8 passos para ser um bom líder ativista

26 de novembro de 2019

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8 passos para ser um bom líder ativista - Ideia Sustentável

São muitas as razões pelas quais parece interessante hoje para um CEO exercer o seu ativismo. Alguns o fazem por pura convicção cidadã, para impactar positivamente os seus públicos de interesse ou ainda para dar visibilidade pública aos valores das empresas que dirigem. Outros entendem que, por terem poder, não podem abrir mão da responsabilidade de participar das soluções de problemas que afetam a vida de seus colaboradores, clientes e comunidades, sob pena de serem julgados, mais tarde, por indiferença e omissão. Em comum, todos parecem querer ser percebidos – especialmente pelos engajados millennials – como protagonistas de companhias movidas por um propósito que excede o imediatismo pragmático do lucro pelo lucro. A CEOs ativistas, novos e velhos, cabe tomar o mesmo cuidado dos que, de modo geral, escolhem causas. Com base em minha experiência profissional no tema, recomendo um passo a passo básico para você se tornar um líder ativista:

1. Selecione o tema de sua causa por convicção e não por conveniência

Convicção é o que vem de dentro para fora, representa um valor essencial para o líder e para a sua empresa, está na cultura organizacional, tem legitimidade, ajuda a construir reputação; conveniência é o que vem de fora para dentro. Pode resultar em ganhos pontuais de imagem, mas não se sustenta ao longo do tempo.

2. Escolhido o tema, domine-o profundamente

Leia os autores/pensadores básicos. Estude os seus conceitos e os incorpore em seu discurso, associando-os a práticas pessoais e da empresa. Crie uma narrativa pessoal baseada em exemplos concretos. Atualize-se sempre. Aproxime-se de outros líderes que defendem a mesma causa. Aprenda com a experiência deles.

3. Verifique a afinidade da causa com os stakeholders

Ao escolher o tema, verifique a afinidade dele com os valores e expectativas do conjunto dos stakeholders da empresa. Um tema controverso que desagrade a todos ao mesmo tempo pode trazer dissabores e conflitos. Avalie se está preparado ou disposto a enfrentá-los. Qualquer que seja a sua abordagem, cuide para que ela atinja a todos, de forma equânime, fortalecendo o ânimo dos que são favoráveis e educando/engajando os que são contrários.

4. Avalie os riscos

Selecionada a causa, qualquer que seja ela, avalie todos os riscos de defendê-la e esteja pronto para responder às eventuais objeções.

5. Não volte atrás no apoio a uma causa

Ao se manifestar publicamente sobre o tema, não volte atrás, muito menos recue do debate ou desapareça de cena após as primeiras críticas nas redes sociais. Esse tipo de atitude será visto como fraqueza e oportunismo. Vale lembrar o caso de uma empresa que, há alguns anos, apoiou uma exposição sobre cultura queer e, depois das primeiras manifestações críticas, decidiu encerrar a mostra antes do tempo previsto. Desagradou, ao mesmo tempo, contrários e favoráveis.

6. Pratique o walk the talk

Seja você, líder, e a empresa que dirige exemplos de coerência de discurso e prática. Pratique o walk the talk. Faça a lição de casa todos os dias para se certificar de que todo mundo, ao seu lado, também a está fazendo. Os colaboradores podem ser os primeiros embaixadores da causa. Mas também duros advogados de acusação. Incoerências costumam destruir reputações.

7. Saiba quando falar

Pondere sobre os momentos certos de falar e de calar. Escolha os fóruns mais adequados. E, principalmente, não se envolva pessoalmente em longas discussões desimportantes. Prefira os palcos mais abalizados, nos quais esteja presente uma audiência capaz de entender e valorizar sua causa. Fale o estritamente necessário para se comunicar bem, com energia e autenticidade. Não alimente debates vazios de redes sociais.

8. Avalie o impacto causado

Avalie regularmente o impacto de sua participação no tema. Crie métricas próprias. Não se limite a critérios, como espaço na mídia. Mas procure analisar o quanto sua participação no debate tem trazido de retorno em termos de mais adesões, de colaboradores mais integrados, clientes mais entusiasmados, comunidades mais engajadas e investidores mais satisfeitos.

Leia também: CEOs brasileiros se reúnem para falar de ativismo empresarial

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