço também tem o objetivo de empoderar as comunidades femininas e valorizar estruturas familiares e sociais da região.
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